Vice-presidente do PL em Rondônia diz que passará o dia com o ex-presidente em Brasília
Porto Velho, RO – O pecuarista Bruno Scheid, vice-presidente do Partido Liberal (PL) em Rondônia, afirmou nesta quinta-feira (19) que estará em Brasília para acompanhar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A visita foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro está em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a medida antes da condenação a mais de 27 anos no processo conhecido como “Trama Golpista”.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Scheid declarou que pretende entregar pessoalmente mensagens enviadas por apoiadores. “Devo passar o dia com ele e levar todas as mensagens que tenho visto aqui no Instagram, nas ruas, as pessoas que falam com a gente, para que ele lembre e para que não esqueça nunca que ele é o grande líder de todos nós, ele é o líder dessa nação, o cara que ama esse país e que a gente precisa dele mais do que nunca”, disse.
O dirigente relatou ainda que considera a visita uma demonstração de apoio. “Essa dificuldade toda, essa tempestade vai acabar, isso não vai durar para sempre. E é isso que ele vai ouvir de mim hoje”, acrescentou. Ele também explicou que a autorização foi específica. “O Supremo autorizou para que eu passasse o dia de hoje lá. Isso acontece. Daqui a pouquinho eu estou chegando”, declarou. Na sequência, reafirmou compromisso político com Bolsonaro: “Vou levar um recado de Rondônia e do Brasil inteiro e dizer para ele que o Galego é o mais amado do planeta e a gente não vai soltar a sua mão nunca, presidente. A gente sempre vai estar com você”.
Scheid vem utilizando suas redes para manifestar apoio desde a decisão da Corte. Em 12 de setembro, logo após a condenação, escreveu: “Que Deus esteja aí contigo, tudo isso vai passar meu amigo, aqui do lado de fora nós não iremos desistir de ti […] eu estarei com você até depois do fim”.
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Parlamentares de Rondônia também se manifestaram. O senador Marcos Rogério (PL-RO) chamou a sentença de “vingança política travestida de sentença”. O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) disse que a decisão representaria “decretar a sua morte”. O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) publicou que se tratava de “perseguição política implacável”. A vereadora Sofia Andrade (PL), de Porto Velho, declarou ter ficado “de estômago embrulhado”.
Em agosto, Scheid havia compartilhado uma imagem de Bolsonaro usando tornozeleira eletrônica, medida imposta pelo STF. Na legenda, escreveu: “Não é fácil ver essa imagem, imagina fazê-la o meu coração está aos cacos, mas a minha vontade de lutar por esse homem só aumenta!”.
A visita desta sexta-feira ocorre após decisão anterior do ministro Moraes que havia negado visitas livres a aliados do PL, incluindo Scheid. Neste caso, a autorização foi concedida apenas para o dia 19 de setembro, com condições definidas pela Corte, como revista pessoal.
Esse será o primeiro encontro presencial entre Scheid e Bolsonaro desde a condenação, em um momento em que lideranças do PL, em âmbito regional e nacional, intensificam manifestações públicas contra a decisão do STF.