Defesa Civil emite alerta sobre os perigos causados pelas fortes correntezas e a presença de obstáculos flutuantes no rio
Porto Velho, RO – Na quinta-feira (6), Porto Velho registrou uma subida no nível do Rio Madeira, alcançando a marca de 12,88 metros, um número que tem gerado preocupação entre autoridades e ribeirinhos. As águas em elevação têm arrastado troncos, galhos e outras madeiras, formando obstáculos perigosos para a navegação e oferecendo riscos para as embarcações que transitam pelo local.
A Defesa Civil de Porto Velho alertou para a necessidade de maior cautela, especialmente para os proprietários de embarcações menores, como voadeiras e rabetas. A presença dos troncos flutuantes, somada à força das correntezas, exige atenção redobrada, principalmente em horários de pouca luz, quando a visibilidade fica prejudicada.
De acordo com Anderson Luiz, gerente de Operação e Socorro da Defesa Civil, o aumento das águas é uma consequência da descida de águas vindas da Bolívia, que trazem com elas grandes volumes de madeira arrancada das margens do rio. “Esses troncos podem se deslocar por longas distâncias, até o rio Amazonas, e representam um grande risco para as embarcações. Muitas dessas árvores são imensas e podem causar sérios danos, até mesmo acidentes fatais”, comentou Anderson.
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O Rio Madeira, um dos maiores rios da região Norte, é conhecido por sua formação geológica jovem, o que contribui para o grande número de troncos e galhadas que flutuam em suas águas. Esse fenômeno é uma das razões que explicam o nome “Madeira”, uma referência direta à vegetação predominante na bacia do rio.
Frente a esse cenário, a Defesa Civil fez uma série de recomendações à população. Entre as orientações, está a importância de uma manutenção rigorosa nas embarcações, especialmente nos motores e hélices, para garantir que os veículos fluviais consigam desviar dos troncos. Também foi sugerida a capacitação dos condutores para que, em caso de perigo, possam agir de forma rápida e eficiente para evitar acidentes.
A Defesa Civil também sugeriu que, sempre que possível, embarcações menores instalem dispositivos de segurança, como sensores para detectar troncos submersos. A navegação em baixa velocidade também foi recomendada, principalmente em áreas onde a presença de obstáculos flutuantes é maior. Para aqueles que utilizam voadeiras, o conselho é evitar a navegação à noite, quando a falta de visibilidade aumenta os riscos.
Marcos Berti, coordenador da Defesa Civil, afirmou que o monitoramento nas comunidades ribeirinhas está sendo intensificado, com visitas programadas às áreas de maior risco, como os distritos de São Carlos, Nazaré, Calama e Demarcação. A próxima inspeção ocorrerá na quarta-feira (12), quando equipes de segurança estarão presentes para orientar a população e garantir a proteção da vida nas áreas mais afetadas pela elevação do nível do rio.
As autoridades seguem vigilantes diante das previsões de mais chuvas na região e continuam ajustando as recomendações de segurança para aqueles que dependem da navegação fluvial ou que vivem nas margens do Rio Madeira.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA