O vaidoso vive de reflexo e não de essência, ele se torna escravo da imagem, se cerca de bajuladores e passa a temer qualquer crítica.
CARO LEITOR, os filósofos Aristóteles e Nietzsche estudaram a vaidade superficialmente, diferentemente do filósofo brasileiro Matias Aires, que aprofundou o estudo sobre o tema na sua obra “Reflexões sobre a Vaidade dos Homens”. Aires abordou diferentes formas de vaidade e suas implicações na sociedade e na vida humana. O vaidoso se alimenta de elogios, daí a vaidade vai corroendo e matando aos poucos o ser humano vaidoso. A autoconfiança logo vira um castelo de areia para quem precisa de validação constante dos outros. O vaidoso vive de reflexo e não de essência. Neste caso, ele se torna escravo da imagem, se cerca de bajuladores, passa a temer qualquer crítica e faz qualquer negócio para manter o verniz. A fragilidade emocional o domina, um vazio toma conta do seu espírito, a pose, a maquiagem e encenação fazem dele um personagem no convívio em sociedade.
Vaidosos
Nos espaços de poder e de tomada de decisões, existem vários casos de estudos em relação a políticos vaidosos. Esses, cedo ou tarde, a máscara cai. Porque não há personagem e mentira que resista tanto ao tempo. Não há ego que não se quebre quando os aplausos cessam.
Tombo
O político que se torna vaidoso, a queda é certa. Raramente, depois que cai, dificilmente se levanta. Lembre-se, quanto mais alto o pedestal, maior o tombo. Esse comportamento se manifesta no indivíduo por conta do orgulho, da individualidade e do egoísmo.
Tropecei
Comecei a militância partidária aos 17 anos, convivi com todos os perfis de representantes políticos na Paraíba, no Distrito Federal e, por último, em Rondônia, daí tropecei em políticos se achando mais importantes e superiores aos outros.
Analisa
O político precisa observar e perceber os recados das pesquisas de opinião pública, bem como das lideranças políticas. O líder russo Lenin, na sua obra “Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás: A Crise no Nosso Partido”, ensina a analisar as circunstâncias políticas, bem como os cenários políticos e o momento de recuo e avanço.
Emprenhar
O político precisa compreender e analisar as circunstâncias políticas. Não emprenhar os ouvidos mediante as falas de bajulação, ou seja, descer do pedestal, analisar cenários, recuar e avançar, se manter na posição de vencedor.
Bolsonaro
A Polícia Federal marcou para hoje (5) o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) em um inquérito que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra autoridades brasileiras desde que se autoexilou nos EUA. Nas próximas colunas, farei uma análise mais detida do tema.
Zambelli
A condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF, segundo denúncia, foi por contratar um hacker para inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado por ele mesmo.
Apostou
Carla Zambelli (PL-SP) apostou numa revolução reacionária onde ela estaria no “jet set” imune a qualquer punição por crimes políticos. O plano não saiu como o esperado. Ela cometeu crimes, foi julgada, condenada e fugiu da Justiça por conta dos movimentos políticos impensados.
Posição
O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (PL) marcam posição na disputa pelo Palácio Rio Madeira. Resta saber se Sérgio consegue polarizar com o franco favorito Rogério na disputa pelo governo de Rondônia
Esquerda
Os partidos de esquerda se movimentam para convencer o senador Confúcio Moura (MDB) a disputar o governo novamente nas eleições de 2026. Com a federação MDB e Republcianos, Confúcio pode ficar fora desse movimento que tenta garantir palanque com um candidato competitivo para o presidente Lula (PT) em Rondônia.
Hildon
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), corre por fora costurando alianças para disputar o Governo de Rondônia. Já o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), nas últimas semanas, apresenta sinais nas redes sociais de que disputará uma vaga ao Senado ou à Câmara de Deputados.
Perfil
Nas redes sociais, Hildon Chaves (PSDB) adotou um perfil voltado para o agronegócio nas aparições que fez na 12ª Edição da Rondônia Rural Show e na sua fazenda. Por último, nas críticas feitas à Bancada Federal por conta do descaso com a ponte da BR-364 sobre o rio Candeias do Jamari.
Salvar
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), aparentemente, não parece ser um homem vaidoso. Mas parece possuir uma enorme capacidade de resiliência. Hildon tem duas missões nas eleições de 2026: se salvar politicamente e salvar a sua esposa, a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil).
Juntos
Hildon Chaves (PSD), caso se lance candidato a senador nas eleições de 2026, embaralha o jogo na disputa pelas duas vagas e terá espaço em qualquer grupo político sem provocar rachas. Além disso, pode levar Ieda Chaves para Brasília com ele. Juntos, poderão fazer um mandato municipalista e com enorme capacidade de entrega para Rondônia.
Missão
Uma outra missão do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) é não definhar politicamente nas urnas após deixar a Prefeitura de Porto Velho como definhou os ex-prefeitos José Guedes, Carlinhos Camurça, Roberto Sobrinho e Dr. Mauro Nazif. Esse último, não conseguiu chegar no segundo turno das eleições de 2016, por último, nas eleições de 2024, não conseguiu eleger o filho vereador.
Sombra
O prefeito Léo Moraes (Podemos) está dando sombra aos ex-pré-candidatos a prefeitos de Porto Velho no último pleito eleitoral de 2024 que foram rifados pelas cúpulas partidárias. Já dos candidatos que disputaram a eleição, Léo trouxe para perto de si a ex-candidata Euma Tourinho (sem partido).
Novo
Léo Moraes (Podemos), de cara, trouxe para perto de si o ex-pré-candidato Jaime Gazola (PL). Esse último assumiu a SEMUSA. Agora trouxe o ex-pré-candidato a prefeito Valdir Vargas (PP). Neste caso, Léo vai formando um novo grupo político com lideranças que podiam surgir como oposição a ele futuramente.
Vargas
O advogado Valdir Vargas foi indicado pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) para compor a Diretoria Colegiada da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ARDPV). No início da tarde de ontem (04), ele foi sabatinado pela Câmara Municipal de Porto Velho.
Cooptados
Na matemática do poder, faltam apenas os ex-candidatos a prefeito Samuel Costa (Rede), Dr. Benedito Alves (Solidariedade) e Célio Lopes (PDT) para serem cooptados pelo prefeito Léo Moraes (Podemos). Espaço tem na administração, falta apenas aproximação, diálogo e um cafezinho.
Oposição
O vereador Marcos Combate (Agir) está fazendo uma oposição inteligente ao prefeito Léo Moraes (Podemos). Em uma sociedade democrática, é muito importante que existam opiniões diferentes. A oposição, ou seja, quem não está no governo, tem um papel fundamental, em especial, quando não critica por criticar.
Construtiva
Marcos Combate (Agir) se destaca na oposição construtiva que está fazendo ao prefeito Léo Moraes. Ele tem feito alertas importantes, e a gestão municipal, ao escutar, pode corrigir erros, aperfeiçoar projetos e fazer um trabalho melhor para todos os portovelhenses.
Sério
Falando sério, o filósofo brasileiro Matias Aires, repito, é o principal filósofo que se dedicou a uma análise aprofundada da vaidade. Ele é considerado o primeiro filósofo brasileiro, mas pouco conhecido no país. A sua principal obra, “Reflexões sobre a Vaidade dos Homens”, foi publicada em 1752, em Lisboa, e posteriormente no Brasil. Ele faleceu em Lisboa, em 1763.
