Grupo retorna à arena com proposta crítica sobre figura histórica do cangaço
Porto Velho, RO – A quadrilha JUABP se prepara para mais uma participação no Arraial Flor do Maracujá, que será realizado de 1º a 10 de agosto, no Parque dos Tanques, em Porto Velho. Nesta 41ª edição do evento, o grupo apresentará o tema “O Lampião: nem herói, nem vilão”, abordando a trajetória de Virgulino Ferreira, conhecido como Lampião, sob uma perspectiva cultural.
A quadrilha foi criada em 1992 com o propósito de animar os festejos de uma instituição religiosa localizada no Bairro Areal da Floresta. Desde então, consolidou-se no cenário das quadrilhas em Rondônia. A JUABP conquistou o título do Flor do Maracujá nos anos de 2006, 2016 e 2019. Em 2024, ficou em segundo lugar ao homenagear a obra “O Auto da Compadecida”. Os ensaios são realizados na quadra da Escola Jesus Burlamaqui, no mesmo bairro, às terças, quintas, sextas e domingos, local onde mantém suas atividades desde 2007.
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O presidente da quadrilha, João Big, está à frente da JUABP desde 2003. Ele relatou sua trajetória no grupo. “Cheguei na quadrilha em 2000 como dançarino e participei de uma única apresentação. Logo me envolvi com a criação de alegorias e adereços. Em 2002, o então presidente me incentivou a assumir responsabilidades maiores e, no ano seguinte, após sua saída, o grupo confiou a presidência a mim. Desde então, além das apresentações, também desenvolvemos ações sociais em comunidades durante todo o ano”.
O secretário estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Paulo Higo, comentou sobre a participação do grupo no evento. “A participação da JUABP no Flor do Maracujá mostra a força e a continuidade do movimento junino em Rondônia. É gratificante ver grupos tão dedicados levando ao público apresentações que unem arte, crítica social e pertencimento cultural.”
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, também se manifestou sobre o evento. “Com a realização do evento, o governo de Rondônia reafirma seu compromisso com as tradições populares, valorizando quem mantém viva a história e a cultura do nosso povo”, afirmou.