Projeções políticas em meio à transição na Prefeitura de Porto Velho e pressões sobre a governabilidade
COLUNA FALANDO SÉRIO: A eleição de 2024 foi o velório do PT em Rondônia e o enterro deve ser em 2026.
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
01/11/24 – sexta-feira
Desde o surgimento do bolsonarismo, o tradicional partido da esquerda brasileira, o PT, vem minguando a cada pleito eleitoral em Rondônia. Tal afirmativa é com base nos resultados eleitorais das eleições de 2024, que representaram um golpe de misericórdia para a legenda petista. A sigla do presidente Lula (PT) não elegeu nenhum prefeito, vice-prefeito e apenas 6 (seis) vereadores no interior. Severamente afetada desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a tradicional sigla da esquerda brasileira não deu sinais de recuperação nessas eleições em escala local nos quatro cantos do país, e, caso não opere mudanças significativas, isso pode significar um desastre político em 2026. O PT rondoniense já ocupou o Senado Federal com a ex-senadora Fátima Cleide; a Câmara dos Deputados com Anselmo de Jesus e Eduardo Valverde; a Prefeitura de Porto Velho com Roberto Sobrinho, inclusive, chegou a conquistar de uma única vez quatro cadeiras na Câmara Municipal de Porto Velho e três cadeiras na Assembleia Legislativa de Rondônia. Além disso, no passado, conquistou seis prefeituras no interior. As estratégias partidárias para travar um embate e vencer o bolsonarismo desde 2018 parecem infrutíferas em Rondônia e no Brasil. O PT e os demais partidos de esquerda precisam compreender que é preciso formar novas lideranças e colocá-las para disputar eleições, em especial, eleições majoritárias.
Zona
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), no início da semana, fez duras críticas à Direção Nacional do PT ao comparar o desempenho da legenda nas eleições municipais ao de times na zona de rebaixamento. Ele parece ser o único que goza de lucidez na cúpula petista.
Autocritica
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, pediu mais respeito do ministro Alexandre Padilha (PT), em especial, as estratégias de coalização de forças no Congresso Nacional. Entretanto, Padilha (PT) está corretíssimo nas suas observações e qualquer partido que se preze, precisa fazer uma autocrítica e reavaliação de suas estratégias para se manter competitivo.
Alinhamento
Ontem (31), em jantar, o ex-senador Expedito Júnior (PSD) e a deputada federal Silvia Cristina (PP) acertaram o alinhamento político entre os partidos PSD e PP para as eleições de 2026. O PSD tem os nomes do deputado estadual Laerte Gomes e do prefeito Adailton Fúria para disputar o Governo de Rondônia.
Permanecer
O deputado federal Lúcio Mosquini (MDB), em conversa com a coluna, confidenciou que não tem como permanecer na legenda mdbista caso o partido componha a chapa presidencial do presidente Lula (PT), ou seja, indique o candidato a vice-presidente da República. É uma questão de sobrevivência política para Mosquini num estado em que o eleitor na sua grande maioria é conservador de direita e extrema-direita.
Decreto
Ontem (31), o prefeito Hildon Chaves (PSDB) publicou o Decreto n.º 20.548, de 31 de outubro de 2024, com a nomeação das duas comissões de transição que já começam a trabalhar na próxima segunda-feira (04), no âmbito da Prefeitura de Porto Velho.
Transição I
Os nomes apontados pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) para compor a equipe de transição são os seguintes: advogado Oscar Dias de Souza Netto; advogado Nelson Canedo Mota; advogado Raimundo de Alencar Magalhães e Jaime Gazola Filho – ex-vereador do Partido Verde. Todos do time da campanha.
Transição II
A grande surpresa da equipe de transição do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) são os nomes de Elias Rezende de Oliveira – Secretário de Estado da SEOSP; David Inácio dos Santos Filho – Secretário de Estado da SEPAT; Ian Barros Mollmann – Pregoeiro da SUPEL/RO.
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Transição III
Outra surpresa na equipe de transição do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) é o nome de Wagner Garcia de Freitas, ex-secretário de Finanças do Governo Confúcio Moura (MDB). Neste caso, o MDB deverá conquistar espaço na nova administração municipal.
Errou
Quem escreveu que o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) lutou sozinho contra o “sistema”, “grupão” ou “conchavão”, errou. Léo era um candidato consolidado em votos na capital, recebeu apoio de segmento religioso importante; de parte da imprensa; de partidos e lideranças políticas no segundo turno; lideranças empresariais e segmentos importantes – Polícia Civil e Militares; além da metade do Governo de Rondônia e contou com um bom marketing.
Beneficiado
O prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) também foi beneficiado pelos erros de marketing e estratégicos da ex-candidata à prefeita Mariana Carvalho (União Brasil). Além disso, Léo contou com o machismo estrutural a seu favor em relação à candidata Mariana, ou seja, “que mulher não vota em mulher” – essa leitura apresentei a várias pessoas antes de fechar os prazos de filiação e afirmei que Mariana precisaria vencer o pleito eleitoral e o machismo estrutural.
Equilíbrio
O prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) jantou com vereadores eleitos na noite de quarta-feira (30) no Edifício Monte Castelo. Hoje (01), ele janta com os 23 vereadores eleitos e reeleitos no Espaço Gourmet do Condomínio Alphaville. Conversei com meia dúzia de vereadores, todos afirmaram que Léo desarmou o palanque eleitoral, está de espírito renovado e aparenta ser outra pessoa, ou seja, encontrou o ponto de equilíbrio que lhe faltava
Assumiu
Quem também escreveu que o prefeito Hildon Chaves (PSDB) só fez asfalto, errou também. O prefeito Hildon assumiu uma prefeitura com sérios problemas de vícios administrativos e de corrupção que foram combatidos. Além disso, com obras estruturantes paralisadas, serviços de transporte coletivo, escolar e coleta de lixo paralisados.
Hildon I
Corajosamente, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) deu início e concluiu as obras estruturantes, a exemplo dos viadutos e de alguns bairros, como o Flamboyant; O transporte coletivo conta com a frota mais nova de ônibus do Brasil; O problema do transporte escolar foi resolvido. O município está iluminado na cidade e nos distritos. O prefeito Hildon Chaves (PSDB) entregou o Museu da E.FM-M. e deixará praças para servirem de passeios públicos e opção de lazer.
Hildon II
A gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB) abriu as portas das faculdades locais para alunos carentes; entregou habitações que estavam perdidas de época anterior à sua gestão; o laboratório municipal de exames clínicos foi entregue e deverá entregar nos próximos dias a nova rodoviária. Além de tantos outros feitos. Hildon ficará na lembrança dos portovelhenses como o prefeito de transição entre o passado e o futuro.
Hildon III
Apesar das críticas em relação às alagações e o contrato do lixo que deverá ser revisto pela nova administração a partir de janeiro, não afetará a reputação da boa gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB) à frente do Prédio do Relógio. Nem mesmo a máxima de rei posto, rei morto, não servirá para Hildon.
Demonstração
Os vereadores eleitos e reeleitos para a próxima legislatura já conversam entre si para definir a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Velho – CMPV, e a base de apoio do prefeito eleito Léo Moraes (Podemos). Neste caso, a demonstração de ambos os lados é visível para encontrar um caminho de sustentação da governabilidade e manter Porto Velho nos trilhos do futuro.
Sério
Falando sério, recebemos diversas mensagens de servidores do Detran/RO, das quais preservo as fontes, reclamando do ambiente de perseguição desde que o irmão do governador, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), Sandro Rocha, tomou posse como Diretor-Geral do órgão. Segunda-feira (4) traremos mais detalhes em relação a gestão do “Sandrão” como está ficando conhecido entre os servidores.
AUTOR: HERBERT LINS