Operação aponta uso de identidades falsas e prejuízo estimado de R$ 7,7 milhões aos cofres públicos
Porto Velho, RO – A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social, realizou na quinta-feira (4/9) a Operação Desafio, voltada ao cumprimento de medidas cautelares determinadas pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia.
A investigação teve início como desdobramento da Operação Tango, instaurada após atentado contra um veículo de imprensa em 2022. Durante a análise das provas reunidas, foram identificados indícios de que um dos investigados utilizava várias identidades, o que levou à abertura de nova frente para apuração de fraudes previdenciárias.
De acordo com as apurações, um único indivíduo chegou a manter, simultaneamente, ao menos cinco registros falsos com o objetivo de receber benefícios de forma indevida. Além dos valores mensais, os registros eram utilizados para contratar empréstimos consignados, havendo suspeita de participação de correspondentes bancários.
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As estimativas apontam que os valores recebidos irregularmente ultrapassam R$ 3,3 milhões, enquanto os empréstimos consignados associados aos benefícios somam cerca de R$ 1,4 milhão. O prejuízo potencial ao erário, considerando a expectativa de vida dos beneficiários fictícios, chega a aproximadamente R$ 7,7 milhões.
Entre os alvos da operação estão pessoas com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, investigadas por possível participação na estruturação e no suporte ao esquema, inclusive por meio da abertura de empresas em nome de identidades falsas.
O detido foi conduzido à sede da Polícia Federal em Porto Velho/RO, onde permanece à disposição da Justiça.
A análise do material apreendido prossegue. Os investigados poderão responder por crimes de estelionato previdenciário, falsidade ideológica, uso de documento falso, falsificação de documento público e outros que venham a ser identificados.




