Parlamentar aponta cortes orçamentários e críticas à política externa como fundamentos para a medida
Porto Velho, RO – A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, nesta quarta-feira (6), requerimento do deputado estadual Delegado Camargo que formaliza um Voto de Repúdio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o parlamentar, a proposta foi motivada por ações e decisões do governo federal que, em sua avaliação, afetam setores como saúde, educação, previdência social e relações internacionais.
No documento, Camargo cita corte de R$ 4,4 bilhões no orçamento da saúde, que, segundo afirma, ameaça o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e compromete o direito constitucional à saúde.
O texto também menciona redução de R$ 42,3 bilhões na educação ao longo dos próximos cinco anos, abrangendo desde a compra de livros escolares até investimentos no ensino básico, técnico e superior. Para o deputado, a medida prejudica estudantes e desvaloriza profissionais da educação.
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Camargo ainda incluiu no requerimento referência a denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estimadas em mais de R$ 2,1 bilhões, atingindo aposentados e pensionistas sem autorização para descontos em benefícios.
Na política externa, o parlamentar criticou declarações do presidente que, segundo ele, minimizaram a gravidade do Holocausto, gerando repercussões diplomáticas negativas. Apontou também enfraquecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos, parceiro comercial relevante, o que, na sua avaliação, pode impactar investimentos e a economia.
“Esse governo é guiado pela ideologia socialista, e não pelo interesse do povo. Ataca nossos valores, enfraquece nossa economia e coloca em risco a imagem do Brasil no cenário internacional. Meu papel é denunciar e me posicionar contra tudo que comprometa o futuro da nossa nação”, declarou o deputado.
Para Camargo, a aprovação do Voto de Repúdio é um posicionamento de Rondônia contra medidas e declarações que considera prejudiciais ao país. “Trata-se de um posicionamento firme contra decisões que impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros e colocam em risco o nosso futuro”, concluiu.