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Confúcio Moura sobre 8 de Janeiro: ”Ato terrorista, como alguns dizem, e eu concordo”

Parlamentar do MDB aborda o episódio, reflete sobre a ditadura brasileira e critica polarização e radicalismo ideológico

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 08/01/2025 - 15h39

Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB) apresentou, em um texto publicado recentemente, uma análise sobre o episódio ocorrido em 8 de janeiro de 2023. Ele destacou o impacto daquele dia, que chamou a atenção do Brasil e do mundo pela “balbúrdia” e pelos atos de depredação que marcaram os acontecimentos. Moura classificou o episódio como um “ato terrorista”, concordando com a terminologia usada por alguns setores da sociedade.

Reflexão sobre a ditadura brasileira

No mesmo texto, o senador revisitou o período ditatorial do Brasil, o qual vivenciou em sua totalidade. Para ele, essa experiência foi “francamente lastimável”. Moura ressaltou a importância de compreender e revisitar essa fase histórica para evitar retrocessos.

Ele mencionou ainda o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, como uma obra marcante na abordagem do tema. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, autor de Feliz Ano Velho, o longa-metragem permitiu que as gerações mais jovens conhecessem “um pedaço da trágica história brasileira”. Confúcio também exaltou a performance de Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz por sua atuação.

A publicação de Confúcio sobre o 8 de janeiro / Reprodução

Críticas à polarização e ao radicalismo

Moura demonstrou preocupação com a crescente polarização política no Brasil, que classificou como uma característica de pessoas “despolitizadas”, independentemente do nível educacional. Ele observou que até mesmo indivíduos com formação acadêmica avançada — incluindo mestres e doutores — exibem comportamentos negacionistas, que comparou ao nazismo.

O senador apontou o extremismo como um fator prejudicial, afirmando que tanto a direita quanto a esquerda, quando no poder, costumam implementar políticas com poucas diferenças práticas. Ele defendeu que nem o comunismo nem o fascismo foram sistemas de sucesso em qualquer lugar do mundo.

A virtude no centro

Citando o filósofo grego Aristóteles, Moura argumentou que a virtude está no equilíbrio, posicionando-se contra ideologias extremas. Para ele, o caminho do meio seria o mais adequado para o desenvolvimento político e social do Brasil, evitando os prejuízos causados pelos radicalismos de qualquer espectro ideológico.

A análise do senador, que mesclou experiências pessoais, referências culturais e críticas contemporâneas, buscou promover uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela sociedade brasileira e a necessidade de superar divisões.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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