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RESENHA POLÍTICA
Chrisóstomo critica STF, defende anistia a Bolsonaro e minimiza tarifaço de Trump em entrevista

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Deputado afirmou lealdade integral ao ex-presidente, disse ter destinado quase R$ 500 milhões em emendas a Rondônia e relatou que após cirurgia cardíaca se sente “turbinado”

Por Informa Rondônia - quinta-feira, 02/10/2025 - 10h36

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Porto Velho, RO – Em participação no programa Resenha Política, apresentado pelo jornalista Robson Oliveira, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) falou sobre sua trajetória parlamentar, alinhamento com Jair Bolsonaro e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). A entrevista foi realizada no estúdio da CES Brasil, em parceria com o Rondônia Dinâmica.

Ao longo da conversa, o congressista também abordou disputas políticas em Rondônia, mencionou valores destinados a obras de pavimentação, segurança e saúde em diferentes municípios e relatou detalhes de uma cirurgia cardíaca que, segundo ele, marcou sua recuperação Segundo Chrisóstomo, sua candidatura em 2018 foi diretamente influenciada pela onda bolsonarista.

Contou que, no início, utilizava seu tempo de mídia exclusivamente para citar o ex-presidente, prática que mais tarde passou a dividir com a apresentação de seu próprio nome. Afirmou ainda que recebe conselhos de Bolsonaro sobre emendas e sobre cautela na execução de ações administrativas. Confrontado com a menção a um vídeo em que Bolsonaro teria sugerido “traição”, respondeu: “Não, eu nunca traí ninguém. Soldado não trai ninguém. Nem a pátria.”

Para ele, o mal-entendido teria origem em uma visita a Ariquemes, quando sua presença em área de regularização fundiária foi interpretada como aproximação ao MST, versão que nega. Durante a entrevista, o parlamentar reiterou críticas ao STF. Disse que deputados vêm sendo processados por declarações feitas na tribuna e citou o caso de Daniel Silveira. Defendeu a chamada “PEC das prerrogativas”, alegando que ela garante independência para a atuação legislativa: “é a nossa intenção ter a individualidade… falar pelo povo brasileiro”.

Relatou ainda ter sido relator de um projeto sobre IOF, cujo parecer reduzia impostos para empresas e cidadãos, mas que acabou anulado após questionamento ao Supremo. “O Congresso decide sobre impostos e o STF não tem que se intrometer”, declarou. No mesmo bloco, reforçou sua posição favorável à anistia de Jair Bolsonaro e acusou o ministro Alexandre de Moraes de perseguir parlamentares por manifestações públicas. Mencionou novamente Daniel Silveira como exemplo e sustentou: “não tem tribunal nenhum que tem que interferir na minha fala”, frisando que a imunidade parlamentar deve ser preservada. Questionado sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos em meio ao debate sobre tarifas do governo Donald Trump, o deputado disse não considerar infidelidade ao país. Avaliou a medida como institucional e não pessoal: “Ele [Trump] quer que o Brasil seja um país verdadeiramente democrático e defendido como democrático”.

Indagado se manteria a posição mesmo com impacto direto no agronegócio, respondeu que não via contradição e defendeu interlocução direta do presidente brasileiro com as autoridades norte-americanas. Rechaçou ainda a hipótese de confronto militar: “logicamente que não”. Ao tratar da política estadual, relatou que após a campanha de 2018 se distanciou do governador Marcos Rocha. Disse ter percorrido a BR-429 em apoio durante o pleito, mas que, após a eleição, não houve mais participação conjunta em eventos públicos, com exceção de uma única visita a gabinete. Segundo ele, defendia na época maior integração entre governo estadual e bancada federal para ampliar a captação de recursos. Sobre emendas parlamentares, afirmou ter direcionado quase R$ 500 milhões aos 52 municípios rondonienses.

Destacou que em Porto Velho destinou aproximadamente R$ 15 milhões para pavimentação e citou obras em ruas do bairro Três Marias, como a Capão da Canoa, e em sete vias de União Bandeirantes. Relatou também a articulação para doação de um helicóptero da Polícia Federal ao Estado e a destinação de recursos para aquisição de fuzis, pistolas e motocicletas às forças de segurança, parte dos quais, segundo ele, não foi entregue até hoje. Informou ainda ter reservado R$ 41 milhões para a saúde de Porto Velho em 2025, solicitados pelo prefeito Léo Moraes, com recomendação de que fossem aplicados prioritariamente em cirurgias eletivas.

Em Espigão do Oeste, disse ter garantido R$ 30 milhões por meio de emenda de bancada para construção de sistema de captação e adução de água, obra que estaria em andamento. Na abertura da entrevista, comentou ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca após exames detectarem obstrução em artéria principal. Declarou que, após o procedimento, se sente revitalizado: “agora eu estou turbinado”. Também relembrou a experiência em missão militar no Haiti, sob coordenação da ONU, onde atuou em ambiente de conflito e relatou dificuldades enfrentadas no país caribenho. Encerrando a participação, Robson Oliveira anunciou a intenção de realizar uma nova edição do programa dedicada exclusivamente à “CPI do INSS”, que, segundo Chrisóstomo, foi proposta por ele para apurar fraudes contra aposentados. O parlamentar afirmou que a pauta atinge diretamente milhares de cidadãos.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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