MONITORAMENTO 2025

Prefeitura de Porto Velho registra queda de 84% nas queimadas em três meses

Dados do Inpe apontam redução significativa em maio, junho e julho de 2025 em comparação ao ano anterior

Por Informa Rondônia - quinta-feira, 21/08/2025 - 08h06

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Porto Velho, RO – A Prefeitura de Porto Velho divulgou que os focos de queimadas e incêndios caíram 84,47% entre maio e julho de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Programa Queimadas.

Em julho de 2024, foram 648 ocorrências registradas, enquanto no mesmo mês de 2025 foram contabilizados 83 focos, uma redução de 87,35%. Em maio, o município passou de oito registros no ano passado para três neste ano. Já em junho, houve aumento: um foco em 2024 contra 16 em 2025.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), os resultados estão relacionados a fatores climáticos e ao reforço das medidas de prevenção e combate. Desde maio de 2025, a secretaria ampliou as vistorias para coibir queimadas, desmatamentos e descarte irregular de resíduos, com foco em orientação e educação ambiental.

Outro fator citado é a criação de um comitê integrado, lançado em julho de 2025 em parceria com o Governo do Estado, por meio da Setic e do Ciop. A estrutura permite monitoramento em tempo real e resposta rápida a queimadas, em cooperação com Ministério Público de Rondônia e equipes de fiscalização.

O secretário da Sema, Vinícius Miguel, afirmou que a administração municipal segue com planejamento contínuo. “Por determinação do prefeito Léo Moraes, seguimos firmes no trabalho de monitoramento e preservação do nosso meio ambiente. Esses dados refletem no compromisso firme da prefeitura com a preservação das áreas do município e principalmente a qualidade de vida da nossa população”, declarou.

Contexto de 2024

O Inpe lembra que em 2024 as queimadas foram agravadas por condições climáticas adversas, como o fenômeno El Niño, que intensificou a estiagem na região. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou à época que a fumaça comprometeu o meio ambiente, dificultou a navegação no rio Madeira e elevou os casos de doenças respiratórias.

Ainda em 2024, o relatório World Air Quality Report, da IQAir, classificou Porto Velho como a cidade mais poluída da América Latina. A capital apresentou média anual de 29,5 µg/m³ de material particulado fino (PM₂.₅). Entre agosto e setembro daquele ano, foram registrados vários dias consecutivos com índices de qualidade do ar nas faixas “muito ruim” e “perigosa”.