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ELEIÇÕES 2026
“Vamos tocar o cacete lá”: Rueda confirma Sérgio Gonçalves ao governo de Rondônia em 2026

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Presidente do União Progressista oficializa apoio ao vice-governador durante convenção da superfederação; deputado avalia alternativas no PL de Marcos Rogério ou no Podemos de Léo Moraes

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 20/08/2025 - 09h59

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Porto Velho, RO –  “Vamos tocar o cacete lá”. Com essa expressão, o presidente nacional do União Progressista, Antônio Rueda, cravou o nome do vice-governador Sérgio Gonçalves como candidato da federação ao governo de Rondônia em 2026. A declaração foi feita durante a convenção que oficializou a criação da superfederação formada pelo União Brasil e Progressistas (PP), na manhã desta terça-feira (19). No discurso, Rueda afirmou que Rondônia terá papel de destaque no projeto político da aliança e dirigiu-se diretamente ao vice-governador: “Essa fundação que lá em Rondônia, o nosso vice-governador, se Deus quiser, será o nosso candidato a governo em 2026. Você tem o apoio de todos nós, do nosso ministro, dos nossos deputados e dos nossos senadores. Conto com você, menino. Vamos tocar o cacete lá”.

O anúncio consolidou Gonçalves como o nome oficial da federação para a sucessão estadual e encerrou especulações sobre uma eventual disputa interna. O maior impacto recai sobre o deputado federal Fernando Máximo, que até então vinha sendo apontado como pré-candidato natural ao governo dentro da legenda.

A decisão retira dele qualquer possibilidade de concorrer pelo União Progressista e abre a necessidade de buscar outro caminho. De acordo com interlocutores, duas opções estão em análise: o PL, sob comando regional do senador Marcos Rogério, ou o Podemos, dirigido em Rondônia pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes. Máximo aparece bem colocado nas pesquisas do Instituto Paraná, tanto para o Executivo estadual quanto para o Senado, o que lhe garante margem de negociação em qualquer uma das alternativas.

Fontes próximas avaliam que a porta mais aberta para ele é a do Podemos, embora a articulação com o PL também seja considerada.

A federação União Progressista nasce com números que a colocam como a maior força partidária do país. O bloco reúne 109 deputados federais, 14 senadores – podendo chegar a 15 ainda nesta semana – e 1.335 prefeitos em todo o território nacional, superando o PSD. Também soma sete governadores em exercício e concentra a maior fatia de recursos públicos para campanhas e despesas partidárias, com R$ 953,8 milhões de fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões em fundo partidário, valores que ultrapassam os do PL.

Além da estrutura, a aliança se apresenta com posição crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e articula desde já uma candidatura de centro-direita para a Presidência em 2026. O União Brasil tem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como pré-candidato, enquanto lideranças do Progressistas defendem o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O senador Ciro Nogueira definiu a federação como a espinha dorsal da democracia brasileira e Tarcísio celebrou a criação como um passo aguardado pelo país.

Em Rondônia, no entanto, o quadro já está definido. Com o aval de Rueda, Sérgio Gonçalves passa a ser o nome oficial do União Progressista para disputar o governo do Estado no ano que vem. O gesto público de apoio, marcado pela frase “vamos tocar o cacete lá”, não apenas reforçou a pré-candidatura do vice-governador, mas também fechou a porta para Fernando Máximo dentro da federação, obrigando-o a buscar novos rumos políticos fora da aliança.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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