Evento em Porto Velho propõe criação de obras a partir de resíduos e incentiva debate sobre clima e Amazônia
Informações da assessoria / Cammy Lima
Porto Velho, RO – A 2ª edição da Mostra Cujuba de Artes Integradas está com inscrições abertas até o dia 20 de agosto de 2025. Artistas e estudantes de diferentes áreas podem participar do processo seletivo, que propõe a criação de obras utilizando resíduos como matéria-prima, tendo como foco o tema “Arte e o Clima”. O evento ocorrerá em outubro deste ano, no Espaço Cujuba, em Porto Velho (RO).
A mostra será realizada presencialmente na Galeria Cujuba por 30 dias e também contará com uma versão online por meio do site [www.artecujuba.com](http://www.artecujuba.com). A iniciativa propõe a reflexão sobre o meio ambiente a partir de produções artísticas ligadas ao contexto amazônico. A curadoria será da fotógrafa e artista Marcela Bonfim, com mediação de Dom Lauro e produção de Hely Chateaubriand Rosa Sodré.
Sete artistas serão selecionados, dos quais cinco devem ser residentes de Porto Velho e dois de municípios do interior de Rondônia. Cada um receberá uma bolsa de R$ 3.000,00 para viabilizar a produção das obras. Os participantes também integrarão uma residência artística híbrida — com etapas remotas e presenciais — com foco na criação colaborativa.
Durante o evento, também serão ofertadas três vagas de estágio voltadas a estudantes de artes ou áreas relacionadas. Os selecionados atuarão como mediadores culturais ao longo da mostra, receberão bolsa de R$ 1.200,00 e participarão de uma formação em mediação artística com foco na realidade amazônica.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
As inscrições são gratuitas. No ato da inscrição, os interessados devem escolher uma provocação artística ou obra-base disponibilizada no site da mostra e apresentar uma proposta alinhada ao tema. Os formulários estão disponíveis nos links:
Artistas visuais
Estágio em arte
A programação da mostra inclui sarau de abertura, visitas guiadas, rodas de conversa com os artistas, atividades com escolas públicas e a produção de um vídeo-relatório sobre o processo criativo, os trabalhos apresentados e os debates realizados.

Segundo Marcela Bonfim, a proposta amplia as possibilidades de expressão artística na região. “É um convite para que múltiplas linguagens e narrativas ganhem voz, conectando ancestralidade, sustentabilidade e inovação artística.” Ainda de acordo com a curadora, “cada obra se torna um gesto de cuidado e resistência, ampliando a visibilidade das questões amazônicas para além dos muros do espaço expositivo”.
A mostra é realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo e tem como proposta estimular práticas artísticas comprometidas com o território, a cultura e o meio ambiente.