CONGRESSO NACIONAL
Chrisóstomo quer fechar a USP por contabilizar apenas 18 mil pessoas em manifestação bolsonarista

Parlamentar utilizou termo "Holocausto" ao expressar solidariedade à família Bolsonaro; instituição mencionada é a USP

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 19/03/2025 - 16h46

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Porto Velho, RO – Durante sessão deliberativa extraordinária da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18), o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), forte apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou duramente uma universidade responsável pelo levantamento técnico que estimou em 18 mil o número de participantes na manifestação pró-anistia ocorrida em Copacabana, no último domingo, 16. Embora não tenha mencionado diretamente, a instituição citada pelo deputado é a Universidade de São Paulo (USP), responsável pela contagem oficial divulgada.

Na ocasião, Chrisóstomo afirmou discordar profundamente da estimativa feita pela universidade e sugeriu enfaticamente o encerramento das atividades da instituição, considerando o resultado apresentado como incorreto:

“Gente, essa faculdade tem que fechar as portas dela! Não sabem nem contar! Nem esses universitários nem esses professores sabem contar! Fechem a porta dessa universidade! Que vergonha, rapaz! De 18 mil para mais de meio milhão de pessoas, pelo amor de Deus, hein!”, declarou o parlamentar rondoniense em discurso registrado em plenário.

Ao defender sua avaliação sobre a presença de público no ato em Copacabana, Chrisóstomo citou outros levantamentos realizados por diferentes instituições: “Graças a Deus, a Polícia Militar disse que havia um pouco mais de 400 mil pessoas. A IA — e a essa ninguém engana — disse assim: ‘Não, havia entre meio milhão e 700 mil pessoas’.”

Durante o mesmo pronunciamento, Chrisóstomo reforçou a defesa da aprovação da anistia para os envolvidos nos atos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, destacando que o ex-presidente norte-americano Donald Trump concedeu anistia aos envolvidos na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. “Podemos usar isso como exemplo, porque isso é justiça, isso é pensar no povo”, disse.

Uso do termo “Holocausto”

Ainda na mesma sessão parlamentar, em manifestação posterior pela ordem, Coronel Chrisóstomo voltou ao microfone para expressar solidariedade ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que anunciou a intenção de solicitar asilo político nos Estados Unidos.

Durante essa fala, Chrisóstomo empregou o termo “Holocausto”, em referência direta ao genocídio cometido pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. O termo Holocausto (do grego “holókaustos”, que significa “todo queimado”) é utilizado historicamente para se referir ao assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante o regime nazista alemão, no maior genocídio do século XX.

Chrisóstomo afirmou em plenário: “Como disseram lá no Senado, o Holocausto está aqui no Brasil! Isso é triste para todos nós brasileiros. Deveríamos estar vivendo um momento diferente, mas aqui há perigo, sim”.

A referência ao Holocausto ocorreu enquanto o parlamentar manifestava solidariedade ao deputado Eduardo Bolsonaro e à sua família, após o anúncio de Eduardo sobre o pedido de asilo político nos Estados Unidos, devido ao que chamou de “intolerâncias”.

“Portanto, Eduardo Bolsonaro, Presidente Bolsonaro, minha solidarização aos senhores. Eu me solidarizo com sua família, Eduardo”, concluiu o parlamentar.

Chrisóstomo solicitou ainda que suas declarações fossem transmitidas no programa “A Voz do Brasil”.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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