Encontro no Creas abordou práticas, legislação e etapas do acolhimento familiar
Por Informa Rondônia - terça-feira, 25/11/2025 - 10h55
Porto Velho, RO – A capacitação do Serviço Família Acolhedora reuniu 24 famílias e profissionais do sistema de garantia de direitos no auditório do Centro de Referência Especializado da Assistência Social. Ao todo, 47 pessoas participaram das atividades, voltadas à preparação para o acolhimento de crianças e adolescentes em ambiente familiar.
O encontro teve quatro dias de duração. Na abertura, Sefra Maria Barros Silva, gerente do Serviço, e Magda dos Santos, diretora da Casa Criar, apresentaram informações sobre o histórico do acolhimento institucional e familiar em Porto Velho. Em seguida, a psicóloga Tânia do Socorro Silva da Silva e a assistente social Cássia Cristina de Oliveira Pereira, da Vara da Infância e Juventude, esclareceram as diferenças entre acolhimento familiar e adoção, detalhando os aspectos legais envolvidos.
A programação prosseguiu com a participação da psicóloga Tércia Marília Martins Brasil, secretária adjunta da Semias, que tratou das particularidades do acolhimento de adolescentes, incluindo jovens neurodivergentes e aqueles com outras necessidades especiais. No encerramento, a equipe técnica conduziu uma roda de conversa com famílias acolhedoras do município, que relataram suas experiências.
A capacitação é prevista na Lei n. 2.551/2018, que atribui à equipe técnica a tarefa de cadastrar, selecionar, orientar e acompanhar famílias habilitadas ao acolhimento. Ao avaliar o encontro, Sefra Maria Barros declarou: “O evento atendeu às expectativas de formação, seja em relação ao conteúdo, à metodologia e aos facilitadores, que possuem conhecimento teórico e experiência nos temas propostos. Os temas propostos foram pertinentes, claros e suficientes para preparar as famílias para receberem crianças e adolescentes no seio familiar, abrangendo a legislação voltada para a infância e adolescência (ECA, SUAS, Lei Municipal, Constituição Federal e demais legislações pertinentes), o papel das famílias acolhedoras (função protetiva, não adotiva), os estágios do desenvolvimento infantil e adolescente, vínculos e desligamentos, relação com a família de origem, rotina de cuidados, ética e sigilo, responsabilidades da família acolhedora e da equipe técnica do serviço”.
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O último dia incluiu uma nova roda de conversa com pretendentes, profissionais e uma família acolhedora, que relatou ter recebido três crianças, entre elas uma adolescente, compartilhando o processo vivido. As discussões auxiliaram os participantes a entenderem os limites entre acolhimento e adoção, contribuindo para sua decisão sobre integrar o serviço.
O acolhimento familiar foi implantado em Porto Velho pela Lei n. 2551/2018, tornando a capital a primeira da Região Norte a adotar o modelo. Desde 2018, o Serviço vem sendo ampliado e, em 2025, realizou duas capacitações — uma em maio e outra em novembro — para aumentar o número de famílias cadastradas e habilitadas. Atualmente, 19 crianças e adolescentes estão acolhidos sob medida protetiva.
O Serviço Família Acolhedora funciona no Creas e é vinculado ao Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Inclusão e Assistência Social. A coordenação é da Semias, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Famílias interessadas podem se inscrever no cadastro municipal.
Informações podem ser obtidas pelo telefone (69) 98473-6021 ou pelo e-mail [email protected].
