Provas serão aplicadas em novembro, e notas poderão ser usadas para ingresso no ensino superior, bolsas de estudo e programas de financiamento
Por Informa Rondônia - segunda-feira, 27/10/2025 - 20h48
Porto Velho, RO – Com a proximidade da aplicação do Enem 2025, os participantes já podem planejar como utilizar suas notas após a divulgação dos resultados. O exame, que será realizado nos dias 9 e 16 de novembro em todo o país, terá datas diferentes apenas nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua e Marituba, onde as provas ocorrerão em 30 de novembro e 7 de dezembro por causa da realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), entre 10 e 21 de novembro.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estima que mais de 4,8 milhões de pessoas confirmaram inscrição. Os resultados individuais devem ser divulgados em janeiro de 2026. Com eles, será possível concorrer a vagas no ensino superior, obter bolsas de estudo integrais ou parciais em universidades privadas, solicitar financiamento estudantil, estudar em Portugal, obter certificação do ensino médio ou apenas avaliar o próprio desempenho.
O Enem é aplicado todos os anos pelo Inep e serve como principal via de acesso à educação superior no país, além de possibilitar participação em programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Esses três programas têm inscrições em sequência — primeiro o Sisu, depois o Prouni e, por último, o Fies.
No Sisu, a classificação é feita pela média das notas do Enem dentro do limite de vagas de cada curso. A partir da edição de 2026, o candidato poderá escolher entre as notas de 2023, 2024 ou 2025. Não podem participar pessoas que zeraram a redação ou não concluíram o ensino médio. Na edição mais recente, o sistema ofertou 261.779 vagas em 6.863 cursos de graduação de 124 instituições públicas.
O Prouni aceita notas das duas últimas edições do exame. Para participar, é necessário ter média mínima de 450 pontos e nota superior a zero na redação. O programa concede bolsas integrais e parciais em instituições privadas, com duas edições por ano. Candidatos com deficiência, indígenas e negros podem concorrer às cotas. A renda familiar máxima é de 1,5 salário mínimo por pessoa para bolsas integrais e de até três salários mínimos para bolsas parciais.
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As notas do Enem também podem ser usadas para concorrer ao Fies, que financia mensalidades em faculdades particulares. O candidato deve ter feito o exame a partir de 2010, obtido média de pelo menos 450 pontos e não zerado a redação. Desde 2024, o programa destina vagas a candidatos negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. A renda familiar mensal per capita deve ser de até três salários mínimos. A modalidade Fies Social, criada recentemente, reserva metade das vagas a inscritos no Cadastro Único com renda de até meio salário mínimo por pessoa. Em 2025, mais de 112 mil vagas foram ofertadas.
Além do uso em programas brasileiros, as notas também são aceitas por 26 instituições de ensino superior em Portugal conveniadas ao Inep, entre elas o Instituto Politécnico de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Português de Administração de Marketing. Os acordos permitem a utilização dos resultados em processos seletivos, sem envolver transferências financeiras entre os países.
Universidades públicas e privadas no Brasil também podem utilizar o desempenho individual dos candidatos em seus próprios processos seletivos, substituindo ou complementando o vestibular tradicional.
Neste ano, o Enem volta a permitir a certificação do ensino médio. O participante deve ter pelo menos 18 anos até o primeiro dia de prova, alcançar 450 pontos em cada área do conhecimento e obter 500 pontos na redação. O uso das notas para certificação estava suspenso desde 2017, período em que o Encceja assumiu essa função.
Candidatos que ainda não concluíram o ensino médio, conhecidos como treineiros, também podem participar. Nesse caso, o exame serve apenas como autoavaliação e não garante ingresso em instituições de ensino. Os resultados desses participantes são divulgados cerca de 60 dias após os demais.
Criado em 1998, o Enem avalia conhecimentos em quatro áreas — linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática —, totalizando 180 questões objetivas, além de uma redação dissertativo-argumentativa.
Mais informações estão disponíveis no site do Inep, que reúne respostas às principais dúvidas sobre o exame.
