Em entrevista à Rádio Caiari, deputado também comentou denúncias sobre suposta armação nas eleições de 2022 e disse que Michelle Bolsonaro foi impedida de realizar cultos em casa
Porto Velho, RO – Durante entrevista ao programa “A Voz do Povo”, da Rádio Caiari, apresentado por Arimar Souza de Sá, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) tratou de temas polêmicos envolvendo o Supremo Tribunal Federal e a situação política no país.
Logo no início, ele defendeu a votação imediata de uma anistia ampla, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os investigados pelos atos de 8 de janeiro. Para o parlamentar, as prisões decorrentes desses episódios configuram “atrocidades” que não encontram respaldo na Constituição. “É preciso votar a anistia nesta semana. Bolsonaro não tem crime”, declarou.
Chrisóstomo também narrou um episódio em Brasília, quando participou de uma vigília em frente ao STF ao lado do deputado Hélio Negão. Segundo ele, os dois foram alvo de uma ordem de prisão “totalmente ilegal”, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes e levada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, na madrugada. “Às duas da manhã, Ibaneis trouxe o documento. Mas não deixaram montarmos barracas a um quilômetro do local e acabamos recuando”, relatou. O deputado afirmou que pretende recorrer à Justiça contra a medida.
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Outro ponto abordado foi a aplicação da Lei Global Magnitsky. De acordo com Chrisóstomo, os Estados Unidos já estariam impondo sanções a dez ministros do STF e a seus familiares, com exceção de André Mendonça. “Os dez, suas esposas, seus filhos, seus amigos, seus assessores, os Estados Unidos disse que vai apertar o cerco”, afirmou. Ele acrescentou que bancos que não aderiram às determinações estariam sendo notificados e poderiam enfrentar multas bilionárias.
O parlamentar ainda mencionou as declarações de William Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, que denunciou suposta armação contra a direita antes das eleições de 2022. Segundo Chrisóstomo, tais revelações demonstrariam um esforço antecipado para criar um ambiente jurídico desfavorável aos opositores. Ele criticou a falta de repercussão do tema na imprensa e disse que os Estados Unidos acompanham a situação.
Por fim, respondeu a uma pergunta de ouvinte sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O deputado confirmou que ela teria sido impedida de realizar cultos religiosos em sua própria residência. “É triste ver a esposa do nosso presidente proibida de fazer cultos dentro de casa”, declarou.