Iniciativa do governo de Rondônia retira mais de 22 toneladas de pescado em 2025 e beneficia famílias locais
Porto Velho, RO – A captura do pirarucu invasor movimentou diretamente as comunidades da Reserva Extrativista Estadual Rio Cautário, em Costa Marques, ao longo de 2025. Em duas edições de pesca, foram retirados 415 exemplares da espécie, somando 22.775,6 quilos de pescado bruto. A atividade teve coordenação da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC) da Sedam, com apoio da Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam), e foi concluída em 8 de outubro.
O trabalho se estendeu por 40 dias e contou com a participação de mais de 40 comunitários, que atuaram desde o monitoramento até a etapa de comercialização. O resultado foi uma renda total de R$ 211.069,20, distribuída entre os envolvidos. Para aqueles que participaram integralmente das duas fases, o ganho individual chegou a R$ 5.356,61.
O governador Marcos Rocha destacou que o manejo integra preservação ambiental e geração de renda. “Além dos benefícios ambientais e sociais, a iniciativa também gera resultados econômicos relevantes, já o pescado proveniente do manejo tem sido comercializado para fora de Rondônia, alcançando mercados como o de São Paulo. Isso demonstra a qualidade e a aceitação do produto em centros consumidores nacionais, ampliando o reconhecimento do manejo de controle desenvolvido na Resex Rio Cautário”, afirmou.
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A coordenadora do projeto, analista ambiental da Sedam, Chirlaine Varão, ressaltou que cada etapa do manejo é construída em conjunto com os comunitários. “O manejo do pirarucu invasor na Resex Rio Cautário demonstra a força da parceria entre o estado e os comunitários locais. Cada etapa é pensada com base no conhecimento técnico aliado à experiência tradicional, o que garante um processo sustentável e resultados efetivos tanto para o meio ambiente quanto para as famílias envolvidas. Esse modelo de gestão participativa reforça o protagonismo das comunidades na conservação dos recursos naturais”.
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, avaliou que o trabalho consolidou-se como estratégia de controle. “O manejo do pirarucu invasor mostra que a gestão ambiental pode ser eficiente e participativa, promovendo equilíbrio entre conservação dos recursos naturais e fortalecimento econômico das famílias extrativistas. Essa ação é resultado de um trabalho técnico consistente, construído junto com os comunitários”, declarou.
Entre os participantes esteve a moradora Regiane Ximenez, que relatou que a principal fonte de renda da comunidade é a castanha-do-Brasil e o látex, mas o projeto tem representado um complemento importante. “O meu pai sempre foi morador aqui da comunidade e a nossa renda sempre foi oriunda da borracha e do castanhal e esse projeto está ajudando as famílias sem renda ou com renda baixa e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, comentou.