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COLUNA DO SPERANÇA
Ivo Cassol volta ao jogo eleitoral; família Carvalho afia punhal contra Hildon; e Bolsonaro perde força e muda cenário em Rondônia

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COP30, eleições de 2026, traições políticas e disputas pelo poder em Rondônia marcam os destaques da coluna de hoje

Por Carlos Sperança - quarta-feira, 03/09/2025 - 10h12

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Na coluna desta quarta-feira, 03, Carlos Sperança aborda os bastidores da COP30 e as pressões sobre o governo brasileiro, o retorno de Ivo Cassol e Acir Gurgacz ao cenário eleitoral, as distorções nas primeiras pesquisas de 2026, novas movimentações da família Carvalho, além da antecipação de pré-candidatos à Câmara dos Deputados. O texto também traz análises sobre articulações para o governo de Rondônia, as consequências da provável condenação de Jair Bolsonaro e os reflexos de sua influência em queda, bem como as preferências de lideranças partidárias em torno das futuras candidaturas.

Recursos para agir

À medida que se aproxima a realização da COP30, marcada para novembro, há duas expectativas principais se avolumando nos bastidores. A primeira especula sobre avanços passíveis de ser alcançados pelo evento. A segunda, o risco de eventual fracasso se os ataques do presidente Donald Trump escalarem da conversa fiada para agressões violentas na região. O êxito ou o fracasso, na verdade, vão depender das ações atualmente em curso.

Em favor do primeiro, recheada de assinaturas importantes, foi entregue à diretora executiva da COP30 e secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, uma carta com recomendações para ampliar o financiamento à Amazônia. A proposta, no fundo, é mais dirigida ao governo brasileiro, que no atual estágio “semipresidencialista” perdeu muito poder, sendo um rascunho do que era no primeiro governo Lula.

Pedir ao governo mais ações em favor do meio ambiente é chover no molhado, na medida em que a questão não está em mais leis, regulamentos e portarias, mas em meios para concretizar o já decidido. Aliás, quem notou esse fato foi o orador ateniense Isócrates, na obra Areopagítico, ao afirmar que o excesso de leis não é um sinal de boa governança, mas de má gestão. Uma educação melhor, em ambiente de respeito e civilidade, tornaria desnecessárias muitas leis. Em todo o caso, se conhecesse a barafunda atual, talvez Isócrates chegasse a conclusões diferentes.

Cenário muda

Liberados pela justiça e livres das amarras da inelegibilidade, o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) entram agora para valer nas eleições 2026. Ivo Cassol, que convocou o comunicador Everton Leoni para ser seu candidato a vice-governador, agora volta suas atenções para suas dobradinhas ao Senado e a definição de um partido, já que o PP se juntou ao União Brasil e tem no comando o governador Marcos Rocha já acertado com seu vice Sergio Gonçalves para ser o seu vice. Já, o ex-senador Acir Gurgacz tem o comando do PDT e não precisa se preocupar com eventuais punhais da traição para disputar uma cadeira ao Senado já que detém o controle pedetista. E ele vem quente e fervendo.

Resultados dispares

Se o estimado aldeão comparar os resultados das primeiras pesquisas eleitorais que já circularam na praça tratando das eleições 2026 vão constatar as gritantes diferenças. Existe um motivo para resultados tão dispares: os dados colhidos pelos pesquisadores têm a ver com os interesses dos contratantes. Se eu contratei, quero puxar a brasa para minha sardinha. Se o cara-pálida leitor contratou, as vezes exige até a liderança na corrida eleitoral. Pobres dos institutos que não obedecem: não recebem os valores combinados e são relegados em futuras escolhas. Isto explica políticos com quase 90 por cento de popularidade!

Mais rasteiras

Os Carvalhos aplicaram uma rasteira no deputado federal Fernando Máximo, favoritíssimo para ganhar a prefeitura de Porto Velho no pleito do ano passado, para favorecer a candidata chapa branca do União Brasil, que acabou derrotada, numa virada sensacional de Leo Moraes (Podemos). Máximo liderava todas as pesquisas confiáveis e foi tirado do caminho, numa ação combinada com os manos Gonçalves, aqueles que deram golpe no supermercado. E Mari nem era filiada ao União Brasil. Agora a dinastia Carvalho afiou o punhal da traição novamente e a vítima foi aquele que se sacrificou tanto na eleição passada para favorecer os Carvalhos, o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB).

Pé na estrada

Alguns pré-candidatos a Câmara dos Deputados já estão no trecho em busca da aprovação do eleitorado nas eleições do ano que vem. São os casos do ex-senador e ex-ministro Amir Lando, do Pastor Valadares, do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, dos ex-prefeitos de Ji-Paraná Esaú Fonseca e Jesualdo Pires, da primeira dama de Cacoal, Joliane Fúria, do ex-senador Expedito Junior, do atual deputado estadual Ezequiel Neiva de Carvalho, do ex-deputado federal Natan Donadon, além daqueles que buscam a reeleição como Cristiane Lopes, Mauricio Carvalho, Coronel Chrisostomo, Thiago Flores e Rafael fera. 

Balão de ensaio

Não passa de um balão de ensaio a candidatura do coronel Braguim ao governo do estado. Ele dependeria de um acordo com o atual governador Marcos Rocha (União Brasil) para entrar em disputa e o mandatário do Palácio Rio Madeira já fechou acordo com o vice-governador Sergio Gonçalves que assume a titularidade do CPA em abril e que já está fechado com Rocha na sua postulação ao Senado. O que é cogitado intramuros é a indicação de Braguim para vice, mas isto também é descartado, porque o vice de Gonçalves está sendo garimpado em de Ji-Paraná. Os entendimentos seguem nas mesas de negociações.

A condenação

Com a provável condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que já está inelegível, os candidatos bolsonaristas a presidências da república já se sentem livres das amarras do clã Bolsonaro e já projetam suas próprias vidas na disputa de 2026. Também nos estados, os candidatos aos governos estaduais também mudam. Cito o caso de Rondônia, com Bolsonaro solto seria respeitada a decisão do mito em apoiar Fernando Máximo ao CPA, mas com o ex-presidente condenado, Marcos Rogério volta ao jogo se tornando um dos favoritos da peleja.   

A influência

Com Bolsonaro preso, suas influências nas eleições de Rondônia serão mais reduzidas. No próprio segmento conservador, Marcos Rocha Silvia Cristina, pré-candidatos ao Senado, prejudicados inicialmente com o apoio de mito ao empresário do agronegócio Bruno Scheidt, ficam mais livres e soltos na peleja, já que incialmente tinham sido relegados a um segundo plano pela família Bolsonaro. Vejam como o cenário das eleições no estado está mudando com as decisões da justiça em torno da situação do ex-presidente que vai perdendo força também no cenário nacional e nos casos da liberação e Ivo Cassol e Acir Gurgacz em Rondônia.

A preferência

Como se sabe, o União Brasil se juntou ao PP, formando a União Progressista, que tem como pré-candidato ao governo estadual o vice-governador Sergio Gonçalves (UB). Mas com a liberação e elegibilidade do ex-governador Ivo Cassol, tudo pode mudar. Boa parte das lideranças desta coalisão preferem Ivo Cassol, do PP, na peleja pelo CPA Rio Madeira. Vamos ver como os manos Gonçalves, aqueles do golpe no supermercado vão reagir a estes movimentos, já que era tido como certa a candidatura de Gonçalves a sucessão de Marcos Rocha.

Via Direta

*** No Paraná eclodem escândalos de prefeituras que pagaram fortunas para serem consideradas cidades de excelência o que impulsiona as carreiras dos prefeitos *** Em Rondônia os políticos preferem pagar institutos que lhe atribuam mais popularidade do que Jesus Cristo. E nem ficam vermelhos, tamanha cara de pau *** Trocando de focinho de porco para tomada: só foi o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires ser consultado para ser vice de alguns candidatos ao governo de Rondônia que o pau começou a cantar *** A Câmara Municipal de Ariquemes investiga as rachadinhas. Esta é uma pratica comum, tanto nas câmaras municipais, como nas Assembleias Legislativas como também na Câmara dos Deputados. É coisa de louco”

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





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