PEDÁGIO NA RODOVIA
Confúcio Moura é o único da bancada de Rondônia em defesa da concessão da BR-364

Senador do MDB é o único da bancada federal do estado a se manifestar publicamente sobre o leilão vencido pelo consórcio 4UM Investimentos e Opportunity

Por Informa Rondônia - sexta-feira, 28/02/2025 - 15h38

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Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB) foi o único parlamentar da bancada federal de Rondônia a se manifestar publicamente a favor da concessão da BR-364, após a definição do consórcio vencedor do leilão para administrar a rodovia. Em publicações nas redes sociais, ele ressaltou a necessidade da duplicação e destacou que o investimento na infraestrutura é fundamental para garantir maior segurança e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.

O leilão, realizado na sede da B3, em São Paulo, no último dia 27, foi vencido pelo consórcio liderado pela 4UM Investimentos, antiga J. Malucelli, em parceria com o banco Opportunity. O grupo foi o único a participar da disputa e apresentou um desconto de 0,05% na tarifa de pedágio, critério estabelecido para a definição do vencedor. A concessão abrange um trecho de aproximadamente 700 quilômetros entre Porto Velho e Vilhena, incluindo intersecções com a BR-435 e a BR-319, e será válida por 30 anos.

O contrato firmado com o governo federal prevê um investimento total de R$ 10 bilhões. Deste montante, R$ 6,35 bilhões serão destinados a obras de duplicação e melhorias na infraestrutura da rodovia, enquanto R$ 3,88 bilhões serão aplicados na operação e manutenção do trecho. De acordo com estimativas do governo, o projeto poderá gerar mais de 92 mil empregos diretos e indiretos ao longo do período contratual.

Diante desse cenário, Confúcio Moura se posicionou publicamente sobre o assunto, classificando a concessão como um “passo essencial para o futuro”. “A duplicação da BR-364 não é apenas uma necessidade econômica, mas, acima de tudo, uma medida fundamental para a preservação de vidas. Com mais de 50 anos de história, essa rodovia já cumpriu sua missão no passado, mas, com o crescimento da produção no estado e o aumento do tráfego, é hora de modernizar!”, escreveu o senador.

Em outra publicação, Moura reforçou a importância da obra para o setor logístico e agrícola, destacando a BR-364 como uma via estratégica para o escoamento da produção. “A sua duplicação é essencial para garantir um trânsito mais seguro e eficiente. Com o aumento da produção e o crescimento do transporte, é hora de investir em infraestrutura que proteja vidas e promova o desenvolvimento”, afirmou.

A BR-364, conhecida como Rota Agro Norte, conecta o oeste de Mato Grosso a Rondônia e ao Acre, sendo um dos principais corredores logísticos para o transporte de soja e milho destinados à exportação. O porto de Porto Velho é um dos principais pontos de destino das cargas que passam pela rodovia. O governo federal planeja conceder outro trecho da BR-364, localizado em Mato Grosso, como parte de um projeto de fortalecimento da infraestrutura de exportação no país.

Apesar do avanço do projeto, a concessão tem gerado questionamentos. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (CREA-RO) apresentou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo a anulação do leilão. Segundo a entidade, o projeto original previa a duplicação integral da rodovia, mas o plano atual contempla apenas 120 quilômetros, no trecho entre Presidente Médici e Jaru. Outro ponto de contestação é a cobrança de pedágio ao longo de toda a BR-364 antes do início das obras, medida que tem gerado preocupação entre os moradores das cidades afetadas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, presente no evento que oficializou a concessão, afirmou que o Brasil passa pelo maior ciclo de concessões rodoviárias da história, com previsão de R$ 300 bilhões em investimentos nos próximos anos. Nos últimos dois anos, dez leilões foram realizados, superando os seis promovidos na gestão anterior. O modelo do leilão da BR-364 foi estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelos estudos técnicos e critérios de licitação.

Até o momento, os demais membros da bancada federal de Rondônia não se manifestaram publicamente sobre a concessão. O debate sobre os impactos e benefícios do projeto continua em andamento, com o governo e entidades envolvidas discutindo os detalhes da execução do contrato.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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