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ECONOMIA
Redução anunciada pela Petrobras não é percebida por consumidores de Rondônia, aponta advogado

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Samuel Costa critica modelo de privatização e sugere denúncias ao Procon, Ministério Público e ANP diante de supostas práticas abusivas nos postos de combustível

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 04/06/2025 - 15h12

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Porto Velho, RO – Apesar da recente queda no preço da gasolina nas refinarias, consumidores de Rondônia seguem pagando os mesmos valores nas bombas dos postos de combustíveis. A crítica foi feita pelo advogado e professor Samuel Costa, que atribui o descompasso à privatização de parte da cadeia de distribuição da Petrobras e à ausência de controle sobre os postos revendedores.

A estatal anunciou, nos últimos dias, uma redução de 5,6% no valor da gasolina repassado às distribuidoras. A expectativa era de que esse reajuste gerasse impacto direto nos preços cobrados ao consumidor final. No entanto, de acordo com Costa, isso não ocorreu em Rondônia e também não tem se concretizado em outras regiões do país.

Ao comentar a situação, o advogado explicou que muitos estabelecimentos que ainda ostentam a marca da Petrobras não pertencem mais à empresa pública. “Você sabia que esse posto não pertence mais à Petrobras? Pois é. Ele foi privatizado durante o governo Bolsonaro, com Paulo Guedes à frente da economia”, afirmou.

Na avaliação de Samuel Costa, a privatização de postos e da distribuição enfraqueceu a capacidade da Petrobras de influenciar os preços no ponto final do abastecimento. Segundo ele, isso permitiu que empresários priorizassem a margem de lucro, sem necessariamente repassar ao consumidor os descontos anunciados pela estatal. “Agora que muitos postos pertencem à iniciativa privada, não há compromisso com o repasse da queda de preços ao consumidor. Os empresários ficam com o lucro, e o povo continua pagando caro”, completou.

O professor também abordou o impacto das políticas públicas adotadas nos últimos anos, especialmente no processo de desestatização. Em sua visão, a venda de ativos estratégicos compromete o papel social que a Petrobras deveria exercer no abastecimento do país. “Gente, agora dá para entender por que quiseram privatizar nossos patrimônios, não é? A Petrobras precisa voltar a ser do povo brasileiro, distribuindo combustíveis, óleos e derivados em Rondônia e em todo o país com justiça e responsabilidade social”, declarou.

Diante do cenário descrito, Samuel orientou os consumidores a recorrerem aos canais de denúncia em caso de suspeita de preços abusivos. Ele sugeriu que sejam acionados o Procon, o Ministério Público e a Ouvidoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Já basta de o lucro ficar concentrado nas mãos de poucos. Isso precisa mudar. A Petrobras é nossa, é do povo brasileiro!”, finalizou.

O vídeo com as declarações foi publicado no perfil do Instagram de Samuel Costa. Nele, o advogado compartilha exemplos práticos da realidade enfrentada pelos consumidores e reforça suas críticas ao modelo atual de gestão da estatal e seus desdobramentos no mercado de combustíveis.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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