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FALANDO SÉRIO
A esparrela de Lúcio Mosquini; o equívoco de Fernando Máximo sobre 2026; e Flores com medo do Dino?

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Quando merece dar a segunda ou terceira chance?

Por Herbert Lins - quinta-feira, 18/09/2025 - 08h32

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CARO LEITOR, na vida privada e nos atendimentos em marketing político e eleitoral, corriqueiramente, pessoas e clientes me perguntam sobre a segunda ou terceira chance mediante pedidos de perdão e desculpas por conta de erros cometidos. Primeiramente, para responder, eu procuro compreender cada comportamento, depois as forças, limitações, incertezas e os pensamentos da pessoa ou do político, para então colocá-los de frente com os seus problemas. O melhor exemplo é o da traição tanto na vida privada quanto na vida pública, o sentimento em ambos os casos é marcado pela decepção. Em face disso, só o diálogo para conquistar o perdão. Em face disso, o indivíduo promete não repetir os mesmos erros. A minha pergunta costumeira é: você consegue conviver com a promessa que fez depois do aceite do pedido de desculpa ou perdão? Essa pergunta serve para vida privada e para vida pública. Esse último, o político para reconstruir a sua história política com o eleitor precisa apresentar um pedido de desculpas direto e assertivo com um pedido de outra chance. O eleitor vai observar e avaliar a sinceridade e os argumentos utilizados pelo político, por sua vez, o aceite será depositado nas urnas no dia do pleito eleitoral.

Caminho

Para conceber a segunda ou terceira chance na vida privada, depende do que você suporta ou daquilo que você quer. Neste caso, você pode perdoar a pessoa e tentar novamente conviver com ela. Do contrário, você pode perdoar e dizer: segue o teu caminho e eu sigo o meu.

Convidado

Como hoje é dia de tbt, vamos a um caso real vivenciado na política em relação a segunda chance e terceira chance dada pelo eleitor. No pleito eleitoral de 1998, depois da desistência do ex-senador Raimundo Lira (PFL-PB) de concorrer à reeleição, fui convidado para trabalhar na coordenação da campanha eleitoral ao Senado do ex-governador Tarcísio Burity (PPB-João Pessoa) e aceitei prontamente.

Perguntas

No meu primeiro encontro com o ex-governador Tarcísio Burity (PPB-João Pessoa), no meu ímpeto de jovem e embalado na vivencia de coordenações de campanhas eleitorais de 1992, 1994 e 1996 entre vitórias e derrotas, fiz uma série de perguntas. Entre as perguntas, perguntei como ele responderia ao eleitor o trágico fim do seu governo com pagamento atrasado dos servidores públicos estaduais e o fechamento do banco estadual?

Explicações

Depois das explicações do ex-governador Tarcísio Burity (PPB-PB), mirei no seu olho e disse: não me convenceu e não vai convencer o eleitor e vamos perder a eleição. Daí eu disse a ele que precisava colocar na propaganda eleitoral um pedido de desculpas com argumentos melhores. Burity era um homem estudioso e sábio, a sua reação foi inteligente e com equilíbrio emocional a minha opinião.

Desculpas 

Em seguida, o ex-governador Tarcísio Burity (PPB-PB) me apresentou ao seu filho André Burity, coordenador geral da campanha eleitoral do pai ao Senado nas eleições de 1998. Por sua vez, Burity seguiu a campanha se explicando, sem apresentar um pedido de desculpas formal e assertivo ao eleitor paraibano. Resultado, perdemos a campanha com a diferença de 5% para o candidato Ney Suasssuna (MDB-PB).

Conseguiram

Existem três casos de pedidos de desculpas de políticos que conseguiram obter a segunda e a terceira chance com o eleitor. Existe o caso no passado do ex-prefeito do Recife, ex-governador e ex-senador Jarbas Vasconcelos, do MDB de Pernambuco. Já no presente, o pedido de desculpas ao eleitor trouxe de volta à vida pública o atual prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP-PB), e o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ). Inclusive, ambos foram reeleitos.

Erro I

Na coluna de ontem (17) fomos induzidos ao erro pelo portal eletrônico da CNN no tocante ao voto de cada parlamentar na PEC da Blindagem. A matéria com o título “PEC da Blindagem: saiba como votou cada deputado”, publicada em 16/09/25 às 23:49 e atualizado no dia 17/09/25 às 20:01, computou errado e depois ratificou os votos da deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil-Porto Velho) e dos deputados federais Lúcio Mosquini (MDB-Jaru) e delegado Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes).

Erro II

Diante do erro, primeiramente, pedimos desculpas aos leitores e seguidores da presente coluna. Por conseguinte, apresentamos nosso pedido de desculpas formais à deputada Cristiane Lopes (União Brasil–Porto Velho), ele não votou favorável a PEC da Blindagem. Neste caso, ele foi a única parlamentar rondoniense que votou contra a famigerada PEC da Blindagem. Assim, Cristiane demonstrou que não tem receio medo de investigações de suas emendas Pix e não deve nada à justiça.

Sim

Falando em erro, os deputados federais Lúcio Mosquini (MDB-Jaru) e delegado Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes) não se abstiveram da votação da PEC da Blindagem como informado na coluna de ontem (17) mediante a indução ao erro já mencionado, pelo contrário, votaram, sim, a famigerada PEC da Blindagem.

Esparrela

O deputado federal Lúcio é um gestor público eficiente e comprovado, deixou um legado quando à frente do DER. Já na atuação parlamentar, demonstra elevada capacidade de entrega. Ele já foi perdoado nas urnas mediante o escândalo do Espaço Alternativo. Agora caiu na esparrela da PEC da Blindagem.

Receoso

Será que o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB-Jaru) está receoso de enfrentar as investigações do ministro Flávio Dino do STF em relação às emendas Pix para votar favorável na PEC da blindagem? O espaço da coluna está aberto para responder aos nossos leitores.

Medo

Difícil é acreditar no voto favorável do delegado Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes) na PEC da Blindagem. Sinceramente, eu não quero acreditar que o delegado Flores esteja com medo de enfrentar as investigações do ministro Flávio Dino do STF em relação as emendas pix para votar favorável na PEC da blindagem. O espaço da coluna está aberto para responder aos nossos leitores.

Equivocou

Fontes próximas ao prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), afirmaram que o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) se equivocou em afirmar no podcast Resenha Política com Robson Oliveira do possível apoio de Léo a candidatura de Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) ao Senado nas eleições do próximo ano.

Próximo

Segundo a fonte do Prédio do Relógio, o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) está bem próximo do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e do senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), ambos candidatos ao Senado. Além disso, Léo também já conversa com o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho) para um possível apoio à sua reeleição nas eleições de 2026.

Cidadania

Na segunda chance, o deputado estadual Eyder Brasil (PL-Porto Velho), com seu retorno à Assembleia Legislativa de Rondônia, desenvolve o Projeto Cidadania no Bairro. O último bairro atendido foi o Nacional, que recebeu os serviços de emissão de documentos, orientações jurídicas, atendimento em saúde clinica e odontológica, corte de cabelo e atividades sociais.

Ação

Falando em cidadania, o vereador Pedro Geovar (PP-Porto Velho) também levou ação social voltada para a Zona Sul de Porto Velho. Pedro conseguiu levar orientações jurídicas, atendimento em saúde clínica e odontológica, corte de cabelo, maquiagem, vacinação, orientação psicológica, defensoria pública e atividades sociais. Pedro faz um mandato comprometido com a solidariedade para quem mais precisa.

Sério

Falando sério, na vida pessoal, existem pessoas que ficam remoendo o passado com pensamentos e lembranças dos erros cometidos, daí jogam na cara o pedido de desculpas e do perdão. Em seguida, começa tudo novamente, ou seja, a discutir, brigar e a vida se transforma no inferno. Na vida pública não é diferente, os adversários sempre estão se comportando como se estivesse na vida privada, assim, sempre estarão lembrando ao eleitor os erros cometidos pelo oponente no passado. Em ambos os casos, requer muita inteligência emocional para convive com esse fantasma.

AUTOR: HERBERT LINS





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