Entre escândalos íntimos usados como arma política e a especulação sobre Braguin na sucessão de Rocha, cresce a desconfiança no entorno do vice-governador
Na coluna Espaço Aberto desta quarta-feira, 03, Cícero Moura aborda como questões pessoais, quando expostas, podem arruinar projetos políticos, transformando casos extraconjugais em munição de bastidores. Ao mesmo tempo, analisa os rumores que movimentam a sucessão estadual de 2026, com a possibilidade de Marcos Rocha indicar o coronel Régis Braguin para disputar o governo, cenário que mantém o vice-governador em estado de alerta.
MEDO
Na política, nada é mais temido do que a exposição. Quem preserva valores e se preocupa em ter boa imagem age sempre com prudência e cautela.
FOGO
Curiosamente, não é a exposição de caixa dois, de acordos espúrios ou de alianças improváveis que mais assombra certos bastidores, mas sim a revelação daquilo que deveria pertencer apenas ao campo íntimo: o desejo.
DELATADO
Um amigo confidenciou que teme lançar candidatura no próximo ano porque alguém enviou à sua esposa informações sobre um caso que mantém com uma colega de trabalho, sua colaboradora política.
ÍNTIMO
O receio dele não é a infidelidade em si — afinal, como tantos acreditam, “questões de casal se resolvem entre quatro paredes”.
EXPOSIÇÃO
O medo real é o da política ir por água abaixo se o romance extraconjugal virar munição em redes sociais.
MAIS UM
Outro conhecido, também mergulhado nesse universo, me confidenciou viver dilema parecido.
TENTAÇÃO
Casado, até se submeteu junto com a esposa a sessões de terapia comportamental para manter a relação firme, mas confessa não resistir a um “rabo de saia”.
NÃO FICA NA VITRINE
Diferente do primeiro, respira mais aliviado por ter terceirizado boa parte do seu trabalho político.
PODE SEGUIR
Ou seja, mesmo que sua vida pessoal imploda, seu projeto de poder segue em marcha com menos abalos.
CONCLUSÃO
São histórias distintas, mas que convergem para uma mesma lição amarga: na política, é mais fácil lidar com um caixa dois do que amar às escondidas.
ATÉ PASSA
Um deslize financeiro pode ser justificado como “erro contábil”, um acordo obscuro pode ser rebatizado de “aliança estratégica”.
INFIDELIDADE
Mas um caso extraconjugal, quando exposto, não encontra disfarce técnico — vira escândalo, fere moral, destrói imagem.
JUNTINHO
A grande questão é que tanto na paixão quanto na política, a linha que separa o desejo da destruição é tênue.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
CONCLUSÃO
A diferença é que, no jogo político, a queda quase sempre se dá menos pelo erro e mais pela exposição.
CONCLUSÃO 2
No campo íntimo, é a verdade que cobra seu preço. A conclusão é dura, mas necessária: se a cabeça que pensa não estiver voltada para o certo, cedo ou tarde o êxtase temporário cobra sua fatura.
CONCLUSÃO 3
Na política, como no amor, a imprudência nunca sai de graça.
CAUTELA E CALDO DE GALINHA
O vice-governador de Rondônia vive dias de atenção redobrada. Os boatos de que o governador Marcos Rocha poderia indicar o comandante da Polícia Militar, coronel Régis Braguin, para disputar o governo em 2026 circulam cada vez mais fortes nos bastidores.
PERIGO À VISTA
A movimentação, ainda que não oficial, acendeu um alerta no entorno do vice, que vê a própria posição política ameaçada por uma eventual mudança de planos dentro da federação comandada por Rocha.
QUIETO
Em política, o silêncio muitas vezes fala mais do que as declarações públicas. E o silêncio do governador diante desses rumores tem alimentado especulações.
RISCO
Para aliados do vice, a indefinição é motivo de desconforto: ninguém quer ser surpreendido por uma decisão que pode alterar todo o tabuleiro.
PRUDENTE
Como diz o ditado, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. O vice-governador parece disposto a seguir a máxima.
PRUDENTE 2
Sabe que qualquer passo em falso pode ser interpretado como impaciência ou falta de lealdade.
SEM DIREÇÃO
Ao mesmo tempo, mantém a vigilância ligada — porque, em Rondônia, os ventos da política costumam mudar de direção sem aviso.
RESISTÊNCIA
No fundo, a disputa não está apenas em quem terá a benção do governador, mas em quem consegue resistir ao teste do tempo e da confiança. Afinal, em política, mais do que coragem, sobrevive quem sabe esperar.
FRASE
Em eleição, o beijo de hoje pode ser a apunhalada de amanhã.
