O poder cortejando o poder no jogo político para se obter vantagens
CARO LEITOR, o poder é cortejado na corte desde a antiguidade, quando o soberano (rei) e sua corte, composta por nobres, conselheiros, militares, religiosos, vassalos e camponeses, eram o centro da política e da vida social. Cortesãos usavam estratégias de influência e exibição para ganhar favor e poder, um sistema de relações e influência que ainda existe nos espaços de poder e de tomada de decisões, mesmo sem a existência formal da realeza. Historicamente, o termo “cortesão” ou “cortejar o poder” se refere àqueles que viviam na corte e buscavam influenciar o soberano e outros membros do poder. Eles usavam táticas de persuasão e estratégia para manter suas posições e avançar nos espaços de poder e de tomada de decisões. Mesmo com o fim das monarquias, a dinâmica da corte continua a existir em outras esferas, onde a influência e o jogo político são constantes para se obter vantagens.
Poder
O absolutismo organizou o poder, ou seja, na corte régia, por representar o espaço físico, centralizou o poder político-administrativo e a hierarquia baseado em dois pilares: o luxo e a magnificência dos espaços de poder e de tomada de decisões representados pelo rei, nobres, militares, religiosos, vassalos e camponeses.
Jogo
Na corte encenava-se o poder e a grandeza do rei, não muito diferentes dos ocupantes atualmente dos espaços de poder. Já o conjunto de pessoas – cortesãos, que rodeavam o rei, hoje seriam os ocupantes dos espaços de tomada de decisões, obedeciam à regra e ao ritual do jogo do poder.
Significado
As cortes eram centros políticos, culturais e artísticos. Fazer parte desta e dos grandes eventos reais permitia uma distinção social ao cortesão, uma vez que poderia ser notada pelo rei. Cada gesto notado pelo monarca poderia resultar em um significado social, político ou diplomático.
Invasão I
Falando em diplomacia, tropas dos EUA chegam a Porto Rico para uma possível invasão à Venezuela. A justificativa é o aumento de consumo de drogas nos EUA, esse último criou uma narrativa responsabilizando a Venezuela por esse fenômeno.
Invasão II
O verdadeiro pano de fundo para a invasão à Venezuela não é o cartel do tráfico de drogas na Venezuela e nem a derrubada do ditador Nicolás Maduro, mas o petróleo e o gás natural, assim como foi no Iraque com o argumento de armas biológicas. Por sua vez, não tinha armas biológicas e muito menos nucleares.
Interesse
O presidente Donald Trump (Republicanos) demonstrou seu real interesse quando defendeu publicamente a anexação do Canadá ao território estadunidense. Neste caso, o interesse está no petróleo e gás natural para abastecer o mercado interno estadunidense.
Procedente
A possível invasão dos EUA à Venezuela abre um precedente na América Latina, em especial ao Brasil em relação às terras raras. Neste caso, somos o segundo país no mundo em reservas, depois da China.
Chega
O Partido Chega, de extrema direita, tem derrota esmagadora nas eleições locais de Portugal. Os 40 deputados que participaram das eleições regionais perderam em todas as grandes cidades, vencendo apenas em algumas pouquíssimas pequenas cidades agrícolas.
Expectativa
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) se prepara para sua prisão em regime fechado nas próximas semanas. A expectativa é de que o STF decrete a execução da pena, encerrando a prisão domiciliar de Bolsonaro.
Insatisfação
Falando em Bolsonaro, leitores da extrema-direita, ao comentar as colunas da semana passada, externaram a sua insatisfação com o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Para os leitores, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) garantiu a reeleição do presidente Lula (PT-SP) e ainda rendeu ao petista mais uma indicação de um ministro ao STF.
Papel
Falando em reeleição, a primeira-dama Janja assume um novo papel para quebrar o ranço dos eleitores evangélicos neopentecostais com o presidente Lula (PT-SP), o petismo e a esquerda em si. Ela participa de cultos em templos religiosos com discursos centrados em programas sociais para mulheres da periferia, essas estão inseridas em toda rede de assistência social governamental.
Ponte
O senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) lançou convite para o lançamento da obra da Ponte Binacional Brasil-Bolívia no próximo dia 17 de outubro, às 14h, no auditório da UNIR, campus Guajará-Mirim. Um marco histórico para Rondônia e a integração regional entre o leste boliviano e a Amazônia Sul-Ocidental.
Justiça
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
++++
É preciso fazer justiça histórica. A ponte no passado fazia parte do Tratado de Petrópolis. No início do século, foi defendida pelo ex-vice-governador e ex-deputado federal Miguel de Souza. Em fevereiro de 2023, o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho) bateu à porta de parlamentares em Brasília pedindo a retomada da pauta da construção da Ponte Binacional Brasil-Bolívia.
Comprou
Quem também comprou a ideia de integração regional foi o deputado estadual Ribeiro do Sinpol (PRD-Porto Velho). Ribeiro esteve recentemente no Peru e verificou de perto a importância de tirar do papel a “nova rota da seda” no sentido de alavancar Rondônia como importante entroncamento logístico da Amazônia.
Podemos
Na quinta-feira (09) passada, o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) foi o anfitrião do evento “Conexão Juntos Podemos Mais” promovido pelo partido Podemos. O evento reuniu lideranças partidárias e políticas de Rondônia. Na oportunidade, todos puderam assistir à palestra do técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo.
Estratégia
O evento do Podemos, com a presença da presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), para surpresa de todos, contou com a presença de três pré-candidatos a governador e dois pré-candidatos a senadores como estratégia de aproximação ao prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) no sentido de cortejar o seu apoio para as próximas eleições.
Presente
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) se fez presente ao evento do Podemos ao lado do senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná). Esse último não é a primeira vez que aparece ao lado de Léo e corteja o seu apoio à reeleição ao Senado. Já Máximo foi um apoiador de Léo no segundo turno das eleições municipais de 2024.
Conquistar
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho), pré-candidato a governador – sem definir a legenda – e o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), cortejam o apoio do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) por conta da alta popularidade impulsionada pelas redes sociais e o calendário festivo retomado na sua gestão que faz relembrar o ex-prefeito Carlinhos Camurça e Chiquilito Erse.
Costura
O pré-candidato a governador e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), também esteve presente no evento do Podemos. Adailton precisa entrar no eleitorado da capital, para isso, corteja o apoio do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho). Quem costura por fora essa possível aliança é o ex-senador Expedito Júnior (PSD-Rolim de Moura).
Temperar
Para quem não lembra, Expedito Júnior (PSD-Rolim de Moura) foi companheiro de chapa como candidato a senador ao lado do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) quando esse último disputou o governo nas eleições de 2022. Além disso, Expedito Netto (PSD-Porto Velho), amigo pessoal de Léo, pode temperar essa aproximação com o pré-candidato a governador e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal).
Atrair
O vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho) também esteve presente ao evento “Conexão Juntos Podemos Mais” promovido pelo partido Podemos. Sérgio, caso assuma o governo no início de abril, será candidato à reeleição. Assim, também corteja o apoio do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho).
Garantida
O pré-candidato a senador, deputado estadual delegado Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes), também se fez presente ao evento do Podemos. Esse não precisou cortejar para ganhar do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) a garantia da vaga para disputar o Senado pela legenda.
Isolada
Não passou despercebido aos presentes a ausência da vice-prefeita Magna dos Anjos (Podemos-Porto Velho) ao evento “Conexão Juntos Podemos Mais” com a presença da presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu. Magna peitou o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) com sua pré-candidatura a deputada estadual e segue isolada na agenda institucional e política da Prefeitura de Porto Velho e do Podemos, respectivamente.
Ausência
Falando em ausência, o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho) esteve presente ao evento do Podemos mediante convite. O deputado estadual Luizinho Goebel (Podemos-Vilhena) também foi convidado, mas não participou porque tinha agenda em Jaru. Já a deputada estadual Dra. Taíssa Souza (Podemos-Guajará-Mirim) não foi convidada para o evento “Conexão Juntos Podemos Mais”.
Tezzari
O vereador Thiago Tezzari (PSDB-Porto Velho) inovou ao participar da coletiva da imprensa dos delegados da Polícia Civil para esclarecer as motivações da Operação Face Oculta da qual foi alvo na sexta-feira (10). Na ocasião, Tezzari assistiu tudo em silêncio e, encerrada a coletiva, aproveitou o ensejo para falar com a imprensa a sua versão dos fatos.
Sério
Falando sério, a expressão “cortejar o poder” refere-se a esse jogo de sedução e influência para obter vantagens. Historicamente, toda vida na corte tinha como objetivo a exaltação a pessoa do rei como senhor absoluto durante a Corte Régia. O paradigma da exaltação da pessoa do rei absoluto é Luís XIV, que se apresentava como o Rei Sol, baseado no Deus do Sol, Apolo.
