MORTE DO PAPA

Editorial do Rondônia Dinâmica destaca ataques dos próprios seguidores em post de Marcos Rogério

Senador rondoniense publicou mensagem de pesar pela morte do pontífice e foi alvo de críticas de seguidores; site analisa reação como reflexo da radicalização ideológica

Por Informa Rondônia - terça-feira, 22/04/2025 - 09h43

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Porto Velho, RO – Uma publicação nas redes sociais do senador Marcos Rogério (PL/RO), em homenagem à memória do Papa Francisco, provocou reações adversas entre seus próprios seguidores. O parlamentar, que lamentou publicamente a morte do pontífice ocorrida na segunda-feira, 21 de abril, foi alvo de críticas intensas por parte de internautas que questionaram o gesto, associando-o a uma suposta adesão ideológica oposta à linha conservadora defendida por muitos de seus apoiadores.

A postagem, veiculada no Instagram, destacou as qualidades do Papa como líder espiritual e ressaltou sua atuação com “sensibilidade pastoral, firmeza moral e espírito de serviço”. Ao final, o senador afirmou prestar condolências à comunidade católica, reconhecendo o legado de Francisco em nome da fé, justiça e fraternidade.

O site Rondônia Dinâmica, em editorial publicado na seção de opinião, analisou os desdobramentos da manifestação pública do senador. Segundo o texto, a reação de parte da audiência de Marcos Rogério revelou um impasse entre princípios religiosos e extremismos ideológicos. “Comentários como ‘Papa comunista!’ e ‘já vai tarde, menos um comunista na Terra’ demonstram uma radicalização que substitui os ensinamentos cristãos pela lógica da claque política”, descreve o veículo.

O editorial também destaca que outras autoridades políticas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), optaram por se pronunciar com tom semelhante ao do senador. Em postagem no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que a morte do Papa convidava à reflexão e à renovação da fé.

De acordo com o Rondônia Dinâmica, a tensão evidenciada na repercussão da postagem sinaliza um desafio para figuras públicas como Marcos Rogério: o de conciliar demonstrações de humanidade e respeito com as expectativas de uma base de apoiadores cada vez mais polarizada. A crítica central do texto aponta que, para determinados segmentos dessa audiência, gestos de empatia — mesmo quando motivados pela fé cristã — são vistos como fragilidade política ou traição ideológica.

A publicação termina citando trechos bíblicos que evocam a paz e o amor ao próximo como pilares do cristianismo, sugerindo que tais reações dos seguidores destoam das doutrinas que dizem seguir.

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Entre a cruz e a claque: seguidores de Marcos Rogério atacam Papa Francisco após homenagem do senador