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MPRO denuncia seis investigados na Operação Cruciatus

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Ação deriva de investigação anterior e envolve acusações de tortura, extorsão e roubo

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 13/08/2025 - 15h06

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Porto Velho, RO – Seis pessoas foram denunciadas nesta quarta-feira (13/8) no âmbito da Operação Cruciatus, deflagrada em 25 de julho de 2025 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar do Estado de Rondônia (PCRO e PMRO).

A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) e resulta de um desdobramento da Operação Soldados da Usura. Segundo o órgão, novas provas surgiram de forma fortuita, apontando que integrantes da organização criminosa desarticulada na primeira operação, em associação com outras pessoas, teriam cometido crimes de tortura, extorsão e roubo.

As acusações incluem tortura (art. 1º, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 9.455/1997), extorsão qualificada com três causas de aumento — concurso de agentes, uso de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima (art. 158, §§ 1º e 3º, do Código Penal) — e roubo duplamente circunstanciado pelo concurso de pessoas e emprego de arma de fogo de uso restrito (art. 157, §§ 2º, inciso II, e 2º-A, inciso I, do Código Penal).

O MPRO solicitou, além das penas previstas para os crimes, que os acusados sejam condenados ao pagamento de indenização mínima pelos danos materiais e morais causados à vítima, destacando o sofrimento físico e mental durante o período em que permaneceu em cárcere privado, sob ameaças e agressões.

Foi ainda pedido o perdimento de uma arma de fogo registrada em nome de uma das denunciadas, que, apesar de regular na Polícia Federal, teria sido utilizada para ameaças de morte e simulação de disparos contra a vítima.

Outro requerimento apresentado foi a perda do cargo de um policial militar envolvido no caso, por descumprimento de deveres funcionais, mesmo fora de serviço.

O processo seguirá para análise do Poder Judiciário, com a citação dos denunciados para apresentação de defesa e posterior instrução até o julgamento.

O MPRO reafirmou seu compromisso com a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

 

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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