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ESPAÇO ABERTO
Falta de protagonismo pode gerar nova frustação ao PL de Rondônia

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Do encolhimento do PL em Rondônia às tensões no STF que atingem Bolsonaro, passando pela possível candidatura de Régis Braguin, a coluna expõe os bastidores que redefinem o tabuleiro político

Por Cícero Moura - sexta-feira, 05/09/2025 - 09h48

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Na coluna Espaço Aberto desta sexta-feira, 05, o jornalista Cícero Moura aborda as fragilidades do PL em Rondônia, que insiste em repetir erros estratégicos e se apequenar diante de arranjos políticos mal conduzidos, apesar de ter dois senadores e uma base consolidada de direita no estado. O texto também traz a ascensão do comandante da Polícia Militar, Régis Braguin, visto como possível nome do governador Marcos Rocha para a sucessão estadual, o que gera tensão com apoiadores do vice Sérgio Gonçalves. Em nível nacional, a coluna destaca a defesa feita no STF pelo general Paulo Sérgio Nogueira, que acabou irritando aliados de Jair Bolsonaro ao colocar o ex-presidente no centro da narrativa sobre tentativa de golpe em 2022.

VERGONHA

O Partido Liberal em Rondônia corre o risco de repetir o fiasco da eleição municipal, quando deixou escapar a chance de ser protagonista e acabou encolhido diante de arranjos mal feitos.

BANDEIRA

O PL tem, sim, uma direita consolidada no estado, mas insiste em se apequenar em formatações medíocres, que não valorizam a verdadeira direita raiz.

DEFINIDO

Com o senador Marcos Rogério já decidido a disputar a reeleição, seria natural que a legenda se fortalecesse ao redor de seu nome e da sua representatividade.

BAJULADORES

Mas o que vemos é um partido desperdiçando tempo com oportunistas de ocasião, que só esperam a hora certa para “comer a cereja do bolo”.

ESCOLHAS

O recado é simples: façam acordos com gente decente, com densidade política e capacidade financeira.

ACESSÍVEL

Lideranças que realmente dialoguem com o empresariado e o agronegócio. Um exemplo claro? O ex-prefeito Hildon Chaves, reúne essas credenciais.

INVENCIONICE

Chega de inventar “pé-rapado” como grande líder da direita. O eleitorado já não engole mais.

EM 2022

Basta lembrar o erro recente: empurrar goela abaixo um pastor que não é ilustre nem dentro da própria congregação.

FRITOU

O resultado foi previsível — mais um nome queimado, junto com a legenda.

PRESENÇA

É inacreditável que um partido com dois senadores no Senado Federal pareça um nanico frente ao PSDB, por exemplo, que ressurgiu das cinzas e já ocupa espaço de destaque no tabuleiro político estadual.

HORIZONTES MAIORES

Na política, diálogo não pode ser conveniência. Quando se conversa apenas com amigos e aliados de ocasião, a conta chega. E, muitas vezes, chega com juros altos.

POUCO SE FALA

O PMDB em Rondônia é o maior exemplo: preferiu viver de conveniências e acordos de bastidor. O resultado? O ostracismo.

OPÇÃO

O PL precisa escolher se quer continuar brincando de partido coadjuvante ou se vai, finalmente, assumir o protagonismo que a direita rondoniense espera.

MILITAR

O aluno que virou soldado, depois coronel e chegou ao comando geral da Polícia Militar de Rondônia está na lista de preferidos do governador Marcos Rocha para disputar a sucessão estadual.

BRAGUIN

Régis Braguin tem repetido duas linhas de ação à frente da PM: polícia mais humanizada e aperfeiçoamento do combate ao crime organizado. Está dando certo.

PUBLICAMENTE

Nas redes, o próprio Braguin se apresenta como “de soldado a comandante” e “especialista no combate ao crime organizado”, narrativa que sintetiza meritocracia interna e posicionamento firme contra facções — e ajuda a explicar sua projeção para o debate político estadual.

DÚVIDA

A ascensão do comandante da PM e a simpatia de Rocha por ele, já ligaram o alerta entre os apoiadores do vice-governador Sérgio Gonçalves, que tem se apresentado como pré-candidato ao governo.

DÚVIDA 2

Resta saber onde vai estar a força. Se no armamento militar da PM ou na caneta de Sérgio após assumir o governo em abril, quando Rocha terá que renunciar para disputar o Senado Federal.

ENFURECIDOS

A defesa feita no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos advogados do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, enfureceu aliados de Jair Bolsonaro (PL).

ARGUMENTO

A teoria defendida aos ministros da 1ª Turma é de que o militar tentou demover Bolsonaro de qualquer medida de exceção — o que joga o ex-presidente para o centro da tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

ESPANTO

Até mesmo ministros do Supremo se surpreenderam com a contundência da defesa do general.

ESPANTO 2

Avaliaram que o discurso foi enfático em narrar os episódios envolvendo Paulo Sérgio durante o governo passado.

CONTRADITÓRIO

Ao responder pergunta da ministra Carmen Lúcia, quando quis saber ao que ele se referia quando disse que Paulo Sérgio demoveu Bolsonaro, a resposta foi taxativa.

EXPLICAÇÃO

O advogado do general ressaltou a ligação dos envolvidos com uma eventual medida de exceção — o que Bolsonaro e outros réus do núcleo crucial vinham negando até o dia do julgamento.

IRRITAÇÃO

Tweet feito por Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social, e conversas nos bastidores indicam que advogados estão enfurecidos. Acham que Paulo Sérgio complicou a vida de Bolsonaro na reta final para ele se salvar.

IRRITAÇÃO 2

Wajngarten rebateu a teoria da defesa e disse que uma “turma que vivia no bate e assopra na orelha do presidente” agia e criava “teorias conspiratórias” para se manterem vivos.

DEFESA

Sobre Paulo Sérgio, os comandantes das três Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) afirmam que ele teria se reunido, na verdade, para afastar o golpe. Então, pode haver divergências entre os ministros.

FRASE

Boas maneiras não se exigem: se observam – e quem não tem, se denuncia sozinho.

AUTOR: CÍCERO MOURA





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