Porto Velho lidera ranking nacional de preços altos de combustíveis, aponta ANP
Porto Velho, RO – Porto Velho, capital de Rondônia, tornou-se destaque nacional ao registrar os preços mais altos de combustíveis no Brasil, segundo levantamento recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dados apontam que o preço médio da gasolina na cidade está 20% acima da média nacional, enquanto diesel e etanol também apresentam valores significativamente superiores ao esperado para a região.
Essa realidade tem gerado intensas críticas de especialistas e consumidores. Entre eles, o advogado, professor e jornalista Samuel Costa questionou a falta de medidas concretas para combater os preços abusivos. Autor da denúncia que deu origem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis na Câmara Municipal em 2023, Costa tem se destacado como voz ativa no debate.
A CPI dos Combustíveis e suas conclusões
A CPI foi criada com o objetivo de investigar os motivos por trás dos altos preços praticados pelos postos de combustíveis em Porto Velho. Durante os trabalhos, foram analisados fatores como logística, tributação e concorrência. O relatório final apontou que os elevados custos não poderiam ser atribuídos apenas à logística, questionando também a atuação das distribuidoras e a concentração do mercado local, que reduz a competitividade.
Apesar das conclusões robustas, a CPI não resultou em mudanças práticas. Samuel Costa lamenta o desfecho, afirmando que “os consumidores continuam prejudicados, mesmo após a investigação”. Segundo ele, a falta de ações efetivas perpetua um cenário de prejuízo para motoristas, empresas de transporte e toda a economia local.
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Impactos econômicos dos altos preços
O custo elevado dos combustíveis em Porto Velho tem efeitos amplos. Motoristas enfrentam dificuldades para manter seus veículos, enquanto empresas de transporte veem suas despesas aumentarem, impactando diretamente o preço de produtos e serviços. O encarecimento dos custos logísticos prejudica a competitividade do mercado local e pesa no bolso da população.
Propostas para mudanças
Samuel Costa defende maior rigor na fiscalização e na atuação de órgãos de controle, como o Ministério Público, além de políticas públicas que estimulem a concorrência no setor. Entre suas sugestões estão:
- Implementação de medidas que protejam os consumidores de práticas abusivas.
- Incentivo à instalação de novas distribuidoras e postos, visando aumentar a competitividade.
- Monitoramento constante dos preços e combate a possíveis irregularidades.
Segundo o advogado, apenas ações estruturais poderão trazer justiça ao setor de combustíveis e aliviar os consumidores de Porto Velho do peso de um dos combustíveis mais caros do país.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA