Cantor e compositor, autor de mais de 400 obras do samba, estava internado há dois meses e teve complicações após cirurgia
Porto Velho, RO – O cantor e compositor Marcos de Souza Nunes, conhecido artisticamente como Marquinho PQD, morreu nesta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A notícia foi comunicada em suas redes sociais.
Segundo a assessoria de imprensa, o artista estava internado havia dois meses no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Ele tratava um câncer no intestino e enfrentou complicações recentes após a retirada de uma bolsa de colostomia.
“Ele teve um câncer no ano passado, fez uma cirurgia e colocou uma bolsa de colostomia. Fez uma quimioterapia por 1 ano e, agora, quando foi retirar a bolsa deu várias complicações”, relatou Renato Mendes, filho do sambista.
Marquinho PQD deixa a esposa, Cristina Maria Mendes, cinco filhos e 11 netos. O velório, aberto ao público, ocorrerá nesta terça-feira (30), entre 10h e 14h, na antiga quadra da Mocidade, em Bangu. O sepultamento será às 15h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
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A trajetória artística teve início em 1983, quando o grupo Fundo de Quintal gravou a música “Fase de Amor”, parceria dele com Chiquinho e Fernando Piolho. Em 1984, Beth Carvalho registrou “Coração Feliz”, feita em colaboração com Adilson Bispo e Gerson do Vale, que deu nome ao disco da cantora.
Nascido em Realengo, na Zona Oeste carioca, Marquinho PQD acumulou mais de 400 composições em quatro décadas de carreira, muitas delas gravadas por nomes como Alcione, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra, Roberto Ribeiro, Reinaldo, Almir Guineto, Agepê, Grupo Molejo, Exaltasamba e Pixote.
Com Arlindo Cruz, morto em agosto de 2025, compôs aproximadamente 100 músicas, entre elas “Pedras no Caminho”, “Silêncio no Olhar” e “Quem Sabe de Mim Sou Eu”, em parceria também com Sombrinha. Outras criações conjuntas incluem “Só no Sapatinho”, “A Sete Chaves” (com Franco), “Tanto Amor Pra Dar” (com Délcio Luiz) e “Volta de Vez Pra Mim” (com Délcio Luiz).
No carnaval do Rio de Janeiro, assinou sambas para a Mocidade Independente de Padre Miguel nos desfiles de 1995 e 2000.
O comunicado oficial divulgado em suas redes sociais destacou: “Mestre Marquinho nos deixa um legado de vida, samba e muito axé, que permanecerá para sempre em nossos corações e na cultura popular”.