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Casos de acidentes com animais peçonhentos aumentam no inverno amazônico; Cemetron reforça atendimento especializado

Unidade de saúde em Porto Velho oferece suporte integral para vítimas de picadas de cobras, ranhas e escorpiões

Por Informa Rondônia - terça-feira, 28/01/2025 - 08h41

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Porto Velho, RO – No auge do inverno amazônico, marcado por intensas chuvas, o contato humano com animais peçonhentos se torna mais frequente, exigindo uma resposta ágil do sistema de saúde em Rondônia. Em Porto Velho, o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) é a principal referência para atendimento a vítimas de picadas e acidentes com serpentes, aranhas e escorpiões.

Funcionando ininterruptamente, o Cemetron está localizado na Avenida Guaporé, nº 215, no Bairro Lagoa, e oferece atendimento especializado em regime de demanda espontânea. A estrutura da unidade é voltada para emergências e conta com profissionais de diferentes áreas, incluindo médicos clínicos gerais, infectologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuam em sinergia para garantir atendimento seguro e eficaz.

Segundo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a atuação da unidade é um pilar essencial na preservação de vidas durante o período de maior vulnerabilidade. “O governo está comprometido em assegurar um serviço médico qualificado e preparar equipes para lidar com situações de urgência envolvendo animais peçonhentos”, declarou.

O processo de atendimento no Cemetron inicia com uma triagem detalhada, que avalia o estado clínico da vítima e busca identificar o animal envolvido no acidente. Quando possível, a captura do animal ou a descrição das características dele auxilia no diagnóstico. Exames laboratoriais são realizados com celeridade para determinar a gravidade do caso e definir o protocolo de tratamento adequado.

Entre os tratamentos disponíveis, a administração de soros antiveneno específicos se destaca. O Cemetron dispõe de soros antibotrópico, anticrotálico, antielaquético e antielapídico para atender casos de picadas por serpentes como jararacas, cascavéis e corais. Já os acidentes causados por aranhas e escorpiões, como a aranha-marrom, a armadeira e escorpiões do gênero Tityus, são tratados com soros antiaracnídicos e antiescorpiônicos.

Além do uso de soros, o manejo clínico pode incluir a aplicação de analgésicos, hidratação venosa, profilaxia contra o tétano e, em alguns casos, antibióticos para combater infecções bacterianas secundárias. Essas abordagens visam estabilizar o paciente e reduzir riscos de complicações.

Para a infectologista Maiara Soares, o atendimento rápido é crucial para evitar desfechos graves. Ela orienta que a população procure imediatamente uma unidade de saúde em caso de acidentes e evite práticas inadequadas antes de chegar ao hospital.

Entre as recomendações do Cemetron estão a lavagem do local afetado com água e sabão, a limitação de movimentos e a elevação do membro lesionado. Medidas como torniquetes, cortes na pele ou o uso de substâncias caseiras devem ser evitadas, pois podem agravar o quadro clínico.

Durante o período chuvoso, os animais peçonhentos costumam migrar para áreas secas, aumentando o risco de encontros com seres humanos. Nesse cenário, a rapidez no deslocamento até uma unidade de saúde equipada com soros antiveneno é essencial para o sucesso do tratamento e a recuperação do paciente. A atenção redobrada e o conhecimento das medidas de primeiros socorros são aliados importantes na prevenção de complicações.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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