COLUNA DO SPERANÇA
Máximo terá de pular para outra legenda; Cassol fora do páreo?; e Sérgio Gonçalves bem treinado para 2026

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Cenário político de Rondônia para 2026 ganha forma com alianças, pré-candidaturas e movimentações de bastidores

Por Carlos Sperança - quarta-feira, 28/05/2025 - 09h42

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Pertencimento

O fotógrafo paraense Luiz Braga tem encantado o mundo com suas imagens e flagrantes das gentes e das paisagens amazônicas (https://x.gd/xpKyP). É um trabalho que reúne técnica e sensibilidade em alto grau. Mas ele também é bom com as palavras e com as ideias. Em recente entrevista, Braga declarou que apreciaria ver o país tendo pela Amazônia “o pertencimento que ele tem pelo samba, pelo futebol, pelas praias, pelo Carnaval e tantos outros ícones do imaginário brasileiro”.

O dístico “A Amazônia é nossa” passou a impressão errônea de que ela seria só do Brasil ou só de quem controla a política na região Norte do país. Com a visibilidade internacional dos indígenas, quilombolas e mestiços que vivem e trabalham na região multinacional da floresta o slogan começou a ser superado por um sentimento ainda melhor: a Amazônia é do mundo, é dos nove países que a compartilham e dos povos que nela habitam. Qualquer tentativa de isolar a Amazônia ou de jogar seus povos uns contra os outros será uma atividade criminosa.

A Amazônia, para delimitar bem o conceito de pertencimento, pertence a quem a defende. Se existe um distanciamento da mídia ou das elites das demais regiões do país desse conceito – alguns gostaria que a Amazônia não tivesse defensores, aqui ou lá fora – é uma atitude mesquinha e condenada, pois com a COP-30, em novembro, os olhos do mundo pertencerão à Amazônia. 

Último Adeus

Rondônia se despede de um dos seus pioneiros mais ilustres, que foi colonizador do Cone Sul rondoniense e da Zona da Mata. Ex-deputado estadual, ex-deputado federal e senador, faleceu terça-feira pela manhã, em Rolim de Moura, o empresário Reditário Cassol, aos 89 anos de idade, sendo velado na igreja Assembleia e Deus. Pai do ex-governador Ivo Cassol, do ex-prefeito de Santa Luzia e deputado estadual Cesar Cassol, da prefeita Nega Cassol e da ex-deputada federal Jaqueline Cassol, Reditário foi um personagem importante da história de Rondônia. Deixa um baita legado aos rondonienses.

Caminhada da esperança

A Frente Progressista, que trará candidatos ao governo do estado e ao Senado, se movimenta nesta sexta-feira, dia 30, com o lançamento da caminhada esperança. O movimento reúne no mesmo barco o MDB, PT, PDT, PSB, PSOL, Partido Verde, PC do B e a Rede. O provável candidato ao governo estadual desta aliança será o senador Confúcio Moura, ex-governador, que já foi eleito e reeleito. Na ocasião estarão presentes lideranças do MDB e das outras legendas, como o ex-senador Acir Gurgacz, presidente estadual do PDT, que organiza a legenda para as eleições do ano que vem.

Bem entusiasmado

Se alguém acreditava que o vice-governador Sergio Gonçalves (União Progressista) desistiria da sua candidatura ao governo estadual em 2026, pode tirar o cavalo da chuva. Quem tem acompanhado o Rondônia Rural Show constatou Gonçalves bem entusiasmado e já em campanha. E para quem acreditava que ele seria presa fácil para concorrência – como era o meu caso – já pode verificar que o vice está bem treinado pelo seu marketing. Concede entrevistas com desenvoltura, cumprimenta todo mundo de forma populista, tem as estatísticas governamentais na ponta da língua. E foi muito bem recebido pelo público.

É o chapa branca!

Olhando daqui e dali e já contabilizando o ex-governador Ivo Cassol fora do páreo pela inelegibilidade, projeto a candidatura de Sergio Gonçalves a governador, de Marcos Rocha (UB) e Silvia Cristina (PP) ao Senado. Máquina na mão, chapa poderosa se formando. União Brasil e PP juntos nesta parada. Não é à toa que o PP conservou o secretário da agricultura e Jaqueline Cassol do governo Marcos Rocha, todos juntos para causar uma grande surpresa. Uma chapa que une Porto Velho, Ji-Paraná e Rolim de Moura, já que neste caso o vice seria apontado por Ivo Cassol.  Sérgio será presa fácil ou um osso duro de roer para Marcos Rogério (PL), Confúcio Moura (MDB) e Hildon Chaves?

O crescimento

Desde o início da Rondônia Rural Show em Ji-Paraná, o governador Marcos Rocha (União Brasil) tem enfatizado o crescimento real do estado em sua gestão e a projeção de um PIB acima dos 4,5 por cento para 2025. Destacando sempre a importância do agronegócio e da agricultura familiar – que representa 80 por cento da economia do estado –Rocha afirma que Rondônia conta com um dos menores índices de desemprego no País, bem como suas ações voltadas ao social. O coronel, como se sabe, deverá disputar uma cadeira ao Senado em 2026, sua esposa Luana a uma vaga a Câmara dos Deputados.

Guarda armada

Boa parte dos municípios brasileiros está se armando visando proporcionar mais segurança para seus munícipes. Os prefeitos já constataram que não podem acreditar no papo furado dos presidentes e dos govenadores no tocante as promessas para a segurança púbica e trataram de criar suas guardas municipais armadas para melhorar as coisas. A criminalidade atinge índices estratosféricos em todo País. Em Rondônia, para piorar tudo, temos a presença marcante do narcotráfico que se infiltrou na política, os elevados índices de feminicidios saltando, etc. Lembrando que o primeiro prefeito rondoniense a criar a guarda municipal neste estado foi Confúcio Moura, que foi governador e atualmente é senador.

Via Direta

*** O PT se mobiliza para eleições diretas do diretório nacional depois de 12 anos. Cerca de 2 milhões e 600 mil filiados vão participar da escolha do novo presidente em julho *** Edinho do PT e Ruy Falcão vão polarizar a disputa. O primeiro tem apoio do presidente Lula e da ministra Gleicy Hoffman *** A chapa branca em formação em Rondônia para 2026 exclui Fernando Máximo nas candidaturas ao governo estadual e ao Senado. Ele vai ter que pular para outra legenda para tocar seus projetos adiante. Será que Máximo vai para o PL de Bolsonaro, que apoia Bruno Scheidt ao Senado? Afinal são duas cadeiras em disputa*** A outra alternativa de Máximo é de se filiar ao Podemos de Leo Moraes, caso o prefeito tenha o controle da federação criada com os tucanos.    

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





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