Fracasso da extrema-direita em Porto Velho expõe desgaste do bolsonarismo e enfraquece planos de Marcos Rogério para 2026
No último domingo, 7 de setembro, a extrema-direita de Rondônia protagonizou mais um vexame político. A manifestação “Reaja Rondônia”, realizada no Espaço Alternativo em Porto Velho, prometia ser um grande ato em defesa da anistia para golpistas e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas terminou como um retumbante fracasso. Nem 300 pessoas compareceram.
O clima era de velório: rostos abatidos, bandeiras sem energia e discursos esvaziados. Os autointitulados “patriotas” ficaram literalmente a ver navios. Nem mesmo os familiares e comissionados de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores bolsonaristas tiveram coragem de aparecer para engrossar o coro. O esvaziamento escancarou a fadiga de um discurso que já não mobiliza a população.
Na prática, o ato serviu para mostrar que o verdadeiro “reagir” partiu do povo de Rondônia: reagiu não indo a um evento folclórico que tenta travestir de patriotismo a defesa de criminosos e golpistas condenados pela Justiça.
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O fiasco teve impacto direto sobre o senador Marcos Rogério, principal representante do bolsonarismo no estado. Ele esperava transformar a data em trampolim para sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia em 2026. O resultado foi o oposto: diante da vergonha pública e da falta de apoio, o senador teria jogado a toalha e desistido da disputa, admitindo, mesmo que silenciosamente, a perda de relevância política.
O 7 de setembro, que antes fora transformado pelo bolsonarismo em palanque de ódio, revelou-se agora um símbolo do declínio desse projeto autoritário. A população não compareceu porque entendeu que Rondônia precisa de soluções concretas saúde, educação, infraestrutura, segurança e não de discursos inflamados em defesa de golpistas.
No fim, o “Reaja Rondônia” ficará marcado não como um ato de força, mas como o ato final de um ciclo de ilusão política. E Marcos Rogério, ao sentir o peso do fiasco, sai menor do que entrou. A democracia, esta sim, saiu fortalecida.
Samuel Costa é rondoniense, professor, advogado e jornalista com especialidade de Ciência Política

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NOME: Carlos Alberto Borges da Silva
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Anistia pra bandidos golpistas é o ca..ra..lho
08/09/2025