Vice-presidente do PL em Rondônia escreveu em rede social que estará “até depois do fim” com o ex-presidente; senadores e deputados do partido classificaram a decisão como “vingança” e “sentença de morte”
Porto Velho, RO – A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que fixou 27 anos e três meses de prisão ao ex-presidente Jair Bolsonaro no caso conhecido popularmente como “Trama Golpista”, provocou manifestações imediatas entre parlamentares de Rondônia ligados ao PL. Declarações de senadores, deputado e vereadora foram tornadas públicas logo após a sentença, marcada nesta sexta-feira (12).
Entre os posicionamentos, Marcos Rogério classificou o resultado como “vingança política travestida de sentença”. Jaime Bagattoli escreveu em nota que impor 27 anos ao ex-presidente é o mesmo que “decretar a sua morte”.
Já o deputado federal Coronel Chrisóstomo publicou nas redes sociais: “fim do teatro! Perseguição política implacável!”. Sofia Andrade, vereadora da capital, afirmou ter ficado “de estômago embrulhado” com a decisão.
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Paralelamente a essas manifestações, o pecuarista Bruno Scheid, vice-presidente do PL no estado e que se apresenta como assessor especial de Bolsonaro, recorreu aos stories do Instagram para deixar um recado de solidariedade. “Que Deus esteja aí contigo, tudo isso vai passar meu amigo, aqui do lado de fora nós não iremos desistir de ti, nada do que foi dito muda o que pensamos, eu estarei com você até depois do fim”, escreveu.
Enquanto os quadros do PL se pronunciaram, lideranças de outras legendas permaneceram em silêncio. Entre os que não emitiram opinião estavam Lúcio Mosquini (MDB), Cristiane Lopes (União Brasil), Sílvia Cristina (PP), Maurício Carvalho (União Brasil), Rafael Fera (Podemos), Fernando Máximo (União Brasil) e o senador Confúcio Moura (MDB).
Além de Bolsonaro, a Primeira Turma também definiu condenações para ex-ministros e militares: Walter Braga Netto recebeu 26 anos; Almir Garnier, 24 anos; Anderson Torres, 24 anos; Augusto Heleno, 21 anos; Paulo Sérgio Nogueira, 19 anos; Alexandre Ramagem, 16 anos, um mês e 15 dias; e Mauro Cid, dois anos em regime aberto, por acordo de colaboração. Todos os envolvidos podem apresentar recursos.
O gesto de Scheid tem um contexto adicional. Ele foi incluído entre os seis aliados do PL que tiveram negado, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, acesso livre à casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. Ainda assim, uma visita do dirigente está prevista para 19 de setembro, em Brasília, sob fiscalização e condições determinadas pelo Supremo.