Disputas partidárias e reconfiguração de forças políticas em Rondônia movimentam cenário eleitoral de 2026
Ciência traz resultados
O avanço da ciência destrói crenças baseadas em farsas e fraudes, combate a desinformação e abre caminhos positivos até para situação antes consideradas negativas. Usualmente associadas a doenças, incômodos e perturbações, as bactérias amazônicas passam a afigurar no rol das riquezas da biodiversidade da floresta com a aplicação de uma técnica chamada metabologenômica que a partir do trabalho de domesticação de bactérias abre campo à criação de novos medicamentos. O céu é o limite para as experiências nesse campo.
A melhoria da legislação e dos mecanismos de controle também evolui na esteira da ciência e da pesquisa, como no caso do eterno pesadelo da extração ilegal de madeira. Recente estudo publicado na revista Nature Sustainability aponta que ao implementar mecanismos de controle e regulamentações, o governo brasileiro conseguiu impactos positivos nas taxas de desmatamento, segundo o professor Luis Gustavo Nonato, um dos autores.
Também o gado começa a ser absolvido da acusação de danificar a floresta. Já se sabe que a recuperação de pastagens e a intensificação da produção de bovinos melhoram o sequestro de carbono e mitigam as emissões de gases de efeito estufa, além de ter um efeito poupa-terra. Há estudos chancelados pela Embrapa nesse rumo. A tarefa a realizar para favorecer mais progressos é aprimorar a captação e a integração de dados em todos os sentidos.
Grande esforço!
Lula, petistas e seus puxadinhos estão se esforçando mesmo para levar pau nas eleições do ano que vem. A suspensão do Plano Safra anunciada na última quinta-feira, por exemplo, é caçar encrenca das grandes com o agronegócio, segmento que a esquerda tem dificuldades em se acertar desde sempre. E para quem fala em baratear o custo dos alimentos, como o presidente Lula, reduzir os recursos de financiamentos agrícolas é um tiro no pé. Um governo que já sofre grande rejeição, já constatada pelas primeiras pesquisas para 2026 e buscando mais problemas ainda com toda sua base aliada.
A moeda de troca
No toma lá dá cá da política brasileira, a moeda de troca para alterações nos diretórios regionais dos partidos para as eleições do ano que vem é o número de deputados federais no Congresso, já que o rateio do fundo eleitoral é baseado no número de representantes na bancada federal. Os partidos sem deputados federais estão sujeitos a um troca-troca que pode começar já nas próximas semanas, dependendo das conveniências estabelecidas prolongando-se até a janela eleitoral de março de 2026, quando o parlamentar pode mudar de sigla sem o mecanismo da punição com a perda do mandato.
Atual situação
AS ÚLTIMAS DO INFORMA RONDÔNIA
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Um dos partidos mais ambicionados para a disputa do governo do estado de Rondônia, o PSD, está sem deputado federal e sujeito a barganhas com deputados federais de outros partidos, caso de Lucio Mosquini (MDB) que pretende disputar o Senado ou o governo estadual. Outra legenda em negociações para eventual mudança é o Republicanos, presidido atualmente por Aparício Carvalho. Se seu filho Mauricio sair do União Brasil e ingressar nos Republicanos, Aparício segura a legenda. Outro comando partidário com risco de mudança é o União Brasil. Deputados federais da própria legenda podem desalojar os manos Gonçalves do poder.
Novos partidos
A grande verdade é que muitos parlamentares e ex-prefeitos com intenções de disputar cargos eletivos em 2026 estão prospectando as possibilidades de ingressar em partidos mais palatáveis para o pleito 2026; Lúcio Mosquini (MDB) projeta ingresso nos Republicanos, mas não descarta negociações com o PSD. Fernando Máximo, se não se apossar do União Brasil, vai buscar outra solução para disputar o senado ou o governo estadual. Neste caso assumiria o Podemos, de Leo Moraes. O ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) busca uma legenda mais expressiva, no caso o PSD, onde está instalado Expedito Junior.
Bote certeiro
Já tivemos mudança nos comandos partidários em Rondônia e um deles foi traumático. Caso da deputada federal Silvia Cristina, egressa do PL, tomou goela abaixo, asfixiando o ex-governador Ivo Cassol que controlava o PL. Uma baita vitória da parlamentar que pretende disputar uma cadeira ao Senado. Se de um lado, a parlamentar se garantiu, de outro perdeu o apoio do ex-governador Ivo Cassol, que pode até mudar de legenda para disputar o governo estadual em 2026, desde que encontre condições de elegibilidade nas instâncias superiores da justiça eleitoral.
Com carinho
Recomenda-se as forças invasoras dos partidos que quando se apossarem das agremiações, façam tudo com carinho (… se é possível estupros políticos com carinho, né) pois as rachaduras trarão prejuízos inevitáveis nas eleições. Vejam o caso do União Brasil, ao trazer Mariana Carvalho e sabotar Fernando Máximo nas eleições municipais do ano passado, a legenda rachou e a candidata chapa branca se lascou e de franca favorita, acabou sucumbindo frente a Leo Moraes. Silvia Cristina tomou o PP, mas a maior parte da legenda segue fiel a Ivo Cassol e ele caindo fora da legenda leva toda sua base consigo.
Via Direta
*** Com pagamento dos servidores rigorosamente em dia, como também dos fornecedores, e apostando na regularização fundiária e habitação, o governo de Rondônia vai se reforçando para as eleições 2026 *** Existe otimismo na base aliada quanto a bons resultados, confirmados nas vitórias de 2018 e 2022 nas urnas. O objetivo é eleger Marcos Rocha ao Senado e Sergio Gonçalves na CPA Rio Madeira *** Com vários governadores possíveis candidatos a presidência, nem todos têm interesse na anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo porque Bolsonaro já hostiliza alguns governadores, como é o caso de Ronaldo Caiado, de Goiás.

AUTOR: CARLOS SPERANÇA