PIRARUCU
Estudo genético confirma pirarucu como espécie invasora no Vale do Guaporé

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Levantamento coordenado por pesquisadora da Unir será apresentado em Brasília por Gislaine Lebrinha, que defenderá a liberação da pesca do peixe em todo o ano como medida de controle

Por Informa Rondônia - segunda-feira, 28/04/2025 - 20h18

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Porto Velho, RO – A deputada estadual Gislaine Lebrinha (União Brasil) levará nesta terça-feira (29), à capital federal, um estudo inédito que identifica a presença do pirarucu como espécie invasora na bacia hidrográfica do Vale do Guaporé. O documento será apresentado durante reunião em Brasília, com o objetivo de subsidiar políticas públicas voltadas à gestão ambiental da região.

Realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o levantamento genético foi viabilizado por meio de emenda parlamentar da deputada e contou com o apoio técnico e científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero). A coordenação do projeto ficou sob responsabilidade da doutora Carolina Doria, da Unir.

O estudo, concluído neste ano, confirmou a presença consolidada do pirarucu (Arapaima gigas) em trechos da bacia do rio Guaporé, uma área onde a espécie não é nativa. Os dados obtidos indicam que o peixe apresenta características populacionais típicas de uma espécie invasora, com potencial impacto sobre a biodiversidade local e sobre a sustentabilidade das atividades pesqueiras da região.

Diante dos resultados, o relatório recomenda a adoção de medidas de controle para mitigar os efeitos negativos da introdução do pirarucu no ecossistema da bacia. Como uma das estratégias sugeridas, a deputada Gislaine Lebrinha vai defender a liberação da pesca do pirarucu ao longo de todo o ano no rio Guaporé. A proposta será debatida como parte da reunião, que também pretende contribuir para a formulação de diretrizes de preservação dos recursos naturais locais.

Durante o evento, a parlamentar destacará ainda a importância de ações integradas entre instituições de pesquisa, órgãos ambientais e entes governamentais. Ela agradeceu o apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), responsável pelo acompanhamento dos resultados, e reconheceu o trabalho das equipes envolvidas das universidades participantes.

A apresentação em Brasília é considerada pela deputada uma etapa essencial para o encaminhamento de iniciativas voltadas à conservação da biodiversidade amazônica e à proteção dos sistemas aquáticos afetados pela espécie.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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