O encontro de Trump e Lula é uma dura derrota para a extrema-direita no Brasil
CARO LEITOR, concedi entrevista em 23 de setembro passado no programa “O Povo na TV” da TV Norte Rondônia – afiliada ao SBT. Tanto na televisão quanto na presente coluna, afirmei que o presidente Donald Trump (Republicanos) era um empresário de sucesso e um bom negociador. Já o presidente Lula (PT-SP), um operário e líder sindical na sua essência, portanto, como representante de classe, sempre foi um bom negociador. Em face disso, quando Lula e Trump sentassem à mesa de negociação para tratar das tarifas dos EUA aos setores produtivos do Brasil e da Magnitsky imposta a autoridades brasileiras, ambos fechariam um bom acordo da agenda comercial entre o Brasil e EUA, bem como o fim de sanções aos ministros da Suprema Corte. Além disso, afirmei que Lula não seria Zelensky para sofrer bullying de Trump, para tristeza de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueredo. Por que fiz tais afirmativas sem medo de ser feliz? Por possuir memória histórica, dimensão cognitiva e saber que posto, rei morto. Ontem (26), Lula e Trump se reuniram em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª cúpula da ASEAN. O encontro entre ambos durou aproximadamente 50 minutos, foi o primeiro entre os dois desde uma breve conversa na Assembleia Geral da ONU em setembro. Em nenhum dos encontros, Lula não foi humilhado por Trump, pelo contrário, só derramou elogios, portanto, acertei na minha leitura de cenário e nos movimentos das peças no tabuleiro de xadrez geopolítico.
Justificar
Não deve ser fácil para o deputado federal licenciado antipatriota Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo – neto do ex-presidente general João Figueiredo, o último do Regime Militar, se justificar para seus seguidores o encontro entre o presidente Lula (PT-SP) e o presidente Donald Trump (Republicanos).
Patetas
O deputado federal licenciado antipatriota Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo se comportam como dois patetas, principalmente quando montaram uma banca de coxinha em frente à Casa Branca e foram praticamente chutados para fora do Departamento de Estado, dias atrás, quando tentaram sabotar a normalização das relações comerciais entre Brasil e EUA. Eles terão que explicar mais essa derrota aos bolsonaristas.
Prometendo
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo passaram as últimas semanas prometendo a seus seguidores que o presidente Donald Trump (Republicanos) dos EUA aplicaria um “duro golpe” ao indicar o secretário de Estado Marco Rubio como interlocutor. Também disseram que Trump tentaria humilhar Lula em público. Nada disso aconteceu.
Encontro
O encontro do presidente Donald Trump (Republicanos) com o presidente Lula (PT-SP) em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª cúpula da ASEAN, com a presença do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e, do lado americano, o secretário de Estado Marco Rubio, foi marcado por um tom amistoso que desmentiu todas as previsões catastróficas dos bolsonaristas sobre uma possível humilhação ou “golpe” diplomático.
Razão
Durante o encontro, o presidente Lula (PT-SP) afirmou que não há razão para divergências entre Brasil e Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata da Lei Magnitsky imposta a autoridades brasileiras, bem como do tarifaço, enquanto os dois países estiverem em entendimento. O presidente Donald Trump (Republicanos) sinalizou abertura para o acordo.
Admiração
O presidente Donald Trump (Republicanos) sofre processos judiciais nos EUA. Quando tomou conhecimento da trajetória política do presidente Lula (PT-SP) em relação às derrotas eleitorais, vitórias e dos cárceres políticos sofridos mediante perseguição judicial, declarou admiração por Lula por conquistar um terceiro mandato nas urnas para presidente da República. A declaração desmentiu completamente a narrativa bolsonarista de ataque de Trump a Lula.
Caixão
A extrema-direita brasileira sofreu uma dura derrota com o encontro entre o presidente Donald Trump (Republicanos) e o presidente Lula (PT-SP). Para selar o caixão das expectativas da extrema-direita em relação aos EUA, os dois presidentes combinaram visitas recíprocas: Trump expressou vontade de vir ao Brasil, e Lula aceitou ir aos Estados Unidos com prazer.
Manga I
O tarifaço e a aplicação da lei Magnitsky pareciam ser uma carta na manga do bolsonarismo para reverter os resultados das urnas do pleito eleitoral de 2022 e fazer o governo do presidente Lula (PT-SP) sangrar até as eleições de 2026. No entanto, depois do encontro entre Lula e Trump, a impressão é de que o bolsonarismo sofreu um dos maiores revezes desde a sua ascensão no pleito eleitoral presidencial de 2018.
Manga II
Diante do revés do bolsonarismo com sua última carta na manga, é a oportunidade da direita brasileira desatrelar e deixar de seguir a reboque da extrema-direita. Ou seja, buscar o seu espaço perdido quando se deixou seduzir pelo capitão Jair Bolsonaro (PL-RJ) – esse que não é general. A direita brasileira pode se reinventar com Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Júnior ou Eduardo Leite, ambos do PSD.
Impactar
O revés do bolsonarismo dado por Donald Trump (Republicanos) deve impactar as pré-candidaturas bolsonaristas a cargos majoritários nos quatro cantos do país nas eleições de 2026. Pelas bandas de cá, acredito que o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) mantenha sua liderança nas pesquisas por conta do seu recall eleitoral. Já o agropecuarista Bruno Scheid deverá declinar da sua pretensão de disputar o Senado nas eleições do próximo ano.
Desconfiança
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) se lançou pré-candidato ao governo estando no União Brasil e flertando com o PL e Podemos, ou seja, não tem comando e alicerce partidário. Neste caso, pode cair na desconfiança das lideranças partidárias e do eleitor por conta da sua infidelidade partidária. Além disso, segue a pauta bolsonarista de sabotar o país.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Fúria
Falando em desconfiança, o eleitor tradicional rondoniense observa com certa desconfiança a pré-candidatura de governador do jovem prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal). Com 39 anos, Fúria é advogado, já foi vereador e deputado estadual. Como prefeito eleito e reeleito com 83,16% dos votos válidos no pleito eleitoral de 2024, poderá ser a dor de cabeça para os marqueteiros dos oponentes nas eleições de 2026.
Caminhada
Falando em Cacoal, a capital do café, foi palco no sábado (25) do evento Caminhada Esperança, que reúne os partidos de esquerda, centro, centro-esquerda e extrema-esquerda em Rondônia. (PT/PCdoB/PV/PDT/MDB/Rede/PSOL/PSB).
Esperança
A Caminhada Esperança em Cacoal contou com a presença do ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná), do ex-prefeito petista de Porto Velho, Roberto Sobrinho (Sem partido), do ex-deputado Anselmo de Jesus (PT-Ji-Paraná), do ex-candidato a prefeito Samuel Costa (Rede-Porto Velho) e da deputada estadual Claudinha de Jesus (PT-Ji-Paraná) e outras lideranças partidárias.
Fiasco
O discurso do ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) foi um fiasco durante a Caminhada Esperança em Cacoal, quando afirmou que os partidos de Esquerda, a exemplo do PDT, PT e PSB, bem como o MDB, deverão eleger deputados federais. Neste caso, Acir continua fazendo política, enganando a si próprio.
Possibilidade
Por exemplo, só existe uma possibilidade do PDT eleger deputado federal nas próximas eleições de 2026 em Rondônia, se o próprio Acir Gurgacz vencer a inelegibilidade, declinar da pré-candidatura ao Senado e disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Fim
Na Caminhada Esperança em Cacoal, o ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Samuel Costa (Rede), defendeu o fim do radicalismo e pregou diálogo para unir as forças de esquerda em Rondônia. Samuel aposta que poderá ser o candidato a governador de consenso do campo progressista democrático nas eleições de 2026.
Ausentes
O senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) e o ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Célio Lopes (PDT-Porto Velho), estiveram ausentes na Caminhada Esperança em Cacoal no sábado (25). Confúcio, por conta de problema de voo, e Célio, por conta de agenda com bases eleitorais.
Migrar
O ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Célio Lopes, filiado ao PDT desde a adolescência, deverá deixar a legenda brizolista e migrar para uma legenda de espectro ideológico de Centro no intuito de conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa nas eleições de 2026.
Homenagem
Em sessão solene na tarde de hoje (27) no Plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia, o deputado estadual Eyder Brasil (PL-Porto Velho) homenageia jornalistas rondonienses. Agradeço a singela homenagem ao meu nome e a dedico aos leitores e seguidores da presente coluna.
Dentista
Falando em homenagem, no dia 25 de outubro, Dia do Dentista, o odontólogo e deputado estadual Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho) felicitou os seus colegas de profissão, fazendo uma prestação de contas da sua atuação parlamentar em defesa da saúde bucal em todo o estado. Foram mais de R$ 3,1 milhões em investimentos, entre vans odontológicas, equipamentos modernos para as UBSs e kits de higiene que fortalecem o atendimento e promovem mais dignidade para quem mais precisa.
Comemorou
Falando em investimentos, o vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos) comemorou o sucesso da etapa estadual do Motocross realizado ontem (26) no Parque dos Tanques em Porto Velho. O evento contou com o apoio do seu irmão, o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho). Ambos atuam politicamente para fortalecer a cultura, o esporte e o lazer no âmbito estadual.
Sério
Falando sério, essa aproximação de Trump com Lula não é meramente por admiração, e sim por medo da parte do Trump. Ele viu que o tarifaço não deu certo e o Brasil assumiu papel de liderança na América Latina, por sua vez, o protagonismo assumido no BRICS e aproximação com a China.









