Plano do governo prevê expansão de vendas, incentivo à pesquisa e estímulo às exportações
Por Informa Rondônia - domingo, 28/09/2025 - 09h17
Porto Velho, RO – O governo da China apresentou um plano para o setor automotivo com metas até o fim de 2026. De acordo com o documento, o país pretende alcançar a venda de 32,3 milhões de veículos, volume que representaria crescimento de 3% em comparação com 2024. Dentro dessa projeção, 48% seriam veículos de nova energia (NEVs), que englobam modelos totalmente elétricos, híbridos plug-in, automóveis com sistema de extensão de autonomia e movidos a hidrogênio.
O texto oficial não traz números específicos para 2026, mas aponta para a continuidade da expansão do segmento. A indústria automotiva é tratada como pilar estratégico da economia chinesa, associada à inovação tecnológica e à transformação industrial. O governo também cita riscos externos, como medidas de protecionismo em outros mercados, que podem atingir a estabilidade da cadeia de suprimentos.
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Entre as medidas anunciadas para estimular o consumo interno, estão programas piloto em 25 cidades com a aquisição de mais de 700 mil veículos para transporte público, além de incentivos fiscais e financeiros direcionados aos NEVs. O plano inclui ainda renovação de frotas, facilitação da comercialização de usados e ampliação da rede de recarga, principalmente em áreas rurais. Há também previsão de projetos voltados a veículos conectados e autônomos, incluindo nível 3 de automação.
A estratégia contempla a pesquisa em chips, sistemas operacionais, inteligência artificial e baterias de estado sólido, além da definição de padrões mais rígidos para veículos, baterias e condução autônoma. A meta é ampliar a presença em mercados internacionais. Empresas como BYD, Changan, Leapmotor, MG, Nio e Xpeng já atuam fora da China e podem expandir a participação global.
O governo prevê apoio financeiro com participação de bancos e seguradoras, responsáveis por oferecer crédito e avaliações de risco para resguardar investimentos e facilitar operações internacionais. A diretriz reforça a prioridade dos veículos de nova energia para o crescimento interno e para a inserção da indústria chinesa no cenário automotivo mundial.
