Prefeito aborda problemas de alagamentos, saúde e saneamento básico na capital de Rondônia
Porto Velho, RO – O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), participou da segunda edição do podcast Resenha Política, apresentado pelo jornalista Robson Oliveira. Na entrevista, Moraes abordou temas centrais de sua campanha e os desafios administrativos no início de sua gestão em 2025, incluindo alagamentos, saneamento, arrecadação municipal e saúde pública.
Durante a conversa, o prefeito destacou a complexidade dos alagamentos em Porto Velho, problema recorrente agravado pelo crescimento desordenado da cidade. Ele afirmou que a solução definitiva passa por um projeto de macrodrenagem, cujo custo inicial é estimado em aproximadamente R$ 1,2 bilhão. “É muito dinheiro para pouco tempo”, afirmou. Enquanto isso, medidas paliativas estão sendo adotadas para mitigar os impactos das chuvas, como a instalação de eco-boeiros e o aumento da vazão em pontos críticos, que já teria reduzido em 40% o tempo de escoamento das águas.
Moraes também mencionou que sua gestão está em busca de apoio do governo federal e estadual para viabilizar investimentos em infraestrutura. “Temos dialogado com todos os mandatários, independentemente de alinhamento político, para garantir recursos para Porto Velho”, explicou.
Sobre o saneamento básico, o prefeito apontou que a responsabilidade do processo de licitação e concessão está com o governo estadual e que a capital não pode ser tratada “a reboque” de outros municípios. Ele defendeu a necessidade de protagonismo de Porto Velho na decisão e afirmou que sua equipe já está estruturada para acompanhar de perto as discussões e buscar soluções para abastecimento de água, coleta de lixo e esgotamento sanitário.
AS ÚLTIMAS DO INFORMA RONDÔNIA
Outro tema abordado foi a arrecadação municipal. Moraes relatou dificuldades herdadas da gestão anterior, mencionando um déficit de R$ 750 a R$ 800 milhões e problemas na cobrança de tributos como o IPTU. Segundo ele, falhas na administração tributária resultaram na não emissão do imposto, prejudicando a arrecadação da cidade. “Nós temos um documento da ex-gestão dizendo que não era para lançar o IPTU”, afirmou, destacando que a prefeitura precisou estender o prazo de pagamento para minimizar os impactos à população.
Ao tratar da saúde pública, o prefeito reforçou que este foi o principal tema de sua campanha e um dos maiores desafios do município. Ele afirmou que a capital rondoniense tem o pior sistema de saúde entre as capitais do Brasil e que 70 mil pessoas não têm acesso ao Programa de Saúde da Família (PSF). “O problema não é só a falta de atendimento, mas também a escassez de medicamentos essenciais para pressão arterial, diabetes e coração, o que pode levar a complicações graves e amputações”, ressaltou.

Moraes também rebateu críticas sobre a falta de diálogo com o Conselho Municipal de Saúde, afirmando que a entidade foi convidada a participar do comitê gestor, mas optou por não integrar o grupo. “Se tiver divergência ideológica, que fique da porta para fora. Vamos dialogar para resolver os problemas da população”, pontuou.
O prefeito afirmou que sua gestão está focada em medidas estruturantes e que a reestruturação da administração municipal inclui reuniões semanais para acompanhar o andamento dos projetos. “Nosso governo não trabalha em ilhas. Todos os setores precisam se comunicar para que as entregas aconteçam”, disse.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA