Portugal virá à direita com o Chega e abala os partidos tradicionais nas eleições para o Parlamento
CARO LEITOR, os portugueses foram às urnas ontem (18) para eleger o novo parlamento português. É importante destacar que Portugal foi às urnas pela 3ª vez em pouco mais de 3 anos. Neste caso, o país ibérico realizou novas eleições para o Poder Legislativo depois da queda do governo minoritário do primeiro-ministro Luís Montenegro (PSD), que enfrentava, desde fevereiro, uma crise política relacionada à empresa de consultoria Spinumviva, de propriedade de sua família, o que provocou acusações de conflitos de interesses. Em face disso, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, perdeu o cargo após a votação de uma moção de desconfiança no Parlamento no mês de março. Daí, novas eleições foram convocadas e Portugal virá à direita com o partido Chega e abala os partidos tradicionais nas eleições para a Assembleia da República.
Conquistaram
A coalizão de centro-direita Aliança Democrática (AD), formada pelo PSD (Partido Social Democrata) e pelo CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular), liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro (PSD), conquistou 86 cadeiras na Assembleia da República.
Indefinido
O 2º lugar segue indefinido, mas, por ora, o PS, de centro-esquerda, liderado por Pedro Nuno Santos, conquistou 58 cadeiras, e o Chega, de extrema-direita, comandado por André Ventura, também conquistou 58 cadeiras.
Círculos
Os círculos eleitorais dentro e fora da Europa podem alterar ainda os resultados eleitorais, ou seja, os portugueses residentes no exterior e votantes, juntos, podem eleger 4 deputados.
Novidade
A grande novidade no pleito eleitoral para a Assembleia da República em Portugal foi o partido Livre (centro-esquerda), de Rui Tavares, que ganhou 6 assentos na nova legislatura. Já o IL (Iniciativa Liberal), de direita, comandada por Rui Rocha, teve um leve crescimento em relação à eleição anterior: passou de 8 para 9 cadeiras.
Semipresidencialista
Para quem não sabe, Portugal alcançou a democracia só em 1974, com a Revolução dos Cravos. Desde então, vive sob um regime semipresidencialista, no qual o primeiro-ministro é o chefe do Poder Executivo e o presidente, o chefe de Estado.
Nomeado
Por ser semipresidencialista, o premiê português é nomeado pelo presidente depois de consulta aos partidos representados na Assembleia da República, o que deve ser feito nos próximos dias. Contudo, o chefe de Estado, tradicionalmente, indica o líder da legenda ou coligação que obteve maioria nas eleições legislativas.
Lidera
Pelas bandas de cá, quem lidera o movimento em defesa da implantação do semi-presidencialismo é o ex-presidente Michel Temer (MDB). Segundo ele, atualmente, o Congresso Nacional não só aprova o orçamento, como conduz e toma medidas tipicamente do Poder Executivo.
Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou agenda de três dias no mês de julho em Rondônia através das redes sociais do pré-candidato a senador Bruno Scheid (PL). A vinda de Bolsonaro dará o pontapé inicial da pré-campanha de Scheid ao Senado Federal nas eleições de 2026.
Marcha
No dia 09 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chega a Ji-Paraná. No dia 10, deverá percorrer os municípios da BR 429, finalizando a marcha no município de São Francisco do Guaporé. Já no dia 11, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena. A agenda finaliza no dia 12 com a sua participação na Expojipa, dia do show da dupla sertaneja Bruno & Marrone.
Fortalece
A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena e municípios da BR. 429, fortalece o PL em Rondônia, bem como suas principais lideranças: os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, bem como o neófito Bruno Scheid.
Hipótese
O PL também espera a filiação do deputado federal Fernando Máximo, hoje filiado ao União Brasil. Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou a hipótese de Máximo disputar o Governo de Rondônia ou uma vaga ao Senado pela sigla de extrema-direita nas eleições de 2026.
Círculos
Nos círculos de conversas nos bastidores do poder, muitos dizem que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) traiu o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e a deputada federal Silvia Cristina, antes no PDT, depois PL, e hoje, no PP.
Influenciar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não traiu ninguém, ele demonstra o seu compromisso com o partido PL – esse o remunera com salário de R$ 46 mil pelo cargo de presidente de honra da legenda – para influenciar na eleição de candidatos da legenda aos cargos eletivos de deputados federais e senadores.
Recall
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
++++
O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) não está filiado ao PL, por sua vez, ele tem uma enorme folha de serviços prestados como governador, além de excelentes índices de aprovação e recall eleitoral em duas eleições majoritárias. Em face disso, é um candidato competitivo ao Senado. Rocha não deverá confrontar a opção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Silvia
Nas eleições de 2022, o PDT, partido do qual a deputada federal Silvia Cristina era filiada, não formou nominata. Daí precisou se socorrer ao seu colega de profissão – ambos trabalhavam no Sistema Gurgacz de Comunicação, senador Marcos Rogério (PL), para disputar a reeleição pelo PL.
Sensibilizado
O senador Marcos Rogério (PL), sensibilizado com a situação da deputada federal Silvia Cristina, que se encontrava sem nominata para disputar a reeleição em 2022, deu a vaga na legenda. Ela foi a campeã de votos dentro do partido. Por cargas d’água, Silvia se desentendeu com Rogério e trocou o PL pelo PP, uma troca insana ou pragmática.
Trocou I
A deputada federal Silvia Cristina, reeleita no PL, gozava da inteira confiança da ex-primeira dama Michele Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além da confiança de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL. Como trocou o PL pelo PP, simplesmente, perdeu o apoio de ambos na disputa para o Senado nas eleições de 2026.
Trocou II
Como a deputada federal Silvia Cristina (PP) trocou de partido e ficou sem grupo político, deverá enfrentar dificuldades no reduto eleitoral bolsonarista no interior para conquistar votos e, consequentemente, conquistar uma vaga ao Senado como tanto almeija.
Repensar
Com a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em julho por Rondônia com agenda de três dias no intuito de fortalecer as lideranças do PL rondoniense, o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), precisa repensar sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia, ou seja, arriscar deixar a prefeitura e se lançar numa aventura eleitoral.
BR. 364
Nesta segunda-feira (19), a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado estará instalada em Rondônia. A CI, presidida pelo senador rondoniense Marcos Rogério — que também preside o PL no Estado — realizará reuniões em Ji-Paraná, às 9h, e em Vilhena, às 15h, nas câmaras de vereadores dos respectivos municípios para discutir a concessão da BR. 364.
Exoneração
Fontes palacianas revelaram à coluna que o secretário adjunto da Saúde de Rondônia, Dr. Élcio Barony de Oliveira pediu exoneração porque foi aprovada para cursar a Residência Médica e nos próximos anos se dedicará aos estudos.
Museu
O secretário Paulo Júnior da SEMDESTUR, bem como o adjunto, o ex-vereador Alex Palitot, promoveram o evento “Uma noite no Museu” no complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O evento foi lindíssimo e superou a expectativa dos organizadores em relação ao público presente.
Combate
O vereador Marcos Combate (Agir) deixou a base governista do prefeito Léo Moraes (Podemos). Desde então, vem fazendo uma oposição propositiva e sem ataques pessoais. Recentemente, Combate defendeu a realização de concurso para gari e, no final de semana, fiscalizou a Policlínica Ana Adelaide, apresentando pedidos de providências para agilizar o atendimento médico e acabar com as enormes filas.
Gritando
Falando em Ana Adelaide, quem também esteve por lá foi o vereador Fernando Silva (Republicanos), que, sem poder de argumentação, fez um espetáculo midiático para as redes sociais. Fernando foi confrontado serenamente pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Rondônia (SIMERO), Dr. Carlos Roberto Maiorquim.
Culpados
A atuação de um vereador na área da saúde deve ser marcada pela seriedade e respeito aos profissionais de saúde que trabalham com condições precárias e exaustivas. O verdadeiro vereador entende que seu papel não é apontar culpados de forma leviana, mas cobrar soluções dos gestores municipais.
Constranger
Infelizmente, há vereadores que usam da prerrogativa da fiscalização para constranger os profissionais de saúde e criar narrativas que os responsabilizam por problemas que são, na verdade, resultado da má gestão dos recursos públicos e por falta de planejamento, bem como outros interesses.
Espetáculos
O vereador é o representante direto da população, o seu papel é fiscalizar, denunciar irregularidades e propor soluções para os problemas que afligem a população local. Essa função, no entanto, deve ser exercida com respeito e responsabilidade, sem transformar fiscalizações em palanques políticos ou espetáculos midiáticos.
Sério
Falando sério, o partido Chega de extrema-direita em Portugal, sob o lema “Salve Portugal”, disputou a sua primeira eleição há apenas seis anos, quando conquistou uma única cadeira. Desde que surgiu, alimenta os portugueses insatisfeitos com os partidos tradicionais mais moderados e, nas eleições de ontem (18), foi outra grande surpresa nas urnas.
