A ferida de derrota de quem perde a campanha eleitoral e a dor que ninguém vê
CARO LEITOR, a ferida do candidato derrotado por perder uma campanha eleitoral tem uma dor que ninguém vê. Essa dor não é só o fato de não ser eleito e conquistado o resultado esperado, mas do esforço, da dedicação, do planejamento de campanha, da definição de estratégias, da definição das bandeiras, do corpo-a-corpo, do sacrifício pessoal, familiar e financeiro. A pré-campanha exige do pré-candidato uma preparação prévia, isso consome tempo e energia para disputar um cargo eletivo. Já o candidato enfrenta os conflitos familiares na sua grande maioria, conversas difíceis, reuniões desgastantes, passa por situações tensas, se alimenta mal, vive noites mal dormidas, exibe sorrisos forçados e lida com promessas de aliados que não cumpriram com o eleitor. Além de renunciar a alguns princípios, recorrendo ao pragmatismo político para fechar acordos e alianças. Daí, quando o resultado nas urnas é negativo, os apoiadores somem, não interage como antes, amizades esfriam e os eleitores que prometeram votar desviam-se do caminho do candidato derrotado. Essa é a dor que ninguém vê de quem perde uma eleição.
Jogador
Consultores de marketing político e eleitoral não falam da ferida e da dor mediante a possibilidade da derrota. O candidato derrotado, dependendo da quantidade de votos, é visto como um jogador no “banco de reservas”.
Reposicionar
O candidato precisa compreender que uma derrota eleitoral não define ninguém. O que faz com ela, sim. Neste caso, o candidato derrotado não pode se tornar invisível e desaparecer, pelo contrário, precisa se reposicionar para novos embates.
Vencedor
O candidato que aprende a se reposicionar depois da derrota, na grande maioria das vezes, se torna um vencedor. Neste caso, o candidato que perdeu eleição precisa agradecer os votos recebidos, não pode abandonar as redes sociais e parar de conversar com eleitores. Por sua vez, cair no isolamento social e deixar de participar das atividades políticas.
Derrota
Falando em derrota, o peronismo vence eleições legislativas em Buenos Aires, capital da Argentina. A Fuerza Patria (esquerda) da ex-presidente Cristina Kirchner venceu com 47,00% dos votos e a La Libertad Avanza (direita) do presidente Javier Milei obteve somente 33,84% dos votos.
Termômetro
A eleição legislativa na Argentina é considerada um termômetro para a eleição presidencial. Durante a campanha eleitoral, Javier Milei levou pedradas nas ruas e os escândalos de corrupção no seu governo fizeram cair a sua máscara da moralidade pública.
Fracassou
O presidente argentino Javier Milei foi eleito prometendo uma reforma econômica no país e, no exercício do poder, implantou uma agenda econômica com base no ultracapitalismo. Tal agenda como laboratório na Argentina fracassou.
Símbolo
No palco do The Town, o funkeiro MC Hariel exibiu a imagem do cachorro caramelo mordendo a águia estadunidense, símbolo do imperialismo norte-americano. Neste caso, caramelo com a águia na boca representa um símbolo de resistência do nosso povo contra qualquer tentativa de submissão do Brasil aos interesses externos.
Soberania
Na asa da águia exibida na boca do cachorro caramelo pelo MC Hariel, estava escrita a frase “O fim é triste”, título de uma das músicas do funkeiro. Apesar de não citar nomes, a ação exalta nossa brasilidade, tendo sido interpretada como protesto contra eventuais interferências dos EUA na soberania brasileira.
Livre
O povo brasileiro precisa compreender que o Brasil é um país continental com identidade e voz, por sua vez, uma potência regional. Assim, não deve aceitar submissão a nenhum outro país. O funkeiro MC Hariel mostra um Brasil soberano, livre do complexo vira-lata e a dimensão política do funk.
Bolsonaristas
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
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Os atos bolsonaristas do 7 de setembro em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com o lema “Anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro”, “fora Moraes” e “fora Lula”, reuniram milhares de bolsonaristas. Entre os manifestantes, há quem acredite que o Brasil vive uma ditadura. Por isso, seria necessário recorrer aos EUA para pedir intervenção política e econômica mediante ameaça comunista.
Flopou
Em Porto Velho, o ato do 7 de setembro flopou e tinha mais político do que militantes da extrema-direita. O evento contou com a participação do senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-Porto Velho), deputado estadual Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes) e os vereadores Marcos Combate (Agir-Porto Velho), Dr. Gilber e Sofia Andrade, ambos do PL de Porto Velho.
Liberdade
O pré-candidato a governador do Novo, advogado Ricardo Frota (Novo-Porto Velho), disse que o ato de 7 de setembro convocado pela extrema-direita é um movimento em prol da liberdade e da anistia de pessoas injustamente presas e sem prerrogativa de função para ser julgado pelo STF. “A nossa luta é pelos abusos da Suprema Corte que vem praticando ao longo do tempo”, afirmou Ricardo.
Reflexo
Para o advogado Samuel Costa (Rede-Porto Velho), o ato do 7 de setembro convocado pela extrema-direita fracassou em Porto Velho. O evento serviu para revelar o esvaziamento do discurso da extrema-direita no estado, buscando defender golpistas e atacar o STF. Para Samuel, o ato também revelou o desgaste do bolsonarismo na capital e terá reflexos eleitorais negativos para lideranças políticas do bolsonarismo nas eleições do próximo ano.
Fim
O vereador Nilson Souza (PSDB-Porto Velho) estava praticando exercício físico próximo ao ato de 7 de setembro da extrema-direita no Espaço Alternativo, interpelado por um entrevistador, Nilton disse que sua bandeira política é a bandeira de todos, do negro, do branco, da opção sexual de cada um e o país precisa de mais amor e empatia. Além disso, defendeu o fim da polarização.
Mentiroso
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Jaime Bagatolli (PL-Vilhena) reagiu à versão da sua filiação ao PL dada pelo ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura). Bagatolli chamou Cassol de covarde, mentiroso e agiu com ressentimento por conta do seu voto contrario à flexibilização da Lei da Ficha Limpa. Entretanto, o ex-deputado federal Luiz Cláudio, presidente do PL à época, sustenta a versão de Cassol ao fato.
Transporte
Na gestão do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), o secretário de Educação Márcio Félix acabou com a “máfia do transporte escolar” que levou vários ex-secretários para prisão e deu dor de cabeça para ex-prefeitos em razão de superfaturamento, fraude na licitação e prestação de serviços. Além disso, “verdadeiros ferros-velhos” para atender os alunos.
Escolar
O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) por meio do ofício 082 ao Conselho Gestor de Programa de Parceria Público-Privada da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) solicitando a análise de uma proposta técnica/comercial da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Autuariais e Financeiras (FIPECAFI) para estudos de uma parceria privada para gestão do transporte escola de Porto Velho.
Passado
A Prefeitura de Porto Velho conta hoje com frota própria de transporte escolar. O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), reimplantando a terceirização do transporte escolar, pode trazer de volta um cenário de escândalos de corrupção no âmbito da SEMED como era no passado.
Lembrado
Naquele momento de incertezas da fusão entre o Podemos e o PSDB, o vereador Thiago Tezzari, eleito pelo PSDB na última eleição, conseguiu a carta de desfiliação. Diante desse fato, Tezzari tem o nome lembrado para compor a chapa majoritária ao Governo de Rondônia encabeçada pelo prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), como candidato a vice-governador.
Sério
Falando sério, o sentimento de derrotado é automático mediante a derrota eleitoral sofrida nas urnas. É preciso reagir, encarar como desafio e persistir até alcançar o objetivo. O candidato derrotado deve evitar cair no esquecimento, esse é o pior inimigo de qualquer político em qualquer escala.
