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GOVERNANÇA
Rondônia amplia parcerias comerciais e minimiza impacto de tarifa dos EUA ao Brasil

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Estado mantém exportações diversificadas e adota estratégias para preservar economia diante de possível aumento de tarifas

Por Informa Rondônia - sábado, 02/08/2025 - 08h41

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Porto Velho, RO – O governo de Rondônia informou que o estado mantém ações de apoio a negócios, ao setor produtivo e aos trabalhadores, com atenção ao cenário internacional marcado pela previsão de tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, prevista para entrar em vigor em 6 de agosto, tem gerado preocupação em governos estaduais.

O governador Marcos Rocha afirmou que Rondônia destina pequena parcela de suas exportações aos Estados Unidos, não sendo este o principal mercado. Segundo ele, missões internacionais realizadas nos últimos anos ampliaram as parcerias comerciais, posicionando o estado de forma mais favorável caso a tarifa seja aplicada.

De acordo com o secretário de Estado de Finanças, Luís Fernando Pereira, menos de 5% das exportações rondonienses têm como destino o mercado norte-americano. Ele explicou que a tarifação, em tese, não afetaria diretamente a arrecadação, já que exportações não geram incidência de ICMS. O impacto, segundo ele, estaria no efeito indireto da medida, que poderia reduzir o fluxo de dólares no país, valorizando a moeda e encarecendo produtos como combustíveis e insumos agrícolas, gerando inflação e inibindo investimentos.

O tema foi abordado no programa SefinCast, onde o analista tributário Kleyve Jorge destacou que os principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos — petróleo, café, carne bovina, aeronaves e suco de laranja — variam em relevância conforme o estado, sendo que Rondônia não depende significativamente desse mercado. O economista Otacílio Moreira ressaltou que o estado possui ampla rede de parceiros comerciais. Levantamento da Coordenação de Geointeligência de Dados Econômicos, com base no Comex Stat, aponta que Rondônia passou de 41 países de destino em 2000 para 116 em 2024.

A Sefin apontou que, diante do cenário, Rondônia poderia redirecionar exportações para países como Chile, Colômbia e Peru. O Chile já figura como comprador relevante de carne bovina, enquanto o Peru importa tambaqui. Também foi citada a possibilidade de atendimento ao mercado interno, que representa 4,9% da produção. Luís Fernando orientou que produtores evitem decisões precipitadas e destacou que o mercado asiático pode oferecer alternativas para mitigar os efeitos da tarifação, com Rondônia favorecida pela localização próxima à rota do Pacífico.

As ações do governo para fortalecer a economia incluem missões internacionais e programas de capacitação profissional gratuitos, que têm impulsionado novos negócios. O estado se destaca pela produção de café, cacau, tambaqui, carne bovina e grãos, está em segundo lugar na projeção de crescimento do PIB para 2025 e possui a segunda menor taxa de desemprego do país, além de registrar aumento na abertura de empresas e recorde de exportações.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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