FALANDO SÉRIO
Mariana Carvalho vive sob tensão após derrotas; Fúria terá de escolher; e Confúcio porta-voz de Lula

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O ano pré-eleitoral obriga políticos rondonienses a lidar com a “emoção do medo”.

Por Herbert Lins - segunda-feira, 28/04/2025 - 08h52

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CARO LEITOR, as ciências sociais que estudam as emoções, a exemplo da psicologia e da geografia, têm estudado a “emoção do medo”. Uma das principais características do medo é nos proteger de situações de risco, ameaça e perigo para nossa vida, seja real ou imaginária.   Diante desse sentimento, os indivíduos reagem para se proteger de situações que podem lhes provocar perdas, danos e sofrimentos. É com a emoção do medo que representantes políticos são obrigados a lidar nos meandros do jogo do poder e nas competições eleitorais. Por sua vez, figuras da política rondoniense são obrigadas a lidar com a emoção do medo no ano pré-eleitoral em curso. O medo é uma receita notória das estratégias políticas e eleitorais para com os eleitores, mas os políticos também são aterrorizados pelos adversários com o sentimento do medo. Até o calendário oficial das eleições de 2026, a emoção do medo deverá provocar mudanças significativas na disputa pelo Governo de Rondônia e as duas vagas ao Senado Federal.

Medo

Existem vários políticos rondonienses que estão convivendo com a “emoção do medo” em relação às eleições de 2026. Seja do espectro ideológico de direita ou de esquerda, seja situacionista ou oposição.

Distrações

Situações de risco, ameaça e perigo, pode criar distrações e apostar em alternativas arriscadas. É com esse conjunto de conceitos, ideias e circunstâncias que o político avalia o que fazer. O ano pré-eleitoral de 2025 é decisivo para tomadas de decisões e mudanças de rotas até 2026.

Rogério

Na atualidade, analisando o discurso, um exemplo de político tomado pela “emoção do medo” é o senador Marcos Rogério (PL), que, depois de quase sete anos na oposição em escala estadual e federal, demonstra indecisão se mergulha de cabeça na disputa pelo Governo de Rondônia ou busca mais uma reeleição tranquila ao Senado.

Confúcio

Contrariamente, já existem políticos que demonstram a “emoção da bravura”, a exemplo do senador Confúcio Moura (MDB), considerado na atualidade um dos parlamentares rondonienses mais poderosos da República. Bravura porque assumiu a condição de porta-voz do presidente Lula (PT) em Rondônia.

Maurício

Quem também não está longe da “emoção do medo” é o deputado federal Maurício Carvalho e sua irmã, a ex-deputada federal Mariana Carvalho, ambos do União Brasil. Maurício, ao assumir a presidência da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, não lhe garante votos para uma reeleição tranquila, apesar de contar com o carisma pessoal e muita estrutura de campanha.

Mariana

Já a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), depois de sofrer duas derrotas consecutivas nas urnas em eleições majoritárias, vive sob tensão cada vez maior, que pode ser explicada da seguinte forma: o medo terrível dos Carvalhos de ficar sem mandato no Congresso Nacional a partir de fevereiro de 2027.

Fúria

Quem também vive sob tensão é o prefeito Adailton Fúria (PSD). O medo de Fúria é largar a Prefeitura de Cacoal para disputar o Governo de Rondônia nas eleições de 2026 e perder. Neste caso, ficar sem mandato e desaparecer no jogo do poder.

Hildon I

A mesma situação do prefeito Adailton Fúria (PSD) é mais ou menos a mesma do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Esse último também está de olho numa eleição imprevisível. Seu alvo é o governo estadual. O problema são os possíveis adversários, tidos como favoritos, a exemplo do senador Marcos Rogério (PL) com recall eleitoral e a novidade política por nome de Fúria.

Hildon II

Outro problema do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), mesmo “estando disponível” a uma candidatura majoritária ao Governo de Rondônia, caso se concretize a federação ou fusão partidária entre PSDB e Podemos, cairá no colo do prefeito Léo Moraes (Podemos), dono da legenda pelas bandas de cá. É claro que Chaves deixa o Podemos/PSDB e deverá buscar uma outra legenda para ser candidato nas eleições de 2026.

Risco

Quem também tem medo de ficar sem mandato são os deputados federais Coronel Chrisóstomo (PL) e Fernando Máximo (União Brasil). Chrisóstomo, por conta das ações de caridade que faz na W3 Norte em Brasília, e Máximo, do risco de concorrer a um cargo majoritário e perder, por sua vez, ficar sem mandato e sem foro privilegiado.

Favoritos

São duas cadeiras em jogo para o Senado nas eleições de 2026. Nas pesquisas de consumo interno, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (PL) são os favoritos para conquistar as duas vagas na Casa Alta.

Sobra

Caso o senador Marcos Rogério (PL) se lance na disputa ao Governo de Rondônia, sobra uma vaga ao Senado para possíveis pretendentes de peso, a exemplo do senador Confúcio Moura (MDB), da deputada federal Sílvia Cristina (PP), da ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), do ex-senador Valdir Raupp (MDB) e do neófito Bruno Scheid (PL). São nomes que não podem ser subestimados, com potencial para muitos votos.

Natural

O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) é um candidato natural ao Senado nas eleições de 2026. O resultado perfeito seria uma vitória para o Senado e a eleição de sua esposa, Luana Rocha, para deputada federal, além do irmão para deputado estadual.

Impasses

Ocorre que 2026 é a opção mais temerária para o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) por conta dos impasses que ele precisa resolver antes de renunciar ao cargo de governador para disputar a eleição para senador.

Reajuste

Falando em Marcos Rocha (União Brasil), o governador anunciou que, a partir desse mês de abril, todos os professores, técnicos e analistas da rede estadual de ensino estarão recebendo o reajuste salarial de 6,27% com retroativo ao mês de janeiro.

Valorização

Parabéns ao governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) pela valorização profissional da Educação, mas falta muito por fazer em relação ao auxílio saúde e alimentação dos professores. Além disso, a promessa do rateio que aconteceu em 2021 – ano pré-eleitoral em relação a eleição de 2022, ficou apenas no campo das promessas.  

Entrega

Na sexta-feira (25), a primeira-dama Luana Rocha entregou a obra do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) no município de Buritis. O Governo de Rondônia pretende, através da SEAS, entregar a sede do CRAS em 27 municípios rondonienses.

Papel

Para quem não sabe, o CRAS desempenha um papel crucial no atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social, oferecendo suporte e encaminhamento para diversos programas sociais, como o Cadastro Único (Cadúnico) e apoio psicológico e jurídico.

Aterro

O vereador Thiago Tezzari (PSDB), que preside a Comissão de Saneamento Básico da Câmara Municipal de Porto Velho (CMPV), esteve no Ecoparque – aterro sanitário da capital, acompanhado da vereadora Sofia Andrade (PL) e dos vereadores Giovanni Ibiza (Agir) e Nilton Souza (PSDB).

Denúncia

Os vereadores compareceram ao Ecoparque – aterro sanitário da capital, depois que o vereador Marcos Combate (Agir) foi impedido de entrar no aterro no intuito de fiscalizar denúncias da população rural que vive no seu entorno em relação ao rompimento de tanques de chorumes e o mal cheiro devido ao lixo estar depositado a céu aberto sem a devida compactação.

Dinheiro

Eu costumo dizer que lixo é dinheiro. Pelas imagens das redes sociais evidenciadas pelos vereadores que visitaram o Ecoparque – aterro sanitário da capital, observamos que não existe uma estação de tratamento e reciclagem do lixo, muito material reciclável é descartado e desperdiçado.

Coleta

O lixo de Porto Velho descartado e desperdiçado na sua integralidade poderia estar gerando oportunidade e renda para inúmeras pessoas. É preciso urgentemente implantar coleta seletiva do lixo nos quatro cantos da capital e nos distritos, ou seja, ensinar a população a reciclar a partir de dentro de casa.

Seletiva

Falando em coleta seletiva, a capital Porto Velho, repito, carece de uma coleta seletiva do lixo, a prefeitura deve ser o fio indutor na formação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis nos quatro cantos da cidade conforme a política nacional de resíduos sólidos.

Esperar

Para implantar cooperativas de coleta seletiva do lixo, não precisa esperar o fim das discussões jurídicas das empresas que disputam o ouro fedido da nossa capital, ou seja, os contratos milionários da coleta do lixo, destinação final e da limpeza urbana.

Lixo

A Prefeitura de Nova Mamoré desativou o lixão a céu aberto depois que fechou contrato com a empresa Amazon Forte e instalou uma estação de transbordo do lixo produzido no município – cidade e distritos. Neste caso, o lixo será trazido para o Ecoparque – aterro sanitário de Porto Velho. A distância percorrida do lixo de Nova Mamoré é de 276 km até a nossa capital.

Sério

Falando sério, o maior medo de um político endinheirado em tempos de redes sociais não são os adversários políticos, é comprar os votos das lideranças políticas e não serem entregues como esperado por conta do voto da palma da mão que causa o efeito catraca, depois que vira, não volta.

AUTOR: HERBERT LINS





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