udiência decisiva sobre a coleta de lixo expõe caos contratual, desperdício de recursos e crise de gestão que custa mais de R$ 9 milhões por mês aos cofres públicos.
Nesta quarta-feira, 15, o jornalista Cícero Moura aborda o impasse milionário que envolve a coleta de lixo em Porto Velho, tema de uma audiência decisiva na Justiça. O caso expõe um histórico de licitações suspeitas, contratos sobrepostos e decisões judiciais contraditórias que resultaram em dois pagamentos mensais — um à Marquise e outro à Eco PVH — somando mais de R$ 9 milhões.
A coluna detalha como a disputa entre empresas, políticos e órgãos de controle transformou o serviço essencial em um campo de batalha administrativa, enquanto a população arca com a conta.
Moura destaca ainda uma boa notícia: o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) completou 18 anos e inaugurou uma sala de cinema dedicada a crianças em tratamento oncológico, um gesto de esperança e humanidade em meio ao cenário de desordem pública.
MAU CHEIRO
Porto Velho, mais uma vez, paga caro — e literalmente — pela confusão administrativa, pelos erros históricos e pela conivência com contratos que cheiram mal.
JUSTIÇA
A audiência decisiva marcada para esta quarta-feira (15) pode até colocar um ponto final no impasse da coleta de lixo, mas o estrago já está feito.
CONTRIBUINTE
Enquanto políticos, advogados e empresários duelam nos tribunais, a conta de mais de R$ 9 milhões mensais escorre direto dos cofres públicos. Quem paga? O povo, claro.
HISTÓRICO
O caso é emblemático daquilo que se repete há décadas na capital: licitações suspeitas, contratos questionáveis, decisões judiciais contraditórias e, no fim, um rombo no orçamento.
FOI E VOLTOU
A Prefeitura rompeu com a Marquise/Eco Rondônia para atender ao Tribunal de Contas, contratou emergencialmente a Eco PVH com promessa de redução de custos, mas, no dia seguinte, a Justiça determinou a volta da Marquise.
FATURA
Resultado: duas empresas, o mesmo serviço, e uma fatura milionária em duplicidade. É o absurdo travestido de legalidade.
BASTIDORES
É preciso dizer com todas as letras: não há inocentes nessa história. O contrato com a Marquise já vinha sendo questionado por irregularidades desde a gestão anterior.
TRAVOU
O TCE apontou, o Ministério Público recomendou, mas a licitação seguiu. Agora, em 2025, quando o prefeito Léo Moraes obedeceu ao TC, esbarrou na engrenagem da Justiça que, ao conceder liminar favorável à empresa afastada, mergulha a cidade em um impasse surreal.
GASTANÇA
Entre a letra fria da lei e a necessidade urgente de manter o serviço de coleta funcionando, Porto Velho virou palco de um espetáculo jurídico-administrativo onde a plateia é sempre a mesma: a população contribuinte, obrigada a assistir de camarote ao desperdício do dinheiro público.
CONTA QUE NÃO FECHA
De um lado, R$ 5,8 milhões para a Marquise. Do outro, R$ 3,5 milhões para a Eco PVH. Somados, mais de R$ 9 milhões por mês para retirar o lixo das ruas.
IRRESPONSABILIDADE
É o custo de dois contratos que se sobrepõem, sem lógica, sem eficiência, sem responsabilidade. Enquanto isso, falta dinheiro para saúde, para educação, para infraestrutura básica.
PELA CULATRA
O que deveria ser uma solução emergencial mais econômica virou um problema crônico e oneroso.
OPINIÃO
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Aqui cabe a crítica maior: onde estava a precaução do município ao desenhar o contrato emergencial? Por que a Justiça ignora o impacto dessa duplicidade nos cofres públicos?
OPINIÃO 2
E até quando a cidade vai aceitar que lixo continue sendo tratado como moeda política e não como serviço essencial?
OPINIÃO 3
A audiência desta quarta-feira não pode ser apenas mais uma reunião protocolar. O povo de Porto Velho precisa de uma resposta concreta, definitiva e responsável.
OPINIÃO 4
Não é admissível que a capital siga refém de liminares e disputas empresariais, enquanto milhões de reais evaporam em pagamentos duplicados.
OPINIÃO 5
É hora de transparência, de coragem administrativa e de prioridade ao interesse público. Se a coleta de lixo continuar sendo campo de guerra entre empresas, políticos e tribunais, quem continuará varrendo os prejuízos será o contribuinte — este sim, sem liminar, sem recurso e sem poder de escolha.
OPINIÃO 6
No fim das contas, Porto Velho precisa decidir se vai continuar enterrando dinheiro junto com o lixo ou se, finalmente, vai colocar ordem nesse serviço essencial.
LUZES DE ESPERANÇA
No último sábado (11), o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC), em Porto Velho, escreveu mais um capítulo de amor e esperança na sua história de 18 anos.
EMOÇÃO
Em meio a sorrisos e lágrimas de emoção, foi inaugurada a sala de cinema Santo Carlo Acutis – um espaço que vai muito além da tela.
EMOÇÃO 2
Será um refúgio de alegria, arte e acolhimento para dezenas de crianças e famílias que enfrentam a dura rotina do tratamento oncológico.
DEPOIMENTO
A cena era comovente. Entre os presentes, Francisca Franco, mãe do pequeno João Pedro, de apenas sete anos, compartilhou a expectativa do filho: “Ele estava ansioso para assistir filmes, porque nunca teve a oportunidade de ir a um cinema”.
LUZ
Palavras simples, mas que carregam o peso de uma vida inteira de privações, e que agora encontram, no NACC, um sopro de esperança e normalidade.
ALEGRIA
A manhã foi marcada por música, fé e gratidão. O descerramento da placa foi celebrado como símbolo de uma conquista que nasceu do esforço coletivo. Voluntários, colaboradores, apoiadores e parceiros que entendem que o cuidado vai além do remédio. O cinema é, acima de tudo, um gesto de humanidade: prova de que a arte e a cultura também curam, fortalecem e inspiram.
IMPORTÂNCIA
Para a presidente do NACC, Flaviana Moreira, a nova sala é mais que uma estrutura física: “É um espaço de afeto e inclusão, onde a arte se transforma em ferramenta de cura emocional e fortalecimento para todos que enfrentam a luta contra o câncer infantil”.
MAIORIDADE
Esse é o papel do NACC. Há 18 anos, a instituição se dedica a transformar dor em esperança, solidão em acolhimento, e medo em coragem. Cada gesto de apoio, cada abraço e cada doação se convertem em vida, em dignidade, em futuro. O NACC precisa de apoio contínuo para manter esse trabalho que vai muito além da assistência médica: ele oferece abrigo, alimentação, carinho e, agora, também a magia do cinema. Seja voluntário, faça uma doação, compartilhe essa causa. Pequenos gestos somados transformam realidades. O brilho nos olhos de uma criança aover seu primeiro filme na tela grande não tem preço. O convite está feito: ajude o NACC a continuar escrevendo histórias de coragem, fé e esperança. Porque juntos, somos capazes de transformar lágrimas em sorrisos e de iluminar a vida de quem mais precisa.
FRASE
Dinheiro público é o único rio que corre sempre na direção dos mesmos bolsos.
