Com vazão superior a 43 mil m³/s e entre os 10% maiores níveis já registrados em março, Rio Madeira mantém tendência de cheia e coloca comunidades do Baixo Madeira em alerta
Porto Velho, RO – O nível do Rio Madeira atingiu marcas elevadas neste mês de março e tem gerado preocupação entre autoridades, lideranças comunitárias e moradores das áreas ribeirinhas de Porto Velho.
Dados oficiais da estação fluviométrica Prosperidade (antiga Foz do Jamari), divulgados neste domingo (30), mostram que o rio se mantém acima da média histórica para o período e apresenta tendência contínua de elevação.
Além do aumento do nível da água, a vazão – que indica o volume de água que passa por segundo – subiu significativamente ao longo do mês.
No início de março, o Rio Madeira apresentava uma vazão próxima de 37 mil metros cúbicos por segundo. Já nos últimos dias, esse número ultrapassou os 43 mil m³/s, reforçando o alerta hidrológico.
De acordo com os percentis históricos, o comportamento atual do rio se encontra entre os 10% mais elevados já registrados para o mês de março.
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“A elevação constante do nível coloca em risco comunidades ribeirinhas e distritos do Baixo Madeira, como Terra Caída, São Carlos, Baixa da União, Triângulo, Nacional, Areal, Nova Califórnia e Jaci-Paraná, que tradicionalmente enfrentam alagamentos em períodos de cheia”, informou Tatiane Checchia, engenheira civil e professora da Universidade Federal de Rondônia.
A Defesa Civil municipal alegou que monitora a situação e orienta que moradores fiquem atentos às atualizações e busquem rotas de segurança.
A Prefeitura de Porto Velho informou que equipes já foram mobilizadas para vistoria em áreas críticas e alerta que, caso as chuvas continuem nos próximos dias, poderá haver necessidade de remoção preventiva de famílias.

“Estamos diante de um cenário que exige atenção. O comportamento do rio, tanto em nível quanto em vazão, se encontra um pouco acima da média histórica, e com os novos eventos pluviométricos na Bolívia, tende a permanecer subindo. A situação é séria e exige preparação das autoridades e das próprias comunidades”, afirmou o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Vinicius Valentin Raduan Miguel, cuja equipe tem apoiado a sociedade civil no atendimento emergencial aos pequenos animais no local.
Moradores estão sendo orientados a proteger documentos, alimentos e bens em locais elevados, organizar abrigos comunitários e manter contato constante com as equipes da Defesa Civil.
A Prefeitura reforça que boletins informativos estão sendo publicados diariamente e que o Gabinete de Crise está mobilizado.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 199 ou pelos canais oficiais da Defesa Civil Municipal.