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CONGRESSO NACIONAL
Bagattoli chama Alexandre de Moraes de “rei” e diz que Senado perdeu sentido diante de decisões do STF

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Senador de Rondônia cobra votação da anistia aos presos do 8 de Janeiro e afirma que o Supremo estaria anulando deliberações do Congresso

Por Informa Rondônia - sábado, 19/07/2025 - 11h23

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Porto Velho, RO – Durante discurso no plenário do Senado Federal, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e cobrou a inclusão do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro na pauta do Congresso. Ao mencionar casos específicos de Rondônia, o parlamentar se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como “rei” e declarou que o Senado perdeu sua razão de existir, já que decisões legislativas estariam sendo invalidadas pelo Judiciário.

“Pelo rei Alexandre de Moraes — é o rei — ele não se compara a Deus, ele está acima de Deus”, afirmou Bagattoli ao relatar a condenação de dois pais de família em seu estado, que segundo ele, ficaram nove meses presos e acabaram sentenciados a 14 anos de prisão. Ainda de acordo com o senador, os homens estariam foragidos, deixando dez crianças em situação de vulnerabilidade.

Ao iniciar sua fala, Bagattoli dirigiu-se à senadora Damares Alves (Republicanos-DF) para parabenizá-la, exaltando os relatos apresentados em sua comissão. “O que nós tivemos hoje na sua comissão foi de chorar para quem assistiu e viu pelo Brasil”, declarou.

O senador também criticou a condução dos trabalhos legislativos. Segundo ele, apenas os presidentes Davi Alcolumbre (Senado) e Hugo Motta (Câmara) estariam dispostos a colocar a proposta de anistia em votação. “Os outros dois presidentes foram omissos e não colocaram essa anistia em votação”, disse.

Em tom de descontentamento com o funcionamento do Congresso, Bagattoli ironizou o recesso parlamentar e sugeriu que os senadores poderiam abrir mão do restante do mandato: “Isso aqui não precisa dar recesso até dia 5. Vamos todo mundo para casa. Eu concordo em ficar o restante do mandato sem precisar vir aqui, porque não há necessidade de votar”.

Segundo ele, mesmo que Câmara e Senado aprovem leis, elas seriam anuladas pelo Supremo. “O que for votado aqui, nessa Casa e na Câmara dos Deputados, vai ser nulo pelo Supremo Tribunal Federal”, concluiu.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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