Entre ilusões de poder e disputas internas, o União Brasil repete velhos enredos políticos em Rondônia
Nesta quinta-feira, 16, o jornalista Cícero Moura aborda o novo capítulo da novela política do União Brasil em Rondônia — um partido que parece condenado a viver entre promessas vazias e lideranças de papel. A ascensão simbólica de Marcos Rocha ao posto de “grande líder”, o desgaste de figuras como Mariana Carvalho e Fernando Máximo e as ilusões de poder alimentadas por Sérgio Gonçalves formam o pano de fundo de uma legenda que, mais uma vez, confunde manchetes com força real e ensaios de grandeza com protagonismo político.
O União Brasil em Rondônia parece viver um ciclo interminável de devaneios políticos, onde os “caciques” mudam de nome, mas não de hábito.
GRANDE LÍDER?
Agora, o destaque das manchetes foi Marcos Rocha, apontado por toda a imprensa local como o novo “chefão” da sigla no Estado.
RECO
Título bonito, pomposo — mas que na prática não dá a ele o poder de mandar nem no estafeta do diretório regional.
CONDIÇÃO
Rocha, ao contrário do que alardearam os entusiastas da conveniência, ainda não é presidente de fato.
CONDIÇÃO 2
Não virou aliado estratégico de Sérgio Gonçalves e muito menos entregou as secretarias supostamente negociadas em Brasília com a direção nacional do partido.
ILUSIONISMO
Tudo, absolutamente tudo, parece ter sido um espetáculo para gerar manchetes e inflar egos.
ILUSIONISMO 2
Uma encenação que busca demonstrar uma força que simplesmente não existe.
REALIDADE
Mas sejamos justos: isso não é novidade alguma no União Brasil de Rondônia. O roteiro é conhecido.
REALIDADE 2
A plateia, idem. Desde sempre se sabe quem realmente dá as cartas — e quem apenas segura o baralho de enfeite.
“LIXO”
Na eleição passada, Fernando Máximo, bem colocado nas pesquisas para prefeito, foi varrido para debaixo do tapete sem o menor pudor por quem carrega a caneta do diretório estadual.
MIMOSA
Já Marianna Carvalho, que começou o pleito como “dama de ferro”, terminou como boneca de pano do Sítio do Picapau Amarelo.
MIMOSA 2
Engraçadinha, bonitinha, mas incapaz de convencer que sua liderança vai além do figurino.
DE NOVO
Agora o partido, com seu orçamento bilionário e ego inflado, volta aos holofotes locais da mesma maneira de sempre.
DENOREX
Rugindo como um leão faminto, mas prestes a virar bibelô de luxo na prateleira dos ricos — bonito de se ver, mas sem utilidade política real.
FICA ESPERTA
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Cuidado, Luana Rocha. Confiar demais em castelos que ainda não foram erguidos costuma trazer quedas espetaculares.
ILUSÃO
Acreditar em poder que não existe é como apostar em miragens no deserto. E o deserto político de Rondônia costuma ser cruel com os que se julgam oásis.
FATO
No fim, tanto Marcos Rocha quanto Luana Rocha parecem viver um enredo encantado.
FATO 2
Acreditam piamente que o mundo político em que habitam é abençoado por um “Senhor da Política” que vela por seus dedicados discípulos.
FATO 3
Esquecem apenas um detalhe essencial: a urna não ouve orações, não lê bilhetes e é totalmente imune aos desejos do além.
NA ILHA DA FANTASIA
Enquanto o União Brasil de Rondônia segue à deriva, perdido entre fantasias políticas e enredos de Nárnia, Sérgio Gonçalves insiste em manter o semblante sereno de quem acredita que tudo está sob controle.
ATUANTE
Nas redes sociais, ele atua com firmeza, se apresenta como pré-candidato ao governo e fala em “futuro”, “gestão” e “esperança”.
CONTRADIÇÃO
Mas o que se vê ao redor é um partido em crise de identidade, vivendo mais de ilusões do que de realidade.
CONSTATAÇÃO
O cenário interno é de egos inflados, promessas não cumpridas e poder fragmentado.
SENSÍVEL
Enquanto Sérgio busca se mostrar como o rosto equilibrado do União, o chão sob seus pés é de areia movediça.
SENSÍVEL 2
Feito de acordos frágeis e lideranças que parecem mais preocupadas com a autopreservação do que com Rondônia.
DÚVIDA
A pergunta é simples, mas necessária: até que ponto Sérgio Gonçalves acredita mesmo nesse roteiro de fantasia?
CONCLUSÃO
Porque, se continuar acreditando que o União Brasil é um projeto sólido e coerente, talvez descubra tarde demais que o “portal de Nárnia” já se fechou.
CONCLUSÃO 2
E o que restou é apenas um castelo de areia desmoronando sob o sol da política real.
FRASE
Quem tenta mostrar o que não é, revela mais sobre sua falsidade do que sobre sua aparência.
