Marcos Rocha concedeu entrevistas à CNN Brasil e à Record News; ele detalhou o cenário no país e explicou por que ainda não deixou o território israelense
Porto Velho, RO – O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), concedeu nesta segunda-feira (16) entrevistas ao vivo a duas emissoras de alcance nacional – Record News e CNN Brasil – para explicar os motivos de sua permanência em Israel durante o agravamento do conflito no Oriente Médio. O chefe do Executivo estadual integra uma comitiva oficial de representantes brasileiros que visitavam o país a trabalho, quando ataques com mísseis e drones intensificaram a tensão na região.
Durante participação no programa Conexão Record News, Rocha detalhou que o grupo do qual faz parte permanece abrigado com segurança. “Essa noite foi bastante intensa, como vocês mostraram aí, muitos ataques de mísseis e drones também”, afirmou o governador à apresentadora Kelly Godoy. Ele esclareceu que não se trata de uma única comitiva brasileira, e sim de diferentes grupos. Segundo ele, a Embaixada de Israel tem prestado auxílio a todos, e os estrangeiros recebem instruções constantes sobre como agir durante os alertas de ataque.
Rocha explicou que optou por priorizar a saída de pessoas com maior vulnerabilidade. “Eu optei, inclusive, pelo grupo que eu faço parte, para que primeiro saiam de Israel aquelas pessoas que têm algum tipo de necessidade de medicamentos, ou que estão um pouco mais ansiosas, pessoas que têm algum tipo de comorbidade, para que saiam primeiro e depois os demais”, declarou.
Ao comentar sobre os sistemas de segurança do país, ele relatou que os moradores são orientados, por sirenes e avisos sonoros, a buscarem abrigos. “Volta e meia a gente escuta uma sirene, essa sirene ecoa por todo o Estado de Israel. Imediatamente a gente já se retira e vai para um bunker, que são espalhados em todos os lugares da cidade”, disse.
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A entrevista também abordou os relatos de vítimas. “Os dados que você passou são diferentes dos dados que chegaram pra mim. Falaram que essa noite agora foram oito mortes e cem feridos”, informou Rocha, com base em números divulgados pelas autoridades locais.
Já na CNN Brasil, o governador reafirmou que sua permanência está alinhada às decisões da Embaixada do Brasil e justificou que o grupo do qual faz parte – o Consórcio Brasil Central – ainda aguarda autorização e logística segura para a saída. “O grupo de prefeitos foi definido pela embaixada de Israel, que eles deixariam Israel. O grupo que eu faço parte já está sendo trabalhado também pela embaixada”, afirmou.
Rocha reiterou que a comitiva esteve no país em busca de inovação tecnológica. “Viemos aqui em busca de tecnologia. Nós já temos um acordo, o Estado de Rondônia e também o Brasil Central têm acordos para que a gente consiga levar tecnologia, melhorar a produção”, afirmou. Ele citou que, anteriormente, os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) também participaram de agendas semelhantes em Israel.
Sobre a situação em campo, relatou que os ataques da última noite foram sentidos com intensidade. “Escutamos as explosões, soubemos depois de tudo que aconteceu, soubemos também que houve oito mortes e cem feridos, foi informação das autoridades que chegou para mim”, repetiu.
Apesar das dificuldades, o governador garantiu que todos estão protegidos e que aguarda o momento adequado para deixar o território. “Nós estamos protegidos. Existem os bânqueres, existem os locais de maior proteção”, reforçou.
As duas entrevistas foram concedidas ao vivo. A da CNN Brasil foi ao ar no programa Bastidores CNN, enquanto a da Record News foi transmitida durante o Conexão Record News. Ambas destacaram a preocupação com a segurança dos brasileiros e o esforço diplomático para garantir a evacuação organizada dos grupos retidos no país.