Encontro reuniu participantes de quatro países e discutiu desafios da parentalidade no contexto migratório.
Por Informa Rondônia - quinta-feira, 06/11/2025 - 21h52
Porto Velho, RO – Famílias atendidas por instituições sociais em Porto Velho participaram de uma Oficina de Parentalidade promovida pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO). A atividade foi organizada pelo Núcleo Psicossocial de apoio às Varas de Família e Cível da capital e reuniu pessoas da Venezuela, Peru, Cuba e Bolívia, que vivem em Rondônia e recebem acompanhamento de entidades de apoio social.
O encontro teve como foco orientar pais, mães e responsáveis sobre os desafios da parentalidade no contexto da migração, abordando temas como comunicação familiar, educação dos filhos em novas realidades culturais e fortalecimento dos vínculos afetivos.
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De acordo com o psicólogo Fredson Batista, a escolha do público-alvo foi direcionada para atender às especificidades desse grupo. “A proposta é conversarmos sobre relações familiares e os desafios que tem o exercício parental nesse contexto de adaptação a um novo país e a separação parental que às vezes acontece”, afirmou.
A programação incluiu dinâmicas participativas e uso de linguagem acessível, criando um ambiente de troca de experiências e escuta respeitosa entre os participantes. O coordenador da Cáritas, Alexandre Garcia Duarte, destacou a importância da iniciativa. “As famílias quando acessam o Brasil, por qualquer região que cheguem, são violadas em vários tipos de direitos. E uma ação como essa ajuda a tentar minimizar esse dano. Aqui eles podem ter mais informações sobre a legislação local e o direito que podem ter”, disse.
As Oficinas de Parentalidade integram ações do Poder Judiciário voltadas à orientação de pais, mães e responsáveis sobre a convivência familiar e os impactos da separação conjugal. Essas atividades foram instituídas com base na Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da política nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses, e reforçadas pela Recomendação nº 50/2014 do CNJ, que estimula sua aplicação nos processos de família.
