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FALANDO SÉRIO
Hildon foi quem mais ganhou com ‘‘fim’’ da fusão PSDB e Podemos; e a saga de Fúria visa 2026

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Partidos precisam participar ativamente nas eleições majoritárias e proporcionais para conquistar espaços de poder

Por Herbert Lins - quarta-feira, 18/06/2025 - 16h02

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CARO LEITOR, sim, entrou água na fusão entre os partidos PSDB e Podemos, o recuo aconteceu porque o PSDB defendia um rodízio na presidência da legenda no período de transição, mas a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), considerou a proposta “inaceitável”. Apesar do fracasso das negociações, o presidente nacional do PSDB, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, avaliou o desfecho como positivo. Segundo ele, “o Podemos queria se apoderar do que restou do PSDB”. Agora, Marconi mira no modelo de federação partidária para o PSDB, na mira estão o MDB e Republicanos. Entretanto, o PSDB já teve experiência de federação com o Cidadania e não acrescentou nada para ambos os partidos. A estratégia mais adequada para conquistar cargos eletivos, ganhar visibilidade e fortalecer uma legenda, segundo o jurista, sociólogo e cientista político francês Maurice Duverger, é lançar candidatos a disputas por cargos majoritários e proporcionais nos espaços de poder. Neste caso, participar ativamente nas eleições.

Federação

No formato de federação partidária, os partidos atuam como uma única legenda por, no mínimo, quatro anos, compartilhando fundo eleitoral e tempo de rádio e televisão. Para alguns, favorece a eleição de bancadas mais robustas no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas.

Identidade

Em colunas anteriores, demonstrei que o modelo de federação partidária não foi uma boa estratégia para o PSDB e Cidadania, ambas legendas perderam sua própria identidade partidária, consequentemente, derreteram nas urnas.

Correlação

A federação partidária também se esbarra nos posicionamentos políticos de suas lideranças políticas em escalas estadual e local. Por sua vez, uma legenda menor se sobrepõe à legenda maior na correlação de forças internas da federação. Essa experiência negativa ficou nítida na federação entre o PSDB e Cidadania em Rondônia.

Piramidal

Considerando o esquema piramidal do cientista político francês Maurice Duverger, os dirigentes partidários no Brasil precisam buscar nomes competitivos para lançar à presidência da República, a governador dos estados, senadores, deputados federais e estaduais.

Propósito

O PSDB perdeu 15 mil filiados em apenas um ano. No Senado Federal, conta com apenas três senadores e na Câmara dos Deputados, a representação política foi reduzida a somente 13 deputados federais. Esse número é suficiente para assumir, estabelecer um propósito e se tornar protagonista no intuito de reconstruir a legenda tucana em âmbito nacional.

FHC

O PSDB já ocupou a presidência da República com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), fundador da legenda. Como ministro da Fazenda e presidente, FHC conseguiu estabilizar a economia brasileira através do Plano Real e iniciar o processo de modernização do país. Deixem o homem morrer para depois acabar com o partido.

Conquistou

A legenda tucana conquistou, por muito tempo, vários governos estaduais, prefeituras de capitais e de capitais regionais. Elegeu-se consideradas bancadas no Senado Federal, Câmara de Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

Esvaziamento

Por conta da movimentação da fusão partidária com o Podemos, acentuou-se o esvaziamento político e eleitoral do PSDB. Deixaram a legenda recentemente o governador Eduardo Leite (RS) e a governadora Raquel Lyra (PE). Além de outros prefeitos, vários deles buscaram se aninhar no MDB e no PSD. Já alguns congressistas tucanos esperam abrir a janela partidária para deixar a legenda.

Ciro

O PSDB busca se recuperar eleitoralmente atraindo a filiação de Ciro Gomes à legenda tucana. Ciro está filiado há uma década ao PDT. Ciro retorna à legenda tucana para disputar o governo do Ceará. Neste caso, definitivamente, a liderança de Ciro em escala estadual será testada nas urnas cearenses nas eleições de 2026.

Ganhou

Em Rondônia, quem mais ganhou com o fim das tratativas de fusão do PSDB com o Podemos foi o ex-prefeito Hildon Chaves. Ele preside a legenda no âmbito estadual e conseguiu eleger três vereadores em Porto Velho. Já no interior, a legenda tucana foi um fiasco. Porém, ele pode dizer agora que tem o comando partidário de uma legenda.

Reorganizar

O maior desafio do ex-prefeito Hildon Chaves e do seu grupo político é reorganizar a legenda tucana para disputar o Palácio Rio Madeira – sede do Governo de Rondônia, nas eleições de 2026. Como presidente da Associação Rondoniense dos Municípios – AROM, Hildon já deveria atrair a filiação de prefeitos à legenda tucana.

Grupo

Contudo, o grupo político do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), considerando o cientista político francês Maurice Duverger, assim como Hildon, é formado por lideranças elitistas, ou seja, empresariais, liberais e intelectuais. Neste caso, não conseguem construir/reconstruir uma legenda piramidal para se tornar competitiva e de massa.

PEC

A sessão plenária de ontem (17) na Assembleia Legislativa de Rondônia (Ale-RO) foi interrompida para aprovar uma PEC a Constituição estadual que autoriza o governador, mesmo afastado por mais de 15 dias, a governar remotamente e assinar os atos governamentais via gov.br./SEI. Além disso, fará reunião com os secretários via chamada de vídeo de bunker em Israel. Ponto para o secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende.

Retornar

Fontes palacianas revelaram que o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) só retorna ao Brasil quando o seu deslocamento de Israel oferecer total segurança. Além disso, quando chegar a Rondônia, o primeiro ato de Rocha é exonerar o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) do comando de SEDEC.

Fúria

O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), continua marcando presença nos municípios para se tornar conhecido dos eleitores no intuito de disputar o Palácio Rio Madeira – sede do Governo de Rondônia, nas eleições de 2026. Fúria por ser jovem, precisa de um nome experiente para compor a chapa como candidato a vice-governador e que seja da capital.

Cotados

Entre os nomes cotados, está o do vereador Dr. Breno Mendes (Avante) e do Dr. Benedito Alves. Breno já disputou a prefeitura de Porto Velho e obteve uma boa votação. Na última eleição, Breno foi eleito vereador na capital. Já Benedito foi secretário das Finanças estaduais, Conselheiro do Tribunal de Contas e disputou a prefeitura de Porto Velho nas últimas eleições municipais.

Sabatinaram

Falando em Breno Mendes, na sessão especial de ontem (17), a comissão formada pelos vereadores Dr. Gilber Mercês (PL), Dr. Breno Mendes e Zé Paroca, ambos do Avante, sabatinaram no Plenário da Câmara Municipal de Porto Velho, Domingos Sávio e George Braga, para compor a diretoria da Agência Municipal Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ARDPV).

Consolida

A indicação de Domingos Sávio para ocupar a Diretoria Jurídica e George Braga para a Diretoria Financeira da ARDPV de Porto Velho consolida a aproximação política entre o senador Confúcio Moura (MDB) e o prefeito Léo Moraes (Podemos).

Salvação

Com prestígio político em alta em Brasília, o senador Confúcio Moura (MDB) está abrindo portas dos ministérios do governo do presidente Lula (PT) para o prefeito Léo Moraes (Podemos). Essa aliança entre os dois poderá ser a tábua de salvação do MDB nas eleições de 2026 e da gestão municipal de Léo frente ao Prédio do Relógio.

Plator

Falando em Léo Moraes (Podemos), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – TCE/RO, Paulo Curi, decidiu ontem (16), proibir a gestão do prefeito Léo de emitir Ordem de Serviço ou pagamento dos empenhos à empresa Plator Engenharia e Meio Ambiente Ltda, em razão das graves irregularidades constatadas no contrato assinado após carona à Ata de Registro de Preço do consórcio mineiro CIDRUS.

Responsabilidade

O papel do prefeito é fundamental para o desenvolvimento local e criação de novas oportunidades para a população. Ao assumir o cargo de prefeito de Porto Velho, Léo Moraes – que tem um futuro político brilhante pela frente – na sua posse, assumiu a responsabilidade de planejar e implementar políticas públicas que promovam um ambiente favorável ao crescimento econômico e humano da nossa capital.

Caminho

Léo Moraes é um prefeito visionário, pode ser um agente de mudança, capaz de atrair investimentos estratégicos para Porto Velho, criar um ambiente empreendedor e inovador no sentido de promover o desenvolvimento humano e econômico local. Porém, pode se perder no caminho se levado ao erro ou se deixar ser seduzido pelas “facilidades do poder”.

Tezzari

O vereador Thiago Tezzari (PSDB) esteve ao lado do prefeito Léo Moraes (Podemos) para entregar as obras de modernização da rede elétrica do Mercado Central de Porto Velho. Na oportunidade, Léo e Tezzari agradeceram a toda a equipe de eletricistas da EMDUR pelo trabalho realizado.

Sério

Falando sério, federação partidária funciona como um partido, mas isso não quer dizer que se tornem um de verdade. Pelo contrário, perdem a sua identidade ideológica. Na prática, considerando Maurice Duverger, não deu certo com o PSDB e Cidadania por não contar com uma estrutura partidária piramidal, mas por preferir ser legendas que abrigam as elites empresariais, liberais e intelectuais, respectivamente.

AUTOR: HERBERT LINS





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