ASSISTÊNCIA

Hospital de Base de Porto Velho aplica Método Canguru em cuidados com recém-nascidos prematuros

Programa promove contato pele a pele, fortalece vínculo familiar e acompanha bebês após a alta hospitalar

Por Informa Rondônia - segunda-feira, 11/08/2025 - 08h04

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Porto Velho, RO – O Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho, adota o Método Canguru no atendimento a recém-nascidos prematuros ou com baixo peso. A técnica consiste no contato pele a pele precoce entre pais e bebês, visando estabilizar a temperatura corporal, estimular o desenvolvimento físico e neurológico, favorecer a amamentação e contribuir para a saúde geral do recém-nascido.

A maternidade da unidade é referência estadual reconhecida pelo Ministério da Saúde na aplicação do método. O atendimento se inicia durante a gestação e pode continuar após a alta hospitalar, mantendo a integração entre família e equipe médica. O acompanhamento inclui a presença dos pais e visitas de familiares próximos, conforme regras da unidade.

O serviço é direcionado a bebês nascidos antes de 37 semanas ou com peso inferior a 2,5 kg. O acompanhamento ocorre nas áreas de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCO) e Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA), que dispõe de oito leitos e permite a presença materna integral. Segundo o secretário da Saúde de Rondônia, Jefferson Rocha, as mães podem permanecer junto aos filhos durante todo o dia.

O governador Marcos Rocha afirmou que o pré-natal completo e o planejamento familiar são medidas importantes para reduzir a incidência de partos prematuros.

A aplicação do método começa com a detecção de risco gestacional nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que encaminham gestantes para acompanhamento especializado na Policlínica Oswaldo Cruz (POC) e demais unidades habilitadas. As pacientes recebem orientações sobre alimentação, cuidados na gestação e procedimentos durante a internação.

Após o nascimento, o recém-nascido e a família recebem acompanhamento contínuo nas áreas destinadas ao método, com incentivo ao contato pele a pele, desde que haja condições clínicas para o bebê. Antes da alta, o peso mínimo exigido é de 1.800g para residentes de Porto Velho e 2.000g para moradores do interior. Na terceira etapa do método, após a alta, o acompanhamento segue no ambulatório do hospital, com consultas, exames e orientações sobre a manutenção da posição canguru e da amamentação exclusiva.

De acordo com a enfermeira Délia Pereira, tutora do método no estado, a aproximação com a família contribui para a recuperação dos bebês. A equipe que atua no programa é formada por profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais.

O incentivo à amamentação é parte do processo, com orientações sobre extração e doação de leite materno. Quando necessário, os bebês recebem leite doado, fornecido pelo Banco de Leite Humano Santa Ágata. A coordenadora do banco, Suellen Oliveira, destacou a importância das doações para atender aos recém-nascidos em tratamento.