Aliado de Bolsonaro e pecuarista de Rondônia reage a críticas com xingamentos e reafirma apoio ao ex-presidente em meio à crise provocada por decisão do STF
Porto Velho, RO – Durante a noite de terça-feira (5), em Brasília, o pecuarista Bruno Scheid, de Ji-Paraná (RO), divulgou um vídeo em que se dirige diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a seus apoiadores com declarações ofensivas. “Lula, foda-se você. E para você que gosta do Lula, foda-se você também”, disse. O registro foi feito após sua participação em manifestações contra a prisão de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na véspera.
A gravação foi publicada nas redes sociais de Scheid, que se apresenta como assessor especial de Bolsonaro e já foi apontado pelo próprio ex-presidente como um dos seus pré-candidatos ao Senado Federal por Rondônia. No vídeo, ele comenta mensagens que recebeu durante os protestos. “Um monte de gente falando, pô, você defende demais o presidente Bolsonaro porque você é pré-candidato ao Senado dele, tem gente da esquerda que vota em você, é… de certo, é… de certo, você vai perder isso”, relatou.
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Na sequência, Scheid minimiza os possíveis impactos eleitorais da sua postura. “Minha cara de preocupado, ó…”, diz, antes de emendar a frase ofensiva a Lula e seus simpatizantes. A mensagem termina com um tom de desprezo: “Bom, preocupadíssimo. Valeu. Boa noite.”
Mais cedo, Scheid já havia se manifestado publicamente em outro vídeo, gravado no gabinete que seria de Bolsonaro, onde lamentou a ausência do ex-presidente. “Essa sala era para estar cheia nesse momento, o nosso presidente, o capitão Bolsonaro, deveria estar sentado nessa cadeira”, afirmou. Na mesma gravação, reforçou a confiança no retorno do ex-mandatário ao poder: “Tão breve estará sentado na cadeira da presidência, de onde não deveria ter saído.”
Os vídeos foram publicados um dia após a ordem judicial que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro, com uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação. Desde então, aliados do ex-presidente têm se mobilizado em protestos e declarações públicas em defesa de sua liberdade.